4 de fevereiro de 2013

Parentes da capitão médica morta em Santa Maria pedem justiça

Parentes de militar carioca morta em Santa Maria pedem Justiça

DIANA BRITO

RJ - Parentes da capitão do Exército Daniele Dias Mattos, 36, que morreu no incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, Rio Grande do Sul, na madrugada do último domingo, pediram Justiça na tarde desta quarta-feira (30) durante o enterro da militar no Cemitério de Inhaúma, zona norte do Rio.
Capitão do Exército e médica cardiologista Daniele Dias Mattos, 36, que morreu no incêndio em Santa Maria
Capitão do Exército e médica cardiologista Daniele
Dias Mattos, 36, que morreu no incêndio em Santa Maria
"Que a Justiça seja feita para que isso não aconteça com outros jovens", disse emocionada a prima da carioca, Rosalina Cardoso, 56, à Folha.
A militar era médica cardiologista da Unidade Coronariana do HCE (Hospital Central do Exército), no Rio. Colegas de trabalho contam que ela era tão dedicada aos pacientes que muitas vezes adiava compromissos para atendê-los.
"Ela se importava a tal ponto com os pacientes que perdia a hora do almoço. Creio que justamente por ela está preparada para socorros de emergência tentou salvar alguém e morreu" afirmou a fisioterapeuta Silvia Nobre, que trabalhava com Daniele Mattos na reabilitação cardíaca do pós-operatório do HCE.
Por volta das 14h15, militares, parentes e amigos da capitão saíram da capela Santa Isabel em cortejo, que durou cerca de 15 minutos, na avenida Pastor Martin Luther King Junior, antiga avenida Automóvel Clube, em frente ao cemitério de Inhaúma.
O enterro do corpo da oficial contou com honras fúnebres e salva de tiros do Batalhão de Guardas do Exército. Após o toque de corneta, familiares deram o último adeus a militar, que deixou uma filha de 14 anos. "Uma coisa dessa... quem não quer Justiça? Foi uma morte estúpida", lamentou a prima da militar Suely Coutinho, 55.
Familiares contaram que Daniele Mattos teria prorrogado sua estadia de férias com o noivo Herbert Magalhães Charão, 27, em Santa Maria --cidade na qual o casal se conheceu. "Ela ia voltar na sexta, mas resolveu remarcar a viagem para retornar na terça. Já estaria no trabalho hoje [quarta]", lembrou a prima Rosalina Cardoso.
Herbert Charão também morreu no incêndio. Ele morava em São Sepé (RS). Amigos da carioca disseram que ela planejava mudar para o sul para morar com o noivo ainda neste ano.
Em nota, o Comando Militar do Leste informou que a capitão completaria 10 anos no Exército em 2014. Formada em medicina pela UFF (Universidade Federal Fluminense), a militar trabalhou no Hospital de Guarnição de Santa Maria, no início de 2011, e no final do mesmo ano foi transferida para o HCE, no Rio.
Folha/montedo.com

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