20 de fevereiro de 2013

Exército chinês é acusado de ciberataques conta os EUA

Ciberataques contra EUA tiveram origem na China, diz empresa de segurança

por iG Mundo
Empresa dos EUA diz que exército chinês controla milhares de piratas informáticosCiberataques que conseguiram roubar diversas informações e dados do Exército, de empresas de energia e de outras indústrias importantes dos EUA e de outras partes do mundo teriam tido origem em uma unidade militar da China, informou uma empresa de segurança americana nesta terça-feira (19/02). A China negou as acusações e classificou o relatório como "baseado em informações infundadas".
A China tem sido frequentemente acusada de quebrar códigos e sistemas, mas o relatório feito pela empresa Mandiant, de Virgínia, contém acusações extensas e detalhadas que ligam o Exército do país a uma onda de ciberataques contra os EUA, empresas estrangeiras e agências do governo do país.
A Mandiant diz ter rastreado os ciberataques e sua origem foi detectada em um bairro nos arredores Xangai onde fica um prédio branco de 12 andares controlado pela Unidade 61398 do Exército Popular de Libertação.
A unidade "roubou sistematicamente centenas de terabytes de dados de ao menos 141 organizações", escreveu a Mandiant. Em comparação, o arquivo do Twitter da Bilblioteca do Congresso dos EUA, entre 2006 e 2010, com cerca de 170 bilhões de tuítes, possui um total de 133.2 terabytes.
"Pelas nossas observações, é um dos mais férteis grupos de ciberespionagem em termos de quantidade de informação roubada", afirma a empresa. Ela acrescenta que a unidade está em operação desde 2006.
Mandiant informou que ter decidido revelar os resultados das investigações valeu o risco de os hackers mudares suas táticas, o que tornaria suas ações mais difíceis de serem rastreadas.
"É hora de reconhecer que a ameaça tem origem na China, e queremos fazer nossa parte para armar e preparar profissionais da segurança para combater essa ameaça de forma eficaz", diz o relatório.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China Hong Lei disse nesta terça-feira duvidar que as evidências levantadas pela empresa sobrevivessem a um escrutínio. "Fazer acusações infundadas baseadas em qualquer material não é nem responsável nem profissional", disse a repórteres.
Lei voltou a repetir que a China proíbe estritamente a ciberespionagem e que o país foi uma grande vítima de crimes como esse, cometidos na maioria das vezes pelos EUA. "Todo ano, os ciberataques contra a China têm aumentado rapidamente", disse.
Mandiant afirmou que suas descobertas a levaram a alterar a conclusão de um relatório de 2010 sobre hackers chineses, no qual havia dito que não era possível determinar a extensão do conhecimento do governo do país sobre tais atividades.
"Os detalhes que analisamos durante centenas de investigações nos convence que os grupos que conduzem estas atividades estão na China e que o governo chinês tem conhecimento disso", disse a empresa em um resumo de seu mais recente relatório.
iG/montedo.com

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