18 de setembro de 2013

Exército nega acesso de Luiza Erundina a batalhão que foi sede do DOI-CODI no RJ

EXÉRCITO VETA ACESSO DE ERUNDINA E DEPUTADO DO PSOL AO DOI-CODI
A deputada Luiza Erundina (PSB-SP) foi barrada pelo Exército
Tiago de Vasconcelos
O Exército vetou hoje [ontem] (17) a entrada da deputada Luiza Erundina (PSB-SP) e do deputado Ivan Valente (Psol-RJ) no prédio onde funcionou durante a ditadura o DOI-CODI, no atual Batalhão da Polícia do Exército, no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. A visita estava marcada para ocorrer na próxima sexta-feira (20). A informação é do presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB e da Comissão da Verdade do Rio de Janeiro, Wadih Damous.
Leia também:
Em busca de um factoide: com base em lei estadual, Comissão da (in) Verdade do RJ tenta visitar quartel do Exército
Uma primeira tentativa de visitar o local no dia 21 de agosto foi frustrada pelo Exército. Posteriormente, numa reunião de senadores com o ministro da Defesa, Celso Amorim, e o comandante do Exército, general Enzo Peri, foi dada a permissão para a visita num outro dia.
Ao comentar a decisão do Exército o presidente Wadih Damous afirmou que “Infelizmente os ventos da democracia não sopraram no Exército brasileiro”. Afirmou ainda que “vetar a presença de parlamentares ou de quem quer que seja por motivos político-ideológico mostra uma nostalgia dos tempos ditatoriais”. Segundo Damous, “nenhum quartel do Exército é propriedade privada dos militares mas sim do povo brasileiro que, com os seus impostos, constrói esse país”.
Segundo Damous, amanhã (18) o Senado deve votar, em regime de urgência, uma lista com os nomes dos parlamentares que poderão ter livre acesso às dependências do antigo DOI-CODI na rua Barão de Mesquita, no Rio de Janeiro.
O DOI-Codi foi o principal centro de torturas e assassinatos de presos políticos na ditadura militar brasileira e a visita às suas dependências pode ser o primeiro passo para o tombamento do prédio e sua transformação num centro de memória – tal como foi feito em locais simbólicos da repressão política em Buenos Aires, Santiago, Montevidéu e também São Paulo, com o Dops.
DIÁRIO do PODER/montedo.com

Arquivo do blog

Compartilhar no WhatsApp
Real Time Web Analytics