2 de fevereiro de 2012

MP denuncia Major do Exército por exploração sexual de aluna do Colégio Militar de Juiz de Fora

Major do Exército é denunciado pelo Ministério Público
Militar, de 41 anos, é suspeito de exploração sexual contra aluna de 14 anos que estudava na instituição em que ele estava lotado

Daniela Arbex
O Ministério Público ofereceu denúncia contra um major do Exército por crime de exploração sexual e por divulgação e armazenamento de fotografia, vídeo ou outro registro de cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente. O oficial de 41 anos, que trabalhava no setor administrativo de uma instituição militar de Juiz de Fora, é suspeito de envolver-se sexualmente com uma estudante de 14 anos que estudava no local onde ele estava lotado. Indiciado pela Polícia Civil, ele agora é réu na Justiça comum, em processo que tramita na 1ª Vara Criminal no município. O fato ocorreu em 2010, quando o major, com mais de 20 anos na corporação, teria levado a menina para motéis da cidade em três ocasiões. O pai da adolescente registrou boletim de ocorrência ao encontrar, no celular da filha, mensagens românticas supostamente enviadas pelo major. Após o episódio vir à tona, o militar, que é casado, foi transferido para Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, embora o Exército negue qualquer relação entre o caso e a saída do oficial de Juiz de Fora. Ele poderá ser chamado a responder pelos crimes 218-B do Código Penal e 242-A e B do Estatuto da Criança e do Adolescente, que preveem pena de até dez anos em caso de condenação.
Procurado pela Tribuna, o 1º promotor de justiça, Marcelo Coutinho, disse que não poderia fornecer nenhum tipo de informação a respeito do processo, alegando que a ação tramita em segredo de Justiça. No entanto, no boletim de ocorrência registrado contra o major, no ano passado, o pai da adolescente revelou ter sido alertado sobre o envolvimento da filha com o militar por meio de uma amiga da estudante. De acordo com o histórico da ocorrência, o pai telefonou para o número registrado no aparelho celular da filha, e o major teria atendido à chamada, dirigindo-se à aluna de maneira íntima. Questionada pelos familiares, a garota confirmou aos pais que o relacionamento teria se iniciado em julho de 2010. Ainda de acordo com a informação dada por ela, as conversas entre eles teriam começado pela internet. Porém, após um dia de aula, o major teria beijado a menina. A aluna ainda relata que foi levada pelo major a motéis da cidade. O relacionamento teria sido mantido por cerca de cinco meses. Conduzida ao HPS, onde ela foi examinada, uma perícia médica constatou que a adolescente já havia mantido relações sexuais.
O Exército afirmou, ontem, que ainda não foi notificado da denúncia. No entanto, o relações públicas da 4ª Brigada de Infantaria Motorizada, tenente-coronel Carlos Henrique da Mota Couto, disse que, somente após a conclusão do processo, é que a instituição poderá agir. "Se o major for condenado em período superior a dois anos e a aplicação da pena for a restritiva de liberdade, o comando instaura um processo que poderá resultar na perda do posto e da patente. Mas isso só pode ser feito após a conclusão do processo na Justiça", explicou.
Tribuna de Minas/montedo.com

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