22 de fevereiro de 2014

General esclarece atuação das Forças Armadas na Copa do Mundo

O general Jamil Megid em foto pouco antes dos Jogos Mundiais Militares de 2011
(Renato Araújo/Agência Brasil)

Nesta sexta-feira, após uma reunião sobre o planejamento de segurança para a Copa do Mundo, em Florianópolis, o general Jamil Megid Júnior, do Ministério da Defesa, esclareceu como será o papel das Forças Armadas no apoio ao efetivo de segurança pública na maior competição de futebol do planeta, a ser realizado no Brasil, nesta temporada. De acordo com o militar, as tropas só poderão entrar em ação com ordem presidencial e nos casos em que as forças convencionais esgotarem todos os seus meios.
Para Megid Júnior, o objetivo de toda a segurança envolvida na organização da Copa do Mundo será garantir que todos os 64 jogos sejam realizados normalmente. Ele ainda esclareceu que os militares não serão vistos nas ruas e que será repetido, com alguns ajustes, o plano executado na Copa das Confederações.
"As Forças Armadas só vão entrar em ação, especificamente, no caso de uma perturbação de ordem pública, que extrapole a capacidade da segurança pública local, ou que haja uma insuficiência de meios", revelou. "Há uma legislação para emprego das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem. E aí o que ocorre é: o governo do Estado tem de verificar essa situação específica, a insuficiência de meios, definir que Força Nacional não tem condições de ser empregada ou já foi empregada, e aí requer mais meios, a força de contingência basicamente do Exército", esclareceu.
Jamil Megid Júnior também explicou que, caso seja necessária uma intervenção militar, o comando da segurança passará para um oficial das Forças Armadas. O emprego das tropas, porém, depende de assinatura da presidente Dilma Rousseff. "Havendo autorização, atuaremos em conjunto. Aí sim há um controle maior da operação pelo comandante militar, como normalmente acontece, mas a força de segurança pública continua trabalhando com esse aumento de meios das Forças Armadas. A sequência, resumindo, é essa: Ministério da Justiça, da Defesa, Gabinete de Segurança Institucional e Casa Civil assessoram nessa avaliação e, com a presidente autorizando, prosseguimos dentro do planejamento", acrescentou.
Para finalizar, ele comentou sobre uma possível diferença de atuação em manifestações direcionadas a eventos da Copa do Mundo e protestos sem relação com o evento. Durante a Copa das Confederações, por exemplo, o Brasil se encontrava no auge dos protestos contra o aumento das tarifas do transporte público. No entanto, as manifestações também foram direcionadas à realização da competição da Fifa, e houve confrontos entre manifestantes e polícia em locais próximos aos estádios.
"Talvez a diferença seja a interferência no evento Copa. Como normalmente ocorre, sempre é mais próximo do estádio, mas isso não coloca a situação diferente. Está colocando a posição da manifestação, mas o importante é que o evento ocorra, como aconteceu na Copa das Confederações. Todos os jogos ocorreram, esse é o foco da preparação. Apesar de a segurança pública ter isso como prioridade na missão, a gente procura apoiar. A cooperação é importante, estamos treinando dia a dia, é um legado, uma forma de procedimento conjunto", encerrou.
Gazeta Esportiva (Terra)/montedo.com

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