15 de janeiro de 2016

O Exército de Kim: mistérios e façanhas da Coreia do Norte

Com cerca de 1 milhão de soldados, força seria a 5ª maior do mundo
O suposto teste norte-coreano com uma bomba de hidrogênio, se confirmado, revelaria um avanço importante nas capacidades militares do país que se autodenomina comunista.
Seria o quarto teste com bombas nucleares desde 2006 — sendo três com bomba atômica e a mais recente, com bomba H, que é ainda mais explosiva.
Podem ser necessários dias ou até mesmo semanas para que testes independentes confirmem ou neguem o anúncio de Pyongyang.
A chave estaria nas partículas radioativas presentes no ar. Em 2013, após o último teste nuclear, foram necessários 55 dias para que fosse detectado o gás radioativo xenônio em uma estação de monitoramento do Japão, localizada a mil quilômetros do local do teste.
O novo teste provocou uma resposta de EUA e Coreia do Sul, que, desde o fim da Guerra da Coreia (1950-53), mantêm uma estreita parceria militar no leste asiático, o que incomoda a Coreia do Norte e até a vizinha China.
No domingo (10), um bombardeiro nuclear dos EUA sobrevoou em baixa altitude a Coreia do Sul, em mais uma demonstração de força.
Já na madrugada desta quarta-feira (13), a Coreia do Sul fez disparos de advertência contra um suposto drone norte-coreano após o equipamento ultrapassar a fronteira entre os dois países.

5º maior Exército do mundo?
Tudo sobre a Coreia do Norte está envolto em mistério, em especial a força militar do país.
O Exército do líder Kim Jong-un impressiona, ao menos pelos números.
Organizações que estudam forças armadas, como o Global Fire Power e o The International Institute for Strategic Studies (IISS), estimam entre 700 mil e 1,2 milhão o número de soldados, o que colocaria o país com o quinto maior exército do mundo.
Se forem considerados os soldados na reserva, esse número fica entre 4 milhões e 7 milhões de pessoas. Em um país com 24 milhões de habitantes, significa que, na hipótese mais "otimista", 30% da população está preparada para a guerra.
Seriam ainda 4.200 tanques de guerra, 32 mil unidades de bateria antiaérea, entre 600 e 900 aviões de combate, incluindo 200 helicópteros.
A Marinha teria mais de 400 embarcações, sendo 70 submarinos.
Um estudo divulgado em 2011 pela Yonhap, a agência sul-coreana de notícias, aponta que Pyongyang reduziu a quantidade de navios militares e a frota de aviões de guerra, embora tenha expandido sua força terrestre na primeira década deste século.
Outra dúvida é com relação à qualidade desses equipamentos e de seu arsenal de guerra.
Os armamentos exibidos pela TV estatal utilizam tecnologia ultrapassada, adquiridos junto à China e à antiga União Soviética.
Mas a fronteira entre as duas Coreias continua sendo uma das regiões mais militarizadas do mundo, a poucos quilômetros de distância de Seul e Pyongyang.
Até por isso, os EUA mantêm, como resquício da Guerra Fria, uma base militar em Osan, além de um enorme complexo que forma a embaixada norte-americana em Seul, localizada a poucos metros do palácio presidencial.
A Coreia do Norte e a Coreia do Sul permanecem tecnicamente em guerra desde o conflito de 1950-53, que terminou apenas em uma trégua e não em um tratado de paz.

Veja mais informações no vídeo abaixo:


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