14 de outubro de 2012

Britânicos vão retirar milhares de soldados do Afeganistão em 2013

Reino Unido anuncia retirada de milhares de soldados do Afeganistão em 2013
Número exato não foi divulgado; plano britânico é não ter mais contingente militar no país afegão até 2014
Mohammed Abbas - Reuters
Secretário de Defesa Philip Hammond fez o anúncio neste domingo - Jeff Overs/Reuters
Secretário de Defesa Philip Hammond fez o anúncio
neste domingo (
Jeff Overs/Reuters)
LONDRES - A Grã-Bretanha planeja retirar milhares de soldados do Afeganistão no ano que vem, disse o secretário de Defesa, Philip Hammond, neste domingo, num momento em que cresce a pressão para que o país encerre seu envolvimento nessa guerra custosa e impopular.
Mais de 430 soldados britânicos foram mortos no Afeganistão desde o início da intervenção militar liderada pelos Estados Unidos, em 2001, e ainda assim o país continua altamente instável e com elevada violência, ao mesmo tempo que as relações entre as tropas ocidentais e as forças e civis afegãos estão cada vez mais desgastadas.
A Grã-Bretanha informou neste domingo que indiciou cinco soldados por assassinato, como parte de uma investigação do que qualificou como envolvimento com um insurgente no ano passado no Afeganistão. Ao todo, nove militares foram presos em conexão com o caso.
Cerca de 500 soldados serão retirados do Afeganistão até o fim do ano, ficando ainda no país outros 9 mil.
Ao ser indagado sobre as remoções de tropas no ano que vem, Hammond disse à BBC: "Eu espero que sejam significativas, o que quer dizer milhares, não centenas, mas não esperaria que fosse a maioria."
Isso indicaria uma retirada potencial de até 4.500 militares em 2013. A previsão é que todas as tropas britânicas de combate deixem o Afeganistão até o fim de 2014.
O orçamento britânico para a defesa, como também o de outros países membros da Otan, está sob pressão de cortes, o que força o ministério da Defesa a reduzir gastos, número das forças armadas e programas de equipamentos.
O Tesouro britânico, empenhado em reavivar uma economia debilitada, anunciou no começo do ano que dinheiro antes destinado à missão militar no Afeganistão seria usado para custear reduções de impostos.
Estadão/montedo.com

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