17 de novembro de 2012

Sargento da Marinha é preso acusado de matar mulher e colocar corpo em mala

Militar da Marinha é preso acusado de matar mulher e colocar corpo em mala
O sargento da Marinha, Wilian Afonso dos Santos, de 29 anos, lotado no 6º Distrito Naval de Ladário, foi preso em flagrante pela Polícia Militar de Corumbá, na tarde desta sexta-feira, 16 de novembro. Ele é acusado de matar Greice Soares Roque, 26, por estrangulamento e esconder o corpo dentro de uma mala. O crime teria ocorrido dois dias atrás e só foi descoberto porque o acusado tentou se livrar do corpo nas proximidades do lixão - em companhia de outros dois militares - e foi denunciado por moradores da região que estranharam a movimentação e acionaram a PM pelo telefone 190.
Responsável pela investigação, a delegada de Polícia Civil Priscila Anuda Quarto Vieira disse que, em princípio, o sargento deve ser indiciado por homicídio doloso combinado por ocultação de cadáver. As penas combinadas pelo homicídio e ocultação de cadáver podem passar dos 20 anos de prisão. A mulher teria sido estrangulada e teve pernas e braços quebrados para que o corpo fosse colocado na mala.
Greice tinha três filhos e morava com a mãe
(Diário Online)
De acordo com a delegada, as informações preliminares dão conta que os outros dois militares estão qualificados como testemunhas. Eles teriam detido o acusado no momento em que descobriram que a mala escondia o corpo de uma mulher.
"Os dois detiveram o autor, informações preliminares indicam que os outros dois foram solicitados pelo investigado para levar uma mala para a rodoviária. Foram prestar auxílio, eram colegas de trabalho. No caminho, o investigado foi mudando a versão e disse que tinha peixes na mala e que precisava jogá-la fora. Chegando no local, perto do lixão, disseram que só deixariam jogar fora se dissesse o que tinha dentro. No que um dos colegas foi abrir a mala, ele disse que havia um corpo dentro. Eles [os colegas] imobilizaram o acusado, amarraram pés e mãos e o colocaram na mala do carro. A PM foi acionada por um morador que viu toda a movimentação dos três e quando a guarnição chegou, parou o carro. Eles saíram, se identificaram e falaram o que havia acontecido", informou a delegada.
À Polícia, o sargento disse que a vítima era garota de programa; a conheceu em uma boate e manteve relações sexuais com ela no local, pagando R$ 50 pelo programa. Ainda de acordo com ele, a mulher quis ir para a casa dele, onde ambos consumiram cocaína e fizeram sexo. Após isso, Greice, que era conhecida pelo apelo de "Capitu", cobrou mais dinheiro do sargento, ambos começaram a brigar e ele a estrangulou.
A delegada disse que ainda dentro das investigações quer ir até o imóvel onde o militar mora para investigar o local e saber efetivamente onde o corpo permaneceu nesse espaço de tempo, até a descoberta do corpo.
Priscila Vieira explicou que o sargento da Marinha vai responder ao crime na Justiça Comum, a única diferença, por ser militar, é que ficará preso na sede do 6º Distrito Naval. "Vamos lavrar o auto de prisão em flagrante normalmente. A diferença é que durante interrogatório, um oficial da corporação a que pertence fica presente e depois o entregamos para o Comando dele e ele fica preso nas dependências do órgão onde é vinculado. Ele fica preso lá à disposição da Justiça Comum. É homicídio doloso combinado por ocultação de cadáver. Ainda vamos verificar as qualificadoras, como se deu a morte, o motivo da morte". O prazo para conclusão do inquérito, com o acusado preso, é de dez dias.
Nair Soares Roque, mãe de Greice, estava na Delegacia e contou ao Diário que a filha havia saído na tarde da quarta-feira, dia 14. "Ela sempre saía e voltava no dia seguinte, mas ela não voltou. No começo achei que era por causa do feriado, depois comecei a ficar preocupada e fui procurar. Fui a vários locais onde ela costumava ficar e nada. Até que fiquei sabendo e vim para cá. Só o que eu quero é justiça. Ela morava comigo", disse a mãe bastante nervosa.
Greice tinha três filhos com idades entre três meses e 10 anos. Ela morava com a mãe na área central de Corumbá.
Diário Online, via Mídia Max/montedo.com

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