6 de setembro de 2017

Tropas brasileiras permanecem no Haiti para ajudar população durante passagem de furacão

Tropas brasileiras no Haiti rumam ao norte para ajudar população durante passagem do Irma
Decisão foi tomada depois de autorização dada pela ONU para estender a atuação dos militares brasileiros na Minustah, que terminou na quinta-feira
Haiti - Bairro de Santo Cristo
Bairro de Santo Cristo foi criado após a invasão de pessoas que ficaram desabrigadas com o terremoto de 2010
Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO
Luciana Garbin
Tropas brasileiras no Haiti devem seguir ainda nesta quarta-feira, 6, para a região de Saint-Marc, no norte do país, para ajudar a população durante e após a passagem do furacão Irma.
A decisão foi tomada depois de autorização dada pela ONU para estender a atuação dos militares brasileiros na Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah), que terminou na quinta-feira 31.
“Após a passagem do furacão, prosseguiremos para o apoio à população: desobstrução de estradas, ajuda humanitária, etc”, explicou o comandante da Companhia de Engenharia da Força de Paz (Braengcoy), Anderson Soares do Carmo.
A expectativa é de que o furacão atinja o norte do Haiti na quinta-feira, mas os efeitos devem ser sentidos também na capital, Porto Príncipe, mais ao sul.
Segundo a Seção de Comunicação Social do Batalhão Brasileiro, são esperados inundações e deslizamentos de terra provocados pelas chuvas e ondas no litoral norte do país, além de problemas causados pelos fortes ventos, que devem atingir o Haiti a 120 km/h.
Em 2016, o Furacão Matthew deixou mais de mil mortos no Haiti. As tropas brasileiras foram importantes na ocasião para, entre outras razões, desobstruir vias para que a ajuda humanitária pudesse chegar à população mais atingida, e fazer a segurança dos comboios com água e alimentos.
Nos últimos meses, foi feita uma série de reconhecimentos de partes do Haiti porque já se tinha a informação de que a temporada de furacões neste ano poderia ser mais intensa que a de anos anteriores.
“A gente sabe por exemplo que, bem ao norte do país, há uma região montanhosa com tendência a deslizamentos e quedas de pontes”, explica o comandante Anderson. “Então devemos levar, entre outros equipamentos, escavadeiras e tratores de esteira para desobstruir vias.”
O Estado de S.Paulo/montedo.com

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