31 de agosto de 2016

RS: tropas do Exército não vão atuar no policiamento ostensivo no estado

Além da Força Nacional, Governo do RS pediu apoio do Exército
Lucas Abati
lucas.abati@rdgaucha.com.br
O Exército Brasileiro afirmou que as tropas não vão atuar no policiamento ostensivo do Rio Grande do Sul. O comunicado ocorreu após o vice-governador, José Paulo Cairoli, se reunir com o Comando Militar do Sul pedindo apoio na crise de segurança gaúcha.
O Exército afirma que estuda outras formas de auxiliar o Piratini com os problemas na área. Essas ações serão analisadas após o retorno do comandante da Região Sul, o general de Exército Edson Leal Pujol, que fará contato com o comando-geral em Brasília.
Recentemente, o governo do Estado anunciou uma série de medidas na área da segurança pública após mais um latrocínio em uma via de grande movimento de Porto Alegre. O então secretário da segurança Wantuir Jacini foi exonerado, um gabinete de crise comandado pelo vice-governador foi criado, e o Estado pediu apoio da Força Nacional de Segurança Pública para auxiliar a Brigada Militar na Operação Avante, que reforça o policiamento nas regiões de maior criminalidade.
RÁDIO GAÚCHA/montedo.com

Governo gaúcho pede ajuda do Exército para enfrentar crise na segurança pública

Cairoli pede auxílio ao Exército para enfrentar crise na Segurança
Vice-governador expôs as dificuldades enfrentadas pelo Rio Grande do Sul
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Porto Alegre (RS) - O vice-governador José Paulo Cairoli visitou, nesta terça-feira, o Comando Militar do Sul, em busca de auxílio para a crise de segurança que o Rio Grande do Sul enfrenta. O Comando é responsável pelo contingente do Exército em toda a região Sul do Brasil (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná). Conforme a assessoria do governo, o encontro serviu para Cairoli expôr as dificuldades. O oficial que fez a recepção garantiu que o assunto será levado adiante. O comandante militar do Sul, general de Exército Edson Leal Pujol, não participou da reunião por estar em viagem pela Argentina.
Desde as 6h desta terça-feira, 136 soldados da Força Nacional de Segurança, cedidos pelo governo federal, passaram a integrar o efetivo da Brigada Militar em função da sequência de crimes com repercussão ocorridos em Porto Alegre. O efetivo vai atuar em áreas de maior incidência de delitos e por tempo indeterminado. Custeada pelo Ministério da Justiça, a Força Nacional se une a 160 soldados da BM que já compõem a Operação Avante, empregada em ações de patrulhamento, barreiras móveis e abordagens.
Também por tempo indeterminado, Cairoli mantém o comando interino da Secretaria da Segurança Pública até que se defina o nome do sucessor de Wantuir Jacini. Ele pediu exoneração na quinta-feira passada, após o latrocínio de uma mãe de aluno em frente ao Colégio Dom Bosco.
Correio do Povo/montedo.com

30 de agosto de 2016

Facebook: dezesseis anos depois, Exército chama 'MP do Mal' de 'ampla reforma'


A reestruturação da remuneração dos militares e seus efeitos na redução de gastos.Ou: o Exército elege um porta-voz.

Nota do editor
No artigo anterior, assinalei que as colocações do general Garrido eram um 'ponto fora da curva' para o perfil dos atuais generais da ativa. Urge reformar esse entendimento: este segundo artigo, igualmente publicado numa página do Exército que, se não é a principal, mesmo assim é oficial, sinaliza que o general tornou-se uma espécie de porta-voz da Força Terrestre quando o assunto é carreira, previdência ou remuneração dos militares. Sem dúvida, trata-se de um avanço, pois passa-se a ter um contraponto altamente qualificado às bobagens e inverdades que são lançadas com frequência na mídia. Entendo que a tarefa da família militar seja a de multiplicar o alcance dessa publicação através das mídias sociais. 
Leia, comente, repasse. Faça sua parte!

A reestruturação da remuneração dos militares das Forças Armadas e os efeitos na redução de gastos do Governo

Eduardo Castanheira Garrido Alves*
A forte crise econômica que se abate sobre o País requer medidas de contenção de gastos, no âmbito da administração pública. Independentemente dos fatores que deram origem à atual crise, seus reflexos são sentidos diretamente por grande parcela da população brasileira, quer pela perda de poder aquisitivo, ocasionada pelo retorno da inflação, quer pela redução da oferta de emprego, levando à mudança de hábitos de consumo e à busca por novas alternativas de renda.
O Governo Federal tem anunciado, entre outras reformas, a necessidade de uma Reforma Previdenciária que se traduz em mais um grande esforço ao qual todos os cidadãos brasileiros serão submetidos. A argumentação está em que o Tesouro Nacional não tem como arcar com os elevados déficits gerados pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS), pelo Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) e pelas pensões pagas às pensionistas de militares.

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Militar: a dedicação exclusiva e a disponibilidade permanente.

Quando se fala em reduzir despesas, é importante destacar que os militares já vêm contribuindo com esse esforço, desde a edição da Medida Provisória (MP) nº 2.131, de 28 de dezembro de 2000, que reestruturou a remuneração nas Forças Armadas, extinguindo vários benefícios.
Com a edição da MP nº 2.131, de 2000, foram extintos os direitos: ao adicional de tempo de serviço; ao auxílio-moradia; à pensão para as filhas; ao acúmulo de duas pensões militares; à contagem em dobro do tempo de serviço para licença especial não gozada; ao recebimento de proventos do posto acima na inatividade; à contribuição para pensão militar de dois postos acima; e à licença especial. Essas mudanças foram implementadas sem regras de transição, ou seja, tiveram efeitos imediatos a partir da publicação da MP – atual MP 2.215-10, de 2001.
O esforço dos militares das Forças Armadas para a contenção de gastos do Governo pode ser traduzido em números. Entre 2003 e 2015, os gastos com inativos militares e pensionistas foram reduzidos em 20% em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), passando de 0,73% para 0,51% do PIB. Para o mesmo período, os gastos com aposentados e pensionistas do RGPS, por exemplo, aumentaram em, aproximadamente, 19%, passando de 6,24% para 7,42% do PIB.
Anualmente, o Ministério da Defesa encaminha ao Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão o “Estudo Atuarial das Pensões Militares”, que é um dos anexos ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, levado ao Congresso Nacional. Esse documento aponta a tendência de redução dos gastos com nossos pensionistas, ratificando a efetividade da MP 2.215-10, de 2001. Essa tendência foi corroborada pela Nota Técnica Conjunta nº 4/2016 do Congresso Nacional, de 25 de maio de 2016, ao analisar o PLDO 2017, que retrata a redução da diferença entre receitas e despesas do sistema de pensões militares de R$ 11,52 bilhões em 2016, para R$ 8,22 bilhões em 2050.
É indiscutível uma diminuição dos gastos públicos e de uma melhor eficiência e efetividade no emprego de seus recursos públicos, mas no que se refere aos militares das Forças Armadas, faz 16 anos – desde dezembro de 2000 – que as medidas necessárias para a redução de gastos com inativos e pensionistas foram tomadas, com reflexos bastante significativos, que implicaram na supressão de vários direitos dos militares das três Forças, com a consequente perda de poder aquisitivo, de renda e de formação de patrimônio da categoria.
* General de Divisão da ativa
EBlog/montedo.com

29 de agosto de 2016

Tráfico de drogas: Exército investiga participação de outros militares no caso do caminhão roubado

Exército investiga envolvimento de mais militares de MS com o tráfico de drogas
Ninguém explicou como 3 toneladas de droga acabaram em caminhão do 20RCB
Celso Bejarano
O CMO (Comando Militar do Oeste), em Campo Grande, informou que a investigação acerca dos três cabos do Exército, lotados no 20º RCB (Regimento de Cavalaria Blindado), presos com carregamento de maconha, neste domingo (28) de madrugada, em Campinas (SP), pode atingir outros militares. “Há esta hipótese”, limitou-se em dizer a assessoria do CMO, que ainda nesta segunda-feira (29), promete emitir uma nota do assunto.
Os três cabos saíram de dentro do quartel, situado na Avenida Euler de Azevedo, em Campo Grande, a bordo de um caminhão do 20º RCB e foram pegoss por policiais paulistas, em trecho da SP-101, estrada que liga Campinas a cidade de Monte Mor.
A droga, em torno de 3 toneladas de maconha, estava camuflada na carroceria do veículo militar. Antes da abordagem, os cabos trocaram tiros com a polícia, mas logo foram dominados e detidos. Eles confidenciaram que a droga havia saído de Campo Grande e seria entregue a um grupo que os esperariam no pátio do estacionamento de uma empresa desativada, lá em Campinas.
A assessoria do CMO informou que há três frentes de investigação contra os cabos: o inquérito policial militar e um processo administrativo, conduzidos pelo Exército e ainda o inquérito tocado pela polícia paulista.
Até agora, a polícia de São Paulo não informou se o carregamento da droga foi feito dentro do quartel do 20º RCB. Por meio de nota, a Polícia Civil de Campinas informou apenas que dois dos três cabos detidos confessaram que a carga de maconha saiu de Campo Grande.
Questionada se o Exército estaria promovendo desde ontem, domingo (28), inspeções dentro do quartel do Regimento de Cavalaria, em Campo Grande, local de trabalho dos três cabos detidos, a assessoria do CMO negou a informação.
Contudo, o órgão militar sustentou que o inquérito para apurar a participação dos militares do tráfico de maconha, foi instaurado de imediato e que investiga a suposta participação de outros militares no episódio.
Pelo apurado até agora, oficialmente, o caminhão do 20 RCB estaria estragado, estacionado para conserto, na mecânica do próprio quartel. Quando o veículo fora apreendido, em Campinas, os militares mostraram documentação de outro caminhão militar. Outra linha de investigação do CMO é que o caminhão pode ter sido furtado do quartel, segundo a assessoria militar.
O CASO
Os cabos Simão Raul, Maykon Coutinho Coelho e Higor Abdala Costa Attene, foram detidos por volta da 1h da madrugada de domingo, por policiais civis de Campinas.
Comunicado emitido pela Denarc (Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico), e a 5ª Delegacia da Divisão de Investigações sobre Entorpecentes e a Polícia Civil, de Campinas, informou que investigava há pelo menos três meses eventual envio de carregamento de droga que chegaria à cidade de Campinas.
No sábado à noite, os investigadores do caso fizeram campana perto de uma empresa desativada. Havia no local movimentação de veículos. Assim que perceberam os policiais, os militares tentaram sair do local conduzindo o caminhão do 20º RCB. A prisão ocorreu na rodovia SP-101. Os cabos seguiam pela estrada na contramão e trocaram tiros com a polícia, segundo a nota divulgada pela Denar.
Os cabos Maycon e Higor Abdala foram detidos fardados, dentro do caminhão. Já o cabo Simão Raul, baleado, escapou e foi detido logo pela manhã de domingo, em Limeira, cidade 50 quilômetros distante de Campinas. Ele que também vestia farda do Exército foi medicado e preso depois. Os três militares permanecem detidos em Campinas.
Ainda segundo o Denar, a polícia prendeu dois civis que, em carros separados tentaram escapar do cerco policial, perto do estacionamento da empresa desativada, em Campinas. A polícia paulista acredita mais duas pessoas ligadas aos civis estejam foragidas.
MIDIAMAX/montedo.com

Soldado do Exército é baleado na cabeça na Zona Leste de Porto Alegre

Denner Matheus Roldão, de 21 anos, foi baleado na cabeça e no peito.
Militar está internado em estado grave no Hospital Cristo Redentor.
Do G1 RS
Um soldado do Exército foi baleado na Rua Guaíba, no bairro Lomba do Pinheiro, na Zona Leste de Porto Alegre, na tarde deste domingo (28). Denner Matheus Roldão, de 21 anos, foi ferido na cabeça e no peito e conduzido por familiares ao posto de saúde da Parada 12.
O soldado é de Porto Alegre e trabalha no Hospital Militar da capital. Ele não tem antecedentes criminais, segundo informações do 19º Batalhão de Polícia Militar, que atendeu a ocorrência.
Ainda no domingo, Roldão foi transferido para o Hospital Cristo Redentor, na Zona Norte da capital, em estado grave. Ele, que estava de folga, estaria jogando futebol com amigos no momento do crime.
"Os autores [do crime] perguntaram para algumas pessoas quem seria o proprietário do Corsa estacionado próximo do local dos disparos. As pessoas indicaram onde estaria o proprietário (na praça). Os autores, ao chegarem no local, perguntaram quem era o proprietário. Quando a vítima respondeu foi atingida pelos disparos", relata o delegado Rodrigo Pohlmann, que investiga o caso.
Na manhã desta segunda-feira (29), o delegado Pohlmann foi até o hospital colher o depoimento da vítima. No entanto, o jovem estava sedado e sem condições de falar. A família do militar disse que ele fazia um 'bico' um pizzaria no momentos de folga do Exército.
A Brigada Militar fez buscas na região e não localizou os suspeitos do crime, que estariam em um carro de cor azul.
G1/montedo.com

28 de agosto de 2016

Militares roubam caminhão do Exército para transportar drogas, trocam tiros com a polícia e são presos no interior de SP

Atualização: 19h;
Publicação original: 12h;

 Campinas (SP) Por volta de 1:40h da madrugada deste domingo (28), um caminhão do Exército, pertencente ao 20º Regimento de Cavalaria Blindado (20 RCB) de Campo Grande (MS) foi detido no quilômetro 96 da Rodovia SP-01, próximo à Campinas. O veículo foi abordado por policiais do Departamento de Narcóticos da polícia paulista. Os ocupantes reagiram e houve troca de tiros. Um soldado, identificado como Simão Raul, ficou ferido no tiroteio mas conseguiu se evadir do local. Ele foi preso pela guarda municipal de Cordeirópolis e está internado em um hospital de Limeira. Foram presos nos cabos Higor Abdala Costa Attene e Maykon Coutinho Coelho.

Maconha
Segundo a polícia, o caminhão transportava três toneladas de maconha, que saíram de Campo Grande com destino Campinas.

Caminhão
Oficialmente, o caminhão estava recolhido à oficina do 20º RCB para manutenção e saiu do quartel na noite de sexta-feira (26), com documentos de outra viatura.

Pagamento 
Os militares teriam sido recrutados por traficantes paulistas e receberiam R$ 30 mil pelo transporte da droga até São Paulo.

Investigação
Segundo o Denarc, a investigação, que durou três meses, apurou que um carregamento de drogas chegaria a uma empresa desativada, utilizada como estacionamento, em Campinas.
Os policiais foram ao local e ficaram de campana. Algum tempo depois, os suspeitos, que estavam dentro da empresa, desconfiaram da movimentação e tentaram fugir a bordo de veículos – um deles um caminhão do Exército.
Com informações do G1/SP e EPTV/Campinas

Oito militares morrem em atentado terrorista no Paraguai

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Uma patrulha do exército paraguaio foi alvo de uma emboscada no distrito de Horquetá, em Arroyito, departamento de Concepción, distante 170km da fronteira com o Brasil por Mato Grosso do Sul.
Um caminhão transportando oito militares foi atingido por forte explosão, possivelmente de uma mina terrestre colocada no leito da estrada. Seguiu-se um ataque a tiros que vitimou os oito militares que estavam embarcados na viatura. A ação foi atribuída ao EPP (Ejército del Pueblo Paraguayo), grupo terrorista inspirado nas FARC colombianas, que reverencia José Gaspar Rodríguez de Francia, o ditador que controlou o país após sua independência.
Em nota, as autoridades paraguaias apresentaram suas condolências aos familiares das vítimas e reafirmaram a intenção do governo em não fraquejar no combate aos terroristas, até sua total eliminação.
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Com informações e imagens do portal Capitán Bado

Mistério sobre piloto e caça da Marinha completa 1 mês

Duas aeronaves em treinamento se chocaram no ar em Saquarema, RJ.
Marinha investiga acidente e buscas seguem ininterruptas no litoral.
Rebeca Nascimento
Do G1 Região dos Lagos
Na tarde do dia 26 de julho, dois caças da Marinha do Brasil colidiram nas proximidades de Saquarema, no litoral da Região dos Lagos do Rio. O treinamento de ataque a alvos de superfície, que era rotina para os dois pilotos experientes, terminou de forma inesperada: uma aeronave caiu no mar e desapareceu junto com o piloto a cerca de 44 Km da costa. Um mês depois, apesar da grande mobilização de pessoal e equipamentos da corporação, a frustração das buscas se mistura com a comemoração do Centenário da Aviação Naval, completado no dia 23 de agosto e celebrado nesta sexta-feira (26) na Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia, onde o piloto desaparecido atuava.
Os últimos 30 dias foram marcados por um trabalho intenso e ininterrupto da Marinha nas buscas. Além disso, comoção social, depoimentos de quem viu os últimos minutos da aeronave no ar, investigações, dúvidas e suposições sobre o destino do caça e do piloto vêm sendo acompanhados. Nesta sexta, em resposta aos questionamentos do G1, a Marinha informou que "as buscas prosseguem de forma contínua e intensa, na área compreendida entre Saquarema e Buzios".
Em relação ao piloto que voltou para a base, a Marinha informou nesta sexta que ele foi "submetido a exames de saúde regulamentares e encontra-se aguardando um parecer para a realização de novos voos".
Pelos olhos dele, o caça desaparecido foi visto entrando "de barriga na água", como contou o Capitão de Mar e Guerra Fonseca Júnior, Chefe de Estado Maior do Comando da Força Aeronaval, em entrevista ao G1.
O piloto desaparecido, que não teve o nome divulgado, era instrutor e tinha experiência com missões de ataques a alvos de superfície, a mesma do treinamento praticado durante o acidente. Cada piloto militar passa por uma formação específica durante três anos para pilotar caças. O último ano da formação é feito com a Força Aérea dos Estados Unidos.
Da aeronave AF-1 Skyhawk, até o momento, foram encontrados dois pneus do trem de pouso do caça. Eles foram localizados nas praias de Monte Alto, em Arraial do Cabo, e do Peró, em Cabo Frio, nos dias 28 e 30 de julho. Os locais onde as peças apareceram ampliaram as buscas da corporação, antes focadas no litoral de Saquarema.
A ejeção do piloto ainda é uma dúvida. O piloto que voltou não conseguiu ver se o colega ejetou antes da queda da aeronave. O caça, que era visto nos radares, sumiu no ponto da queda. Ele não tinha equipamento GPS (Sistema de Posicionamento Global), apenas dois equipamentos de localização pessoal do piloto, que não tiveram sinal detectado até o momento. A Marinha diz que "não descarta qualquer possibilidade" em relação à ejeção.
Efetivo de buscas
A operação de buscas conta, desde o dia 26 de julho, com navios, helicópteros, lanchas e viaturas. Entre eles, dois deles se destacam: os navios de Socorro Submarino “Felinto Perry” e o Navio de Pesquisa Hidroceanográfico “Vital de Oliveira”, principais embarcações da Marinha na área de buscas.
Além disso, a operação vem recebendo o apoio de navios cedidos pela Petrobrás especializados em varredura submarina. De acordo com a Marinha, a embarcação fornecida pela Petrobras possui um veículo submarino operado remotamente. O objetivo é que o submarino possa vasculhar o fundo do mar em locais de visibilidade restrita.
A Marinha, que já informou saber o local exato em que a aeronave caiu, também tem pontos específicos possíveis, apontados pelos equipamentos de sonda. Esses pontos são vistoriados por mergulhadores. Nos locais apontados pelas sondas, segundo o Capitão de Mar e Guerra Fonseca Júnior, o fundo do mar é cheio de sedimentos, o que dificulta a visibilidade.
Na última semana, a Marinha informou que passou a contar também com um navio pesqueiro especializado em redes de arrasto. O objetivo é localizar vestígios da aeronave.

Aeronaves e pilotos
A aeronave que caiu no mar é do modelo AF-1 Skyhawk: um caça projetado em 1950, construído em 1979 e comprado pelo Brasil do Kuwait após a Guerra do Golfo. A Marinha do Brasil possui 23 exemplares do Skyhawk da versão A-4KU. O processo de modernização inclui 12 delas. Apenas duas já estavam com o processo de modernização concluído: as duas envolvidas no acidente.
Segundo o Capitão de Mar e Guerra Fonseca Júnior, todo o equipamento da aeronave estava funcionando perfeitamente, até mesmo os dois localizadores que estavam na cadeira e no colete do piloto.

Investigações
Até o momento, duas investigações correm sobre o caso. No dia seguinte ao acidente, a Marinha abriu um Inquérito Policial Militar, para apurar as causas do choque entre os dois caças. Uma Comissão de Investigação de Acidentes Aeronáuticos (ComInvAAer) também foi estabelecida, ainda no dia 26, com o objetivo de identificar os fatores que contribuíram para o acidente e visando prevenir novas ocorrências. Ao final da investigação, será emitido um relatório.
Em resposta ao G1 nesta sexta, a Marinha disse que "as investigações prosseguem normalmente, obedecendo aos prazos preestabelecidos pela legislação de 60 dias para o Inquérito Policial Militar e de 180 para a conclusão do Relatório Preliminar do Acidente Aeronáutico".
G1/montedo.com

O Gordo e o Magro no Exército

25 de agosto de 2016

Sargento do Exército reage a assalto, fere o criminoso mas acaba morto

Militar morre em assalto, suspeito é baleado, pede socorro a PM e é preso
Sargento do Exército foi baleado no abdômen e não resistiu ao ferimento.
Sem saber, assaltante obrigou policial a leva-lo a hospital e acabou detido.

Nicolás Satriano
Do G1 Rio
Resultado de imagem para arma de fogo logoFerido a bala, um militar do Exército morreu após ser vítima de uma tentativa de assalto na Rua Cândido Benício, no bairro Praça Seca, na Zona Oeste do Rio. Bruno Peçanha Veras era 2º sargento do Exército e chegou a ser socorrido por policiais militares para o Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, na Zona Norte, onde passou por cirurgia, mas não resistiu ao ferimento.
Bruno estava em sua motocicleta quando foi abordado por um criminoso, próximo ao supermercado Mundial na região. O militar reagiu, baleou o assaltante, mas também foi atingido, no abdômen.
PM fingiu ser enfermeiro
O criminoso foi atingido na perna. Para fugir do local, o assaltante abordou um outro motociclista e o obrigou a levá-lo para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade de Deus, em Jacarepaguá, também na Zona Oeste. O homem abordado pelo criminoso era um policial militar, atualmente lotado no Hospital Central da Polícia Militar, na Cidade Nova, na região central da cidade.
O PM disse ao criminoso que era um enfermeiro e, ao chegar na UPA, conseguiu desarmar e prender o assaltante. O homem carregava uma pistola calibre 380, que foi apreendida.
Segundo a direção do Hospital Estadual Carlos Chagas, "o paciente Bruno Peçanha Veras chegou a ser operado pela equipe da unidade, mas não resistiu e foi à óbito".
G1/montedo.com

Profissão: Militar. Por que vale a pena.

São Miguel D'Oeste (SC) - 25 de agosto, Dia do Soldado: licenciamento da 3ª turma da incorporação de 2015 no 14º R C Mec

Competição de guerra na selva reúne dez países em Manaus

Esses soldados...



Ruben Barcellos de Melo
Há uma raça de homens que se embrenha nas matas, guiados mais pelo sentimento do dever do que mesmo pela orientação de suas bússolas. Buscam sinais de fronteiras, ameaças evidentes ou veladas, povoações e brasileiros isolados pelas distâncias territoriais. Nunca desistem da missão recebida, e os objetivos alcançados, não raras vezes, deixam marcas de sangue em seus trajetos. Esses soldados...
Há uma raça de homens que se dispõe a servir à Pátria, guiados mais pelo civismo do que mesmo pela ambição da glória. Buscam ser soldados, onde a coragem os amarra à boca do canhão, irmanados pelo juramento ao símbolo maior – a Bandeira – cuja honra, integridade e instituições, defenderão com o sacrifício da própria vida. Esses soldados...
Há uma raça de homens que usa farda, guiados mais pelo desejo de serem iguais do que mesmo pela vaidade de serem únicos. Buscam ombrear, formar, aperfeiçoar e conduzir outros homens que chegam pra dividir tarefas ou chegam apenas por algum tempo. Nessa entrega e nessa troca de experiências, todos ganham o tempo todo, crescendo juntos, engrenagens da mesma máquina de fazer bons cidadãos. Esses soldados...
Há uma raça de homens que frequentemente muda de lugar, guiados mais pela necessidade do serviço do que mesmo pela sua necessidade pessoal. Buscam galgar os degraus da carreira, promissora meta que não oferece riqueza nem poder, mas a certeza da escolha como destino. Esses soldados...
Há uma raça de homens, herdeiros de Guararapes, renascidos em Caxias, Osório, Sampaio, Mallet, Cabritta, Bittencourt, Zeca Netto, Bento Gonçalves...todos eles reconhecidamente heróis, brasileiros por nascimento ou escolha, grandes espíritos da guerra e do enfrentamento, corajosos ao extremo, levando o patriotismo acima de todas as paixões - homens fora do comum. Esses soldados...
Os velhos, querem voltar no tempo para marchar de novo.
Os novos, anseiam pelo dia da convocação.
Querem todos, viver as histórias que não cansam de ouvir.
Dia 25 de agosto, dia do Soldado.
Dia de todos nós.

MP aciona o Exército por morte de onça na passagem da tocha

O órgão pede indenização de 100.000 reais pelo incidente e mais 1 milhão de reais por danos morais coletivos
Da redação
O Ministério Público Federal do Amazonas (MPF-AM) entrou com uma ação civil pública na Justiça Federal contra o Exército para responsabilizá-lo pela morte da onça Juma, abatida em 20 de junho após o tradicional desfile do revezamento da tocha olímpica, em Manaus. O órgão pede indenização de 100.000 reais pelo incidente e mais 1 milhão de reais por danos morais coletivos.
“Além de comover milhares de brasileiros, que se sensibilizaram com a morte da onça que havia sido exibida acorrentada para ‘abrilhantar’ a passagem da tocha olímpica por Manaus, o episódio foi amplamente noticiado pela imprensa estrangeira que cobriu as Olimpíadas do Rio de Janeiro, causando um enorme constrangimento internacional para o Brasil”, disse em nota oficial o procurador da República Rafael Rocha, autor do processo judicial.
A ação do MPF-AM também quer determinar na Justiça a proibição de cuidados relativos à animais silvestres por parte dos militares. Segundo a apuração do procurador, o Exército não tem a licença necessária para manter os quinze animais que estão nas dependências do Comando Militar da Amazônia (CMA).

O caso
A onça-pintada é considerada um símbolo dos eventos na capital do Amazonas. Pouco após o desfile da tocha olímpica, Juma se soltou das correntes que a prendiam no Zoológico do Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs), onde ocorreu o evento. Seus treinadores aplicaram-lhe tranquilizantes, que não surtiram efeito, e, então, o animal foi abatido com tiros na cabeça por medida de segurança.
Na ocasião, o Comitê Organizador da Rio-2016 admitiu a falha: ““Erramos ao permitir que a tocha olímpica, símbolo da paz e da união entre os povos, fosse exibida ao lado de um animal selvagem acorrentado. Essa cena contraria nossas crenças e valores. Estamos muito tristes com o desfecho que se deu após a passagem da tocha”.
Veja/montedo.com

24 de agosto de 2016

MPM denuncia coronel, tenente-coronel e sargento por irregularidade em pregão de hospital militar

PJM RECIFE DENUNCIA MILITARES E CIVIS POR IRREGULARIDADES EM PREGÃO DO HOSPITAL DE GUARNIÇÃO DE NATAL
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Recife (PE) - A Procuradoria de Justiça Militar no Recife ofereceu denúncia contra três militares do Exército (um tenente-coronel, um coronel e um sargento) e dois civis, administradores de empresa, por fraudes em pregão eletrônico realizado pelo Hospital de Guarnição de Natal. Os envolvidos foram denunciados pela prática do crime de estelionato, previsto no artigo 251 do Código Penal Militar.
Mesmo com parecer da Advocacia-Geral da União apontando irregularidades no projeto básico, o pregão eletrônico 17/2011 foi lançado em 11 de novembro de 2011. O objeto desse pregão era a contratação de empresa especializada na execução de “serviço de manutenção e conservação de bens imóveis”, para o serviço de “adequação” do pavilhão de comando do hospital militar.
De acordo com o Núcleo de Assessoramento Jurídico da Advocacia-Geral da União em Natal, o serviço de adequação do Pavilhão de Comando do HGuNatal, da forma como descrita no Projeto Básico, não poderia ser enquadrado como “serviços de manutenção e conservação de bens imóveis”, conforme previsto no artigo 6º da Lei nº 8666/93, concluindo que a recuperação de imóvel, em princípio, deveria ser considerado como obra.
Além disso, acrescenta a AGU, por não se enquadrarem no conceito de serviços comuns, não poderiam ser licitados por meio de Pregão, recomendando à Administração Militar que reavaliasse os serviços e, caso não se enquadrassem no conceito de serviços comuns, deveria ser excluída a utilização do Pregão, utilizando-se procedimentos distintos atendendo a natureza de “obra” ou “serviços comuns”.
Somente duas empresas participaram do pregão eletrônico 17/2011, sendo que a vencedora ofereceu um lance de R$ 1.599.275,73, R$ 164,27 inferior ao da outra empresa participante do pregão.
Na sequencia, a empresa vencedora aceitou contratar com a administração militar pelo valor de R$ 1.119.492,16 e os serviços de “adequação” do pavilhão de comando do Hospital de Guarnição de Natal teriam ocorrido no ano de 2012.
A investigação demonstrou que houve fraude já na elaboração do Projeto Básico, nomeando “obras e recuperação de bem imóvel” como “serviço de adequação do Pavilhão de Comando do HGuNatal”, com manifesta finalidade de burlar a regra do artigo 6º, inciso II, da Lei de Licitações (Lei nº 8.666/93), e realizar o procedimento licitatório por meio de Pregão Eletrônico, modalidade incompatível com serviços de “obras” e “recuperação de bens imóveis”.
O projeto básico foi superfaturado, já que os denunciados tinham o conhecimento que os valores dos serviços efetivamente prestados teriam o valor máximo de aproximadamente 50% do valor do lance oferecido no Pregão. O superfaturamento restou plenamente demonstrado, na medida em que os serviços efetivamente executados Hospital foram avaliados em R$ 513.998,86.
A quebra do sigilo bancário de diversos investigados revelou que entre 2011 e 2012 o tenente-coronel denunciado, enquanto exercia a função de Fiscal Administrativo do HGuN e responsável por todos os procedimentos licitatórios da organização militar, recebeu diretamente em sua conta-corrente individual a quantia de R$ 65.599,24, valores esses provenientes de transferências diretas realizadas pelos administradores da empresa vencedora do pregão.
Para o MPM, tais valores foram recebidos pelo denunciado como forma de pagamento de sua cota decorrente da fraude realizada no Pregão nº 0017/2011, bem como para deixar de atuar sobre as inúmeras irregularidades na execução das “obras de adequação” do Pavilhão de Comando do Hospital de Guarnição de Natal, das quais era o encarregado de sua fiscalização.
Segundo o laudo pericial contábil, a conduta dos denunciados causou o prejuízo de R$ 745.901,61 ao patrimônio sob administração militar, valor este atualizado até 27/08/2013.
As condutas delituosas praticadas pelo tenente-coronel e pelo sócios da empresa vencedora do pregão somente puderam ser consumadas em razão da omissão dolosa do coronel, diretor e ordenador de Despesas do Hospital de Guarnição de Natal, e do 3º sargento chefe do Pelotão de Obras do Hospital e fiscal do contrato resultante do Pregão nº 0017/2011), “militares que, em razão de seu dever funcional, deveriam fiscalizar e impedir qualquer irregularidade nos procedimentos licitatórios de aquisição de bens e prestação de serviços para o Hospital de Guarnição de Natal”, escreve a PJM Recife na denúncia.
Outra demonstração de irregularidade nas obras realizadas no Pavilhão de Comando e no Ambulatório do Hospital de Guarnição de Natal é a autorização dada pelo coronel denunciado para que militares do Pelotão de Obras fossem empregados nas obras, quando tais serviços deveriam ser prestados pela empresa vencedora do pregão.
MPM/montedo.com

23 de agosto de 2016

145 atletas e 12 medalhas: projeto olímpico das Forças Armadas superou a meta

Simples, como coisa de Soldado...

Integrantes da banda da Academia de West Point homenageiam os treze militares do exército americano que participaram dos Jogos Olímpicos de 2016

"Crime para com os militares!" diz Bolsonaro sobre permanência das tropas no RJ até as eleições

Única selecionada no Brasil, aluna de Colégio Militar precisa de ajuda para fazer curso em Portugal

Nota do editor
Não costumo divulgar campanhas de auxílio financeiro aqui no blog. Mas neste caso, abro uma exceção, pois a causa é nobre. A capacidade e o esforço da Gabriela merecem ser recompensados.

Santa-mariense precisa de ajuda para fazer curso de matemática em Portugal
Menina conseguiu bolsa para curso de Matemática na Universidade do Porto, mas não tem condições de pagar as passagens
Maurício Araujo
Santa Maria (RS) - Gabriela Lima dos Santos tem 17 anos, é aluna do Colégio Militar de Santa Maria, e tem uma grande paixão: matemática. A facilidade com os números já lhe rendeu títulos em olimpíadas e campeonatos científicos em várias modalidades. Mas, agora, o desafio é outro, e já não depende mais dela. Gabriela foi a única brasileira selecionada para um curso na Escola de Verão de Matemática da Universidade do Porto, em Portugal. No dia 4 de setembro precisa estar no território europeu, no entanto ela não tem condições financeiras para arcar com as passagens. Assim, a jovem precisa e conta com sua ajuda.
Gabriela abriu uma conta bancária (veja abaixo como depositar) para arrecadar fundos. Qualquer ajuda é bem-vinda e colaborará para que a menina realize seu sonho e represente o país na Universidade. São 50 participantes no curso, de todos os cantos do mundo. A jovem santa-mariense conseguiu bolsa integral, mas os valores não cobrem o custo da viagem, que gira em torno de R$ 5 mil. A esperança de Gabriela, agora, são nas pessoas que possam contribuir com ela.
“Desde os 11 anos participo de olimpíadas cientificas em matemática, física, astronomia. É minha paixão. Quero muito ir a este curso, mas realmente não tenho condições”, revela a menina que coleciona mais de 13 medalhas e menções honrosas na área de ciências exatas.
Para Gabriela, que está no 3º ano do Ensino Médio, esta é uma oportunidade única de aprendizado, troca de conhecimento e evolução. Caso consiga arrecadar o valor, ela passará uma semana em Portugal, onde na universidade terá aulas, palestras, cursos e, no fim, ainda apresentará um projeto a respeito dos temas desenvolvidos.

AUXÍLIO
A estudante afirma que já recorreu a vários órgãos governamentais na tentativa de que algum deles conseguisse pagar as passagens, mas as respostas foram sempre negativas. Professores de olimpíadas dela também estão mobilizados para tentar auxiliá-la na sua viagem. No entanto, os retornos não são animadores até o momento.
“Quero muito ir, por isso peço a ajuda das pessoas. Que contribuam comigo, que me ajudem”, pede Gabriela.

APROVAÇÃO
O processo seletivo de Gabriela iniciou ainda no ano passado. Ela, que é bolsista no Colégio Militar, afirma que necessitou escrever uma carta de motivação à Universidade do Porto falando dos porquês deveria ser aceita, além de enviar documentos para comprovar que necessitava de bolsa integral para comparecer ao curso. Tudo deu certo até o momento. Agora, Gabriela só depende das doações para embarcar. Então, contribua e ajude Gabriela a realizar este objetivo.

Ajude na viagem de Gabriela
- Banco 104 Caixa Econômica Federal
- Agência 2859
- Conta bancária: 104.2859.013.1378-0.
- Conta Poupança 1378-0
- Operação 013.
TELEFONE: (55) 9981-0838
A RAZÃO/montedo.com

22 de agosto de 2016

Forças Armadas vão permanecer no Rio para as eleições

Militares vão reforçar a segurança em regiões dominadas pelo tráfico e pela milícia
ANTONIO WERNECK 
RIO — O ministro da defesa, Raul Jungmann, confirmou na tarde desta segunda-feira que as Forças Armadas, que reforçaram a segurança no Rio durante a Olimpíada, irão permanecer na cidade durante as eleições. A permanência dos militares na cidade é para atender um pedido formal do ministro Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Segundo o ministro, os militares irão garantir a segurança dos eleitores, das urnas e dos candidatos em regiões dominadas pelo tráfico e pela milícia.
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O general Fernando Azevedo Silva, comandante militar do leste (CML), esclareceu que é preciso aguardar o pedido formal para saber quantos militares serão empregados e onde eles atuarão. O ministro e o general participaram de uma coletiva de imprensa no CML para avaliação da segurança nos jogos do Rio. Também estavam presentes o almirante Leonardo Puntel, comandante do Primeiro Distrito Naval; e o brigadeiro José Euclides da Silva Gonçalves, comandante do Terceiro Comar (Comando Aéreo Regional). As Forças Armadas também estudam manter o patrulhamento no Boulevard Olímpico, no centro da cidade.
Ao encaminhar o pedido a Jungmann, Mendes atendeu a um pedido do presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio, desembargador Antônio Jayme Boente.
“Há muita insegurança no Rio de Janeiro. O próprio presidente (do TRE) nos pediu que fizesse intervenção. E nós cuidamos de traduzir essa preocupação ao ministro Raul Jungmann, da Defesa, para que pelo menos parte dessas forças lá permaneçam depois das Olimpíadas e alcancem o período eleitoral”, afirmou o presidente do TSE, na nota divulgada pela Corte eleitoral.
O Globo/montedo.com

Atletas militares: mesmo peso, duas medidas



Profissão: Militar/montedo.com

21 de agosto de 2016

Comandante da FAB admite cortes de horas de voos e treinamento de pilotos

Nivaldo Luiz Rossato acredita que será preciso uma ginástica financeira para minimizar o impacto em serviços essenciais como o transporte de passageiros e de órgãos
Ivan Iunes , Leonardo Cavalcanti
Até o fim deste ano, a Força Aérea Brasileira (FAB) terá voado um terço a menos do que em 2014. Na melhor das hipóteses. O comandante da Aeronáutica, Nivaldo Luiz Rossato, acredita que será preciso uma ginástica financeira para minimizar o impacto em serviços essenciais como o transporte de passageiros e de órgãos; o treinamento de pilotos; e as operações na fronteira. Os prejuízos, no entanto, já são contabilizados. O desenvolvimento do cargueiro KC-390, por exemplo, teve o cronograma atrasado em um ano.
“Começamos o ano com baixíssimo orçamento e não podemos voar, nem fazer contratos se não tivermos o recurso”, disse Rossato, em entrevista ao Correio na última quinta. Gaúcho, filho de agricultores, o tenente-brigadeiro do ar comanda a Aeronáutica desde a saída de Juniti Saito, no ano passado. E, apesar das dificuldades, se diz otimista ao considerar que consegue manter missões dentro do limite do suportável, e garante o desenvolvimento dos caças Gripen NG segue.
A respeito da polêmica envolvendo a continência prestada por atletas militares em pódios da Olimpíada do Rio de Janeiro, Rossato garante que o gesto não é obrigatório, mas natural de quem passa pelas fileiras das Forças Armadas.

A Aeronáutica tem um plano de redução das bases e do pessoal para aumentar a eficiência. Como isso funciona?
Estamos concentrando nossas bases aéreas em um número menor. A base é muito cara, e o essencial são as unidades onde estão os nossos aviões. Das 22 bases, reduzimos algumas, como Fortaleza, Florianópolis, São Paulo, Santos e outras que faremos mais à frente. Mas não estamos fechando, estamos reduzindo. Em vez de termos uma base com mil pessoas, teremos uma com 200, ou menos. E essa base terá infraestrutura pronta para uso em desdobramento, os aviões decolam de uma base, pousam em outro local e operam daquele lugar. A Força Aérea em todo mundo faz isso. Na Amazônia, as bases fundamentais são Manaus, Porto Velho e Boa Vista, mas temos uma série de campos de pouso, como Vilhena, São Gabriel da Cachoeira, que são bases prontas para colocar os esquadrões lá dentro e operar. Mas não precisamos ficar vivendo no meio da Amazônia.

Mas o pessoal vai para onde?
Vai se concentrar em um número menor de bases, e essas bases ficarão prontas para os desdobramentos. Inclusive, as do litoral, como vai ser a do Recife e a de Fortaleza.

Mas há um plano de redução de pessoal nas Forças Armadas, sim?
Temos uma previsão de redução do efetivo em 20 anos. Fizemos uma concepção estratégica que chamamos de Força Aérea 100, que será quando a Força Aérea completará 100 anos, em 2041.

De quanto será essa redução de pessoal?
Temos 75,4 mil militares hoje, e vamos reduzir em torno de 25% do efetivo. Estamos trocando muita gente de carreira por temporários. Todos entram como temporários para permanecer até oito anos nas Forças Armadas. O custo é muito menor, eles ganham salário, experiência. Quando eles saem das Forças Armadas, cessa o nosso compromisso. Existem certas carreiras em que as pessoas não precisam ficar sete anos estudando em nossas academias. É o caso do relações públicas, do dentista, do farmacêutico, dos auxiliares de enfermagem, dos músicos, uma infinidade.

Atletas também?
Também. Temos em nossa organização atletas de alto padrão que recebem ensino, alimentação, educação em geral, tudo isso dentro das nossas organizações. Tudo isso vem de recursos de outros ministérios.

Há resistências internas em relação ao projeto de atletas militares?
Não. Porque esses gastos são do interesse do governo. E o atleta aproveita a nossa infraestrutura e nossas edificações, e é pago por outros órgãos de fora. Da mesma forma, os atletas de alto rendimento utilizam os ginásios que temos, as pistas, o hotel de trânsito onde eles podem ficar. Além disso, têm apoio de saúde e o salário de sargento. No mais, nossos atletas têm dificuldade para conseguir patrocínio.

Uma das polêmicas recentes foi a continência dada pelos atletas militares...
Qualquer militar tem orgulho de ser militar. Essa rapaziada de alto desempenho que entrou nessa parte das Forças Armadas gosta disso e declara isso publicamente. Eles têm apoio, que é muito bom. Eu não vejo nenhum militar dentro das nossas Forças Armadas que não tenha orgulho de fazer parte dela. Ao entrar, a primeira coisa que aprende é o Hino Nacional. Ele considera Brasil acima de tudo, é a expressão, o hino e a bandeira. E uma maneira de mostrar isso é colocar a mão no peito ou fazer a continência. Depois de fazer um estágio de um mês, ele não resiste, vê a bandeira e tem que fazer a continência. É um processo natural, não é forçar nada aquele processo, não seria natural não fazer a continência. No mundo inteiro, o pessoal tem orgulho dos seus militares e a gente vê que aqui dentro também, é só ver as pesquisas. E essa gurizada, para mim, vai ser mantida. O programa começou em 2011, estamos no sexto ano.

Qual é o impacto dos cortes orçamentários na Força Aérea?
Temos um planejamento estratégico com determinado volume de recursos. Os projetos estratégicos que estão no PAC são dois: o Gripen e o KC-390. São projetos de um valor elevado. O projeto Gripen é superior a US$ 5 bilhões, e o KC-390, só a parte de desenvolvimento custa mais de R$ 4 bilhões. Só que o KC-390 tem uma perspectiva de venda de US$ 1,5 a US$ 2 bilhões por ano. No ano passado, perdemos uma licitação com o Canadá porque o projeto ficou atrasado. O governo tem plena consciência desse problema e que temos essa necessidade de recursos. Quando eles não vêm no volume que nós queremos, isso atrasa o projeto.

E o Canadá comprou de quem?
Eles ainda estão na licitação, mas ficamos de fora. Um outro exemplo: teve uma empresa nacional que acabou de comprar 10 aviões C-130, que é justamente o concorrente, é um modelo americano. Então, esses projetos estratégicos são fundamentais não só para a Força Aérea, até porque o KC-390 atenderá a Força Aérea, o Exército, a Marinha e todos os interesses do governo dentro dessa área. Quando mandarmos gente para o Haiti e para o Líbano, o avião de transporte será ele. A indústria nacional também se beneficia. Um projeto desse tem em torno de 7 mil empregos diretos e indiretos no desenvolvimento, 1,5 mil só dentro da Embraer na área técnica e de engenharia. No Gripen, já temos quase 100 engenheiros da Embraer e da AEL trabalhando na SAAB (Suécia). E, quando o caça chegar aqui, vai dar uma tecnologia inimaginável para a nossa indústria aeronáutica. Ninguém quer ensinar ninguém, tem um preço por isso. São coisas que nós temos que adquirir dessa forma. Se quisermos começar do zero, nós não vamos fazer. Então, o recurso é fundamental para os nossos projetos estratégicos e para o nosso dia a dia, manutenção da nossa base aérea, das escolas, dos Cindactas, dos radares, todos esses recursos são impactados pela redução orçamentária.

Hoje, deixamos de voar por falta de recursos?
Claro. Voávamos em torno de 150 mil horas. No ano passado, baixamos para 130 mil horas, e, neste ano, estamos buscando a meta de chegar até 100 mil. Nós começamos o ano com baixíssimo orçamento e não podemos voar, nem fazer contratos se não tivermos o recurso por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal, que nos obriga a fazer isso. Ao longo do ano, fomos recebendo mais recursos e, ainda assim, continuamos pendentes.

No que essa redução de horas de voo impacta?
Principalmente no treinamento do piloto. Isso é fundamental. Nós começamos o ano com cerca de 200 pilotos fora de voos, hoje todos já estão voltando para a atividade aérea. O piloto menos treinado é um risco maior na segurança de voo. Não poderíamos diluir as horas de voo entre os pilotos, mas, se ele voa abaixo do nível crítico, ele passa a ser um risco de segurança de voo. Então, tiramos eles dos voos para manter o nível de treinamento. O segundo impacto é que podemos estar canibalizando a frota. A nossa opção foi manter a frota, porque, se canibalizarmos isso, gera um custo altíssimo. Por exemplo, esses aviões que atendem ministros, esses que ficam em Brasília, nossa frota está reduzida pela metade, mas tomamos alguns cuidados. Fizemos uma estocagem do avião, é um trabalho de retirada do sistema hidráulico, motores, todas essas peças, para facilitar a manutenção. Então, a redução impacta nas horas de voo e no atendimento das missões, e nós estamos recuperando isso pela necessidade crítica que nós temos. Quem dá o suporte para o Exército na Amazônia é a Força Aérea e nós estamos atendendo, mas no limite do suportável, eles precisariam de muito mais do que nós estamos dando.

Transporte de órgãos também?
Também. Quando tínhamos mais horas de voo, os comandantes tinham um número maior de pilotos treinando, que também aproveitavam essas horas de treinamento transportando órgãos para lá e para cá, porque atendia a necessidade do Ministério da Saúde. Com o orçamento mais restrito, isso impactou no treinamento dos nossos pilotos. Eles não poderiam criar missões se não tivessem horas de voo. Nós temos aviões de alerta da Amazônia ao Rio Grande do Sul. Tanto aviões quanto tripulações sempre prontos. Com essa revisão orçamentária, nós temos um avião simples que pode voar 600 horas por ano e está voando 150 horas por ano. Um C-130 — cuja carga econômica dele é 800 horas — está voando 300 horas. Agora tivemos uma reunião com o Ministério da Saúde, que concordou em custear o transporte dos órgãos.

Quanto custa esse transporte?
Varia de acordo com as missões realizadas, mas é muito mais barato que seja feito pela Força Aérea do que pagar um avião de fora. Nosso custo é, mais ou menos, a metade do custo de externo. O nosso custo de hora de voo é somente logístico e combustível.

Mas continuamos com uma redução de 25% em horas de voo?
No início do ano, nós tivemos muito mais, começamos com potencial para voar 60 mil horas apenas. Redução de mais de 50% em relação a 2014. Por que nós começamos a aumentar a hora de voo? Tínhamos 60 mil horas e estamos vendo se chegamos a 100 mil horas. Foi sendo descontingenciado, com solicitações, por meio também de créditos, por exemplo. É o caso do acordo com o Ministério da Saúde no transporte de órgãos. Trouxemos de São Paulo para o Rio milhares de militares da Força Nacional com o dinheiro que nós recebemos do Ministério da Justiça. Então, vai se recompondo, mas o ideal é receber o dinheiro antes do Ministério do Planejamento. O impacto é muito grande na manutenção das unidades, nós reduzimos expediente, vamos fazendo nosso dever de casa de acordo com os recursos que o governo dá. O que impacta nessas questões de orçamento sempre? Trabalhamos em cima de capacidades. À medida que nós não temos aquele dinheiro, a nossa capacidade vai sendo reduzida, nossa capacidade de defesa aérea, de controle marítimo, de transporte.
Correio Braziliense/montedo.com

Exército concede Medalha do Pacificador para o juiz Sérgio Moro

Publicação original: 21/8 (12:56)



Credibilidade
O Boletim do Exército desta sexta-feira publicou a concessão da Medalha do Pacificador ao Juiz Federal Sérgio Fernando Moro. Impensável nos tempos de Dilma, a homenagem faz jus a Moro, que ganhou o status de herói nacional por conta da Operação Lava Jato e ajuda a recuperar a credibilidade da condecoração. 


Mensalão
Usada para homenagear militares que se destacam na carreira e também como honraria para políticos e personalidades de destaque, a Medalha do Pacificador já foi ostentada por um quarteto que acabou na cadeia: Valdemar da Costa Neto, João Paulo Cunha e Roberto Jefferson. A concessão só foi cassada em outubro de 2015, três anos depois da condenação dos mensaleiros pelo STF.


Mérito Cívico
Não será a primeira vez em que Moro receberá honrarias militares. Em dezembro passado, ele foi condecorado com a Ordem do Mérito Cívico, concedida pela Liga de Defesa Nacional. A condecoração foi entregue em solenidade realizada no 20º Batalhão de Infantaria Blindado, em Curitiba.

General deve assumir a Segurança do RJ

Photo published for Conheça o nome mais forte para substituir de Beltrame na Segurança | Lauro Jardim - O Globo
Em decreto publicado em 15 de agosto, o presidente Temer exonerou - a pedido - o General de Exército Adriano Pereira Júnior do cargo de Secretário Nacional de Defesa Civil. Após a Olimpíada, o general deverá assumir a Secretaria de Segurança do RJ, em substituição ao delegado José Mariano Beltrame. (com informações de Lauro Jardim, em O Globo)

Porque rir faz bem para a saúde!

Do Super Jurunas

Medalha Mach 3 - seis meses de uso

20 de agosto de 2016

Imagem do(s) dia(s)...

Uma imagem para a História

Cabo João Carlos de Oliveira, o 'João do Pulo', recordista mundial do salto triplo, é recebido pelo presidente Geisel (1975)

Caio Bonfim, a marcha atlética e uma lembrança. Ou: o preconceito também veste farda.

"Não teve nem um dia que saí na rua e não fui xingado por fazer marcha atlética. Falam: "Vira homem", "para de rebolar", "viado", "vai para casa trabalhar, vagabundo". Todos os dias! São nove anos de marcha. Mas também não teve um dia que não fui apoiado em casa." 
Caio Bonfim, quarto colocado na marcha atlética de 20 km da Rio 2016, o melhor resultado de um brasileiro na modalidade, na história dos Jogos Olímpicos.
Não! Caio não é militar. Ele aparece neste post por que me fez lembrar de um. Em meados dos anos 1990, um sargento de carreira do Exército, foi transferido para Bagé. Esse militar chegou a ser quarto colocado no ranking nacional de marcha atlética. Precisava ficar entre os três primeiros para levar adiante o sonho olímpico. Não conseguia treinar durante o horário de atividade física: além da total falta de apoio do comando, era alvo constante de piadas e deboche dos militares. Era comum vê-lo praticando seu esporte na pista atlética do regimento à noitinha, longe dos olhares e do preconceito dos irmãos de farda. Não conseguiu alcançar seu objetivo. Com a 'colaboração' da instituição e de alguns de seus integrantes.

Alison se orgulha de "ser milico" e admite tratamento diferente a atletas

Súplica do editor:
Sim! Eu sei que o cara diz que é militar e está com uma barba de último dia de férias.
Sim! Eu sei que ele não tira serviço, não faz marcha, não atira, etc.
Entretanto, rogo que leiam com a atenção suas respostas às perguntas canalhas, carregadas de rancor, do repórter do UOL. Uma aula de como lidar com o jornalismo engajado.
Adriano Wilkson
Do UOL, no Rio de Janeiro
Um dia depois de conquistar o ouro olímpico em Copacabana e prestar continência no pódio, Alison Cerutti falou ao UOL Esporte sobre o patrocínio que recebe das Forças Armadas. O programa sofre algumas críticas de pessoas que veem no incentivo uma tentativa dos militares em se promoverem e ganharem destaque com o desempenho dos atletas nos Jogos Rio-2016.
Uma das "alfinetadas" foi feita pelo técnico de Arthur Zanetti, Marcos Goto, que disse que as Forças Armadas se preocupam apenas em contratar atletas de alto nível, e não investem na base. As Forças Armadas, no entanto, argumentam que tem um programa chamado Profesp, cujo principal obtido é inclusão social.
Terceiro-sargento da Marinha, Alison saiu em defesa do apoio aos atletas de elite do Brasil. Ele e seu parceiro de quadra Bruno Schimdt participam do programa federal que apoia os atletas de elite e já teve participação em 12 das 15 medalhas brasileiras no Rio. Capixaba de 30 anos, conhecido como Mamute por seus 2,03 metros e 102 kg, Alison se disse "orgulhoso de ser milico", mas admite que como atleta profissional não passa muito tempo frequentando o quartel.

Veja alguns trechos da entrevista feita na tarde de sexta-feira (19).
UOL Esporte - Você é um atleta militar em um país que recentemente passou por uma ditadura militar de 25 anos. Refletiu sobre isso quando aceitou o convite da Marinha?
Alison Cerutti - Não. Eu recebi o convite e tenho muito orgulho de ser milico porque me dá uma estrutura de trabalhar. Me dá uma tranquilidade de fazer meu melhor dentro de quadra.
O passado, as atrocidades que aconteceram, não dizem respeito a mim. Eu recebi um convite nos últimos três anos pra ser milico, representar meu país nos Jogos Militares, de participar dessa ideologia de ter os atletas próximos. Acho uma puta oportunidade.
Na Alemanha é assim, e tem um passado horroroso a Alemanha também. Nos Estados Unidos é assim, na China é assim, Japão é assim e outros países. O problema do Brasil é sempre esse. Sempre que você faz uma coisa já querem levar a outra. O passado é o passado, hoje já não existe mais isso. Claro que houve atrocidades, coisas feias, mas não cabe a mim julgar. O que eu estou vivendo hoje é que hoje eu sou um atleta militar.

Hoje muitos militares relutam em reconhecer os erros cometidos no passado. Muitos dizem que a tortura, por exemplo, foi feita de maneira localizada, quando na verdade sabemos que foi uma prática institucional. Você conversa com os militares sobre essas coisas?
Não tenho diálogo com ninguém sobre isso, não pergunto sobre isso, não cabe a mim julgar. A gente não conversa sobre isso. Até porque o atleta profissional dificilmente vive a vida militar. A gente representa o nosso país e acaba não ficando muito no quartel. Não é uma regalia, mas nós somos diferentes.

O que acha de figuras como o Bolsonaro, uma pessoa que exalta um torturador? Acha que ele "queima o filme" dos militares?
Ele sempre foi assim, sempre foi assim, é difícil o cara mudar. Eu não discuto política, religião e futebol (sou flamenguista!). Não estou fugindo da sua pergunta, mas não discuto porque é uma coisa que desgasta tanto. Sobre o Bolsonaro, eu respeito o jeito dele, a maneira que ele pensa. Agora cabe a mim ou não acreditar ou concordar. Tenho minha opinião e prefiro não comentar

Você não vota nele então?
Não falei isso, falei que prefiro não comentar.

Como se define politicamente, esquerda ou direita?
Não me defino de nenhuma forma. Não vou falar sobre política, não me sinto à vontade. Sou formador de opinião, uma referência, então prefiro não comentar. Não estudei para isso, não é minha área. Tenho que falar sobre voleibol, minha vida, minha opinião. Mas política e religião não comento.

Você estudou para quê?
Me formei na escola, gostava de estudar. Fiz seis meses de publicidade e dois anos de administração. É a área que eu mais gosto, publicidade, administração e marketing. Não tive continuidade porque minha carreira tomou outro rumo, mas gosto de coisas novas, inovadoras, e é assim que toco minha carreira, com desafios, inovações...

Como foram seus últimos dias? Muita pressão?
De todos os atletas do vôlei de praia eu era o mais pressionado. Que tenham participado das últimas Olimpíadas só tinha eu e o letão que éramos medalhistas. Ele saiu na primeira fase e sobrei eu. É incrível como você vive esse momento. Existe essa pressão, mas eu consigo junto com meu parceiro reverter e jogar.

Você tem a frase “Dias de Lutas Dias de Glória” tatuada no braço. Qual sua relação com a banda Charlie Brown Jr.?
Conheci a banda desde o primeiro CD deles. Antigamente se comprova muito CD, né? Eu gostava meio de rockzinho, tive todos CDs e hoje tenho todas as músicas compradas na internet. Pra mim foi um baque muito grande o que aconteceu com a banda [a morte do vocalista Chorão]. As letras me tocam muito.
“Dias de Luta Dias de Glória” reflete muito minha carreira. A vida do atleta tem momentos ruins e bons. Ruins são as lesões, falta de patrocínio, pensar em desistir. Mas tive dias de glória, vitórias, títulos, conhecer pessoas bacanas que te ajudam, conhecer o mundo...
UOL/montedo.com

Após cobrança de Janot, Aeronáutica cassa medalhas de Dirceu e Genoino

AERONÁUTICA CASSA MEDALHAS DE MENSALEIROS JOSÉ DIRCEU E JOSÉ GENOINO
CASSAÇÃO DE MEDALHAS DE MENSALEIROS SÓ SAIU POR PRESSÃO DO MPF
André Brito
Depois de muita resistência, o Comando da Aeronáutica, enfim, cassou as medalhas de Ordem do Mérito Aeronáutico aos mensaleiros condenados José Dirceu e José Genoino. O ato retirando o grau de Grande Oficial de Dirceu e o de Comendador de Genoino foi assinado pelo tenente brigadeiro do ar Nivaldo Luiz Rossato no último dia 26 de julho, mas publicado no Diário Oficial da União desta quinta (18).
A exclusão deveria ter sido automática após a condenação transitada em julgado no caso do Mensalão, conforme prevê o Art. 29, inciso II, alínea a, que determina a cassação da honraria de graduados que tenham sido condenados pela justiça por crime contra a "soberania nacionais, ou atentado contra o erário, instituições e a sociedade".
Apesar disso, a Aeronáutica só tirou as condecorações dos petistas depois de receber o ofício nº 654 do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, cobrando o cumprimento da legislação.
DIÁRIO do PODER/montedo.com

Forças Armadas planejam ampliar programa de atletas paralímpicos

Projeto seguirá moldes dos atletas militares e tem até o momento 10 participantes
O programa piloto das Forças Armadas para incentivo a atletas paralímpicos, que atualmente conta com dez participantes, será ampliado. Segundo o ministro da Defesa, Raul Jungmann, o nome provisório é João do Pulo e o objetivo é que o programa tenha tanta expressão e resultado como os atletas militares estão tendo na Olimpíada.
“Mas para isso você tem de adequar equipamentos e a parte de apoio pela especificidade que tem. E também tem de fazer um projeto onde os editais sejam voltados para atletas paralímpicos e tenha um pessoal profissional, treinadores, formadores, que tenham também essa expertise. Temos um piloto pequenininho, mas ele vai crescer. Hoje são dez pessoas, porque temos de aprender como fazer isso, mas tenha certeza que vai crescer e vai ganhar volume nos próximos anos”, acrescentou Jungmann.
O ministro lembrou que, das 15 medalhas conseguidas pelo Brasil até o momento nos Jogos Rio 2016, 12 são de atletas militares, incluindo as cinco medalhas de ouro. Com isso, a meta de dobrar as cinco medalhas dos atletas militares conquistadas em Londres 2012 foi superada.
“Oferecemos segurança e estabilidade para o atleta. Não é que o atleta militar seja um super-atleta ou um super-homem. São condições. Só isso. Tem um salário digno, um lugar onde possa treinar com bom equipamento, atendimento médico e fisiológico. É só isso. Por isso, temos essa diferença e espero que isso se espalhe pelo Brasil.”
Conforme Jungmann, os recursos para continuidade do programa foram negociados com o Ministério do Planejamento e estão garantidos. Ele visitou hoje o Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan) da Marinha, onde conheceu o Programa Forças no Esporte (Profesp), projeto social em parceria com os ministérios da Defesa, Esporte e do Desenvolvimento Social e Agrário. Atualmente, são beneficiadas 21 mil crianças em situação de vulnerabilidade social em 89 municípios de 26 estados brasileiros.
Correio do Povo/montedo.com

19 de agosto de 2016

Escolas militares: o gemido dos medíocres

Ora, é preciso ver o programa pedagógico desses colégios antes de sair por aí falando asneiras
Paulo André Chenso*
O Colégio Militar foi criado por D. Pedro 2º em 1889, e mantido pela República. Durante 126 anos nunca se viu qualquer comentário sobre essas escolas. De repente, descobriram o filão – e como o descobriram? Simples, as escolas militares encabeçam a lista dos melhores desempenhos nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), e isso, parece, incomodou alguns setores da nossa "educação civil". É como se o sucesso dos colégios militares causasse inveja aos colégios civis. São 12 colégios do Exército e 93 da Polícia Militar, com um total de mais de 30 mil alunos atendidos. Bastou aparecer na mídia o brilhante desempenho e já emergiram de suas tocas os pseudopedagogos de beira de estrada para criticar o sistema de ensino dos colégios militares.
Na reportagem da Folha de São Paulo (12/8) afirma-se: o Colégio Militar "padroniza comportamentos", "inibe o questionamento" e "impede criar perspectiva de construção de identidade". Se durante mais de 100 anos foi assim, os colégios militares formaram uma multidão de alienados – que, no entanto, estão dando um show de desempenho. É, realmente, paradoxal.
Sou professor há 42 anos e acompanhei gerações de alunos do nível médio, e assisti, com imensa tristeza, a deterioração do comportamento, o desinteresse, o aumento da violência, a impossibilidade de se aplicar disciplina mais rigorosa, e necessária, pois, hoje, o aluno já sabe, previamente, que não importa o que aconteça, ele será aprovado. Vi professores sendo agredidos, desrespeitados, às vezes humilhados, e por que não, abandonados pelos próprios órgãos que lhes deveriam dar apoio, como é o caso dos núcleos de ensino, com pareceres quase sempre favoráveis ao aluno. Ora, vendo tudo isso ao longo dos anos, a contínua corrupção (e corrosão) do ensino, com facilitações que chegam às raias do absurdo para justificar, alhures, que aqui não há repetências, e encerramos cada ano com alunos cada vez menos preparados. Como concordar? Alunos do nível médio que escrevem Brasil com z! Que nunca leem nada além de ridículos livrecos empurrados pelas grandes editoras - há um enorme contingente de alunos que chegam ao terceiro colegial sem ter lido um único autor clássico brasileiro. É uma vergonha!
E agora vem a mídia e seus "especialistas" em educação tecer críticas ao único sistema, hoje, que atua na educação do jovem de forma global e completa. Ora, é preciso ver o programa pedagógico desses colégios antes de sair por aí falando asneiras como se fossem os arautos da melhor educação. Se fossem, o ensino não estaria essa tragédia. Sem contar o desinteresse absoluto do Estado, o mísero investimento feito pelo poder público. O verdadeiro abandono das nossas escolas. Dispensa comentários.
Não vi entrevistas com os alunos, nem com os pais. Vi declarações, sim, de pessoas que parecem ignorar a real situação de nossas escolas. Ninguém mencionou na imprensa se os milhares de alunos desses colégios militares gostam ou não. É explícito nos regulamentos: caso o aluno não se adapte à disciplina militar, é imediatamente transferido para colégios civis. Ninguém é obrigado a estudar lá. E mais, para estudar nesses colégios, participa-se de um concurso na qual a média de candidatos chega a 22 mil! Será que é mesmo tão ruim, ou são nossos "pedagogos" que estão impregnados com as ideias "supermodernas" introduzidas na educação brasileira nos últimos anos?
*Médico e professor em Londrina
Folha de Londrina/montedo.com

18 de agosto de 2016

O Brasil tem jeito? Guardião dos recursos públicos, TCU vai instalar salão de beleza em sua sede

SALÃO NO TCU OFERECERÁ ‘DEPILAÇÃO DE CONTORNO’
Com a missão de zelar pelo bom uso dos recursos públicos, o Tribunal de Contas da União (TCU) achou relevante mobilizar sua área técnica para elaborar e promover uma concorrência pública com o objetivo de instalar um salão de beleza em suas dependências, a ser usado pelos ministros e servidores. Ainda impôs às empresas licitantes a oferta de serviços que incluem depilação de pernas e axilas e até “depilação de contorno”, nas partes íntimas. O salão funcionará durante o expediente.

CASA DE MASSAGENS
O salão de beleza do TCU também oferecerá serviços de massagem relaxante e massagem estética para suas excelências.

QUE VERGONHA
No salão do TCU, um prédio público, haverá corte de barba e cabelo, tintura, escova, além de manicure, pedicure e sobrancelha.

BANANA PARA O PAÍS
O Tribunal de Contas não se deu ao trabalho de explicar seu salão de beleza. E o procurador do MP junto ao TCU desdenhou: “nada a dizer”.
DIÁRIO do PODER/montedo.com

17 de agosto de 2016

Forças Armadas do Brasil investem R$ 43 milhões neste ano em atletas de ponta

BRUNO VILLAS BÔAS
LUIZA FRANCO
MARCO ANTÔNIO MARTINS
DO RIO
Das 11 medalhas conquistadas pelo Brasil até esta terça (16), nove vieram de atletas patrocinados pelas Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica).
Os nove medalhistas integram o programa de alto rendimento dos ministérios da Defesa e do Esporte, criado em 2008 e que apoia 670 atletas com soldo de R$ 3.200 mensais brutos, além de plano de saúde e odontológico. Somente neste ano, o programa investe R$ 43 milhões.
As exceções entre os medalhistas são o ginasta Diego Hipólito, 30, prata no solo, e o baiano Isaquias Queiroz, 22, prata na canoagem.
O programa foi criado para atrair atletas civis para reforçar os quadros das Forças Armadas durante os Jogos Militares de 2011, no Rio, e continuou neste ciclo olímpico.
Após o início do programa, o Brasil se tornou uma potência nos Jogos Militares. Em 2007, na Índia, havia ganhado três medalhas. Em 2011, liderou o quadro, com 45 medalhas de ouro.
Para receber o apoio, atletas precisam concorrer em editais públicos. Se aprovados, tornam-se militares temporários -terceiro-sargento do Exército, Marinha ou Aeronáutica. Eles passam a receber os benefícios dos militares da ativa.
Além do soldo e dos benefícios, os esportistas têm acesso a instalações militares para treinamentos, o que pode ser vantagem em algumas modalidades, como atletismo e tiro esportivo.
Segundo Felipe Wu, 24, prata na pistola de ar de 10 m nos Jogos do Rio, o apoio foi um "divisor de águas" para ele continuar praticando o tiro esportivo, modalidade que tem dificuldade para atrair patrocinadores.
Dispensado do serviço militar obrigatório, Wu tem contrato temporário como terceiro-sargento técnico desde 2013. O contrato tem prazo de um ano, mas pode ser renovado por oito consecutivos.
"Cada edital é para uma modalidade e não abre todo ano. Quando participei, só eu concorri, já que o tiro tem poucos praticantes. Outras modalidades foram mais concorridas. Eles avaliam currículo e teste prático", disse.
Para se tornar militar temporário, os atletas passam por um treinamento de 45 dias. Estudam a hierarquia militar, passam por teste físico, aprendem a marchar e a prestar continência.
Depois desse período, os atletas não vivem a rotina militar nem frequentam o quartel. São esporadicamente convocados para alguns eventos e obrigados a comparecer. A maioria nem frequenta as instalações militares.
Medalhista de prata na ginástica artística, Arthur Zanetti, 26, diz que seu clube em São Caetano do Sul, no ABC Paulista, já oferece a estrutura que ele precisa para treinar, como técnico, fisioterapeuta e o restante da equipe.
"Eu simplesmente faço parte da Força Aérea Brasileira. Eles me ajudaram nesses últimos meses. Mas a minha rotina não mudou em nada. Dão apoio de grana, quando precisa de alguma coisa, para ter um bem-estar", disse o ginasta brasileiro.
"A Marinha me deu todo o suporte durante o período que estive afastado da seleção", conta o boxeador Robson Conceição, que é da Marinha e prestou continência no pódio ao receber o ouro nesta terça (18) à noite.
Conceição e Zanetti estiveram entre os seis medalhistas que fizeram o gesto na entrega de medalhas. Os atletas e a cúpula militar, contudo, dizem que não há obrigação de prestar continência.
"Não houve ordem. Foi um gesto espontâneo que foi contaminando a delegação no Pan do Canadá, em 2015. Para mim, cada gesto daquele significa uma medalha", diz o general Fernando Azevedo e Silva, comandante militar do Leste e um dos idealizadores do programa.
O técnico de Zanetti, Marcos Goto, não gostou do gesto, no entanto. Na segunda-feira (15), ele criticou a forma como as Forças Armadas incentivam o esporte.
"Pegar atleta pronto é muito fácil. Quero ver apoiar até a criança chegar lá", disse. Procurado por militares, porém, Goto voltou atrás. Ele disse que tomou conhecimento do trabalho das Forças Armadas com jovens.
Segundo o Ministério da Defesa, 21 mil crianças são atendidas em 89 cidades do Brasil no programa Forças no Esporte, que também é custeado pelas pastas de Esporte e Desenvolvimento Social. 
O programa custa R$ 25 milhões por ano, dinheiro que é usado na compra de alimentação e equipamentos. As aulas acontecem em unidades militares e são ministradas por voluntários ou membros das Forças Armadas.

MODELO
Marcus Vinícius Freire, diretor-executivo de Esportes do COB (Comitê Olímpico do Brasil) e ex-jogador de vôlei, afirma que o soldo das Forças Armadas é uma das partes do modelo de financiamento dos atletas do país.
"Quando eu jogava vôlei, recebia salário do meu clube e aquilo cobria meus custos. Hoje não é assim. Os atletas recebem do clube, dos militares, e as bolsas Pódio e Olímpica [do governo federal]. E esse combinado paga seus custos", disse ele.
Com 145 atletas, as Forças Armadas têm 31% dos 465 brasileiros na Rio-2016.
É um contingente maior do que o registrado em Londres-12, quando eles representavam 20% dos 259 atletas da delegação brasileira.
O programa, aliás, está perto de atingir sua meta na Olimpíada do Rio: conquistar dez pódios, independentemente da posição.
"Esta meta era um sonho que se torna realidade. Após a Rio-2016, o foco estará nos Jogos Mundiais Militares, na China, em 2019, e na Olimpíada de 2020", disse o ministro da Defesa, Raul Jungmann, que afirma que o programa será mantido no próximo ciclo olímpico.

REGRAS DO ATLETA MILITAR
- Atender às convocações feitas pelas Forças Armadas para a disputa de competições classificadas como relevantes para os militares;
- Apresentar relatórios sobre o treinamento esportivo;
- De acordo com as Forças Armadas, o atleta não é orientado a prestar continência quando estiver no pódio;
- O atleta é dispensado de exercer funções administrativas ou militares.
Colaboraram MARIANA LAJOLO e LUCAS VETTORAZZO, do Rio.
FOLHA DE SÃO PAULO/montedo.com

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