17 de maio de 2018

Fake News: Exército fiscaliza senadores no Congresso!

Militares começaram a fiscalizar senadores no Congresso? Não é verdade!
Notícia espalhada no Facebook diz que militares fizeram visita sem aviso prévio. Na verdade, visitantes são estagiários. Senado informa que a visita foi pré-agendada.
Páginas afirmam que militares foram ao Senado sem aviso prévio. Não é verdade (Foto: Reprodução/ Facebook)
Gisele Barros e Marcelo Parreira, O Globo e TV Globo
Circula pelas redes sociais um vídeo com imagens de militares assistindo a uma sessão deliberativa do Senado Federal, em Brasília, na tarde desta terça (15). A página no Facebook "MBCC - Movimento Brasil Contra a Corrupção" publicou uma montagem de alguns momentos da sessão acompanhada do texto: "Exército começa a fiscalizar senadores".
A informação foi replicada em sites como "Notícias Brasil Online" e "Jornal da Cidade Online", complementando que os oficiais chegaram ao local "sem aviso prévio".
A informação, porém, é falsa. Nenhum dos vídeos compartilhados mostra o momento da sessão em que o segundo vice-presidente do Senado, João Alberto de Souza (MDB-MA), explica o motivo da presença dos militares no plenário.
Após o senador José Medeiros (PODE-MT) citá-los como exemplo de meritocracia, João Alberto de Souza aproveita para apresentar o grupo. Ele explica que se trata de uma visita dos estagiários dos cursos de Alto Comando da Escola Superior de Guerra, da Escola de Guerra Naval e da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército.
A íntegra da sessão pode ser conferida no canal da TV Senado no YouTube.

As imagens mostram ainda que o grupo não ficou no plenário até o final da reunião. A partir do minuto 48, durante fala da senadora Fátima Bezerra (PT-RN), eles se encaminham para a saída.
Assim, o grupo ficou por pouco mais de 15 minutos no local. Ao contrário do que mostram os vídeos, quando a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) está na tribuna, ela não podia esboçar nenhuma reação negativa ao olhar para o grupo — como foi sugerido em vídeos editados— pois eles não estavam mais presentes no plenário.
O grupo era integrado por 200 pessoas, incluindo oficiais superiores de nações amigas. A visita não tinha como ser feita sem aviso prévio. É necessário agendamento para grupos com mais de 15 pessoas e para visitas às terças e quartas-feiras. O Senado confirma que a visita foi previamente agendada.
Ao contrário do que foi noticiado por alguns sites, que publicaram até mesmo que um general presente disse que o "Exército quer marcar presença para garantir a democracia e a segurança nacional", ninguém do grupo fez qualquer pronunciamento durante o encontro.
É OU NÃO É (G1)/montedo.com

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