17 de setembro de 2012

Harley-Davidson da Segunda Guerra é destaque em festival no RJ

Moto da 2ª Guerra é destaque em festival no Rio de Janeiro
Modelo fez parte das Forças Expedicionárias Brasileiras, na Itália.
Veículo está exposto na 2ª edição do Rio Harley Days.

Rafael Miotto
Utilizado na 2ª Guerra Mundial, na Itália, um exemplar da Harley-Davidson WLA 42 está exposto em festival de motocicletas, na Marina da Glória, Rio de Janeiro. A motocicleta americana fez parte de um grupo de dez motos das Forças Expedicionárias Brasileiras (FEB), que vieram ao Brasil após o término do conflito, em 1945. O modelo é uma das atrações do festival Rio Harley Days, que ocorre neste final de semana.
Exemplar da WLA 42 que esteve na 2ª Guerra Mundial (Foto: Rafael Miotto/G1)
Exemplar da WLA 42 que esteve na 2ª Guerra Mundial (Foto: Rafael Miotto/G1)
“Este exemplar é um dos últimos que restaram das motos utilizadas pelo Brasil na Itália. Ela é totalmente original e é muito importante, não só para a história de nosso exército, mas também para a do motociclismo brasileiro”, disse o coronel do 1º Batalhão de Guardas do Exército Brasileiro, Alfredo Bottino, neste sábado (15). O modelo é de um proprietário particular, que o adquiriu em leilão, e fica continuamente exposto no museu do exército, no Rio de Janeiro.
“Moto está em ótimo estado e funcionando. Recentemente, participou do desfile de 7 de setembro, acrescenta Bottino. A WLA 42 foi moto largamente produzida nos Estados Unidos durante a guerra e foi utilizada pelo exército americano para combater a Alemanha e outros países que a apoiavam, como a Itália. “Os primeiros soldados aliados que entraram na Alemanha estavam com este modelo”, explica Rodrigo Moutinho, gerente de vendas especiais da Harley-Davidson.

Jeito diferente de pilotar
Trocas de marchas são feitas com a mão esquerda (Foto: Rafael Miotto/G1)
Trocas de marchas são feitas com a mão esquerda (Foto: Rafael Miotto/G1)
A WLA 42 possui motor de dois cilindros e 740 cilindradas, nada muito diferente dos modelos atuais. No entanto, o modo de conduzir não é como das motos tradicionais.
O freio dianteiro fica no punho esquerdo, a embreagem é acionada com o pé esquerdo e as trocas de marchas são feitas na mão, como em automóveis; o câmbio é de três marchas. Nos modelos convencionais, o freio dianteiro fica na no punho direito, a embreagem no punho esquerdo; as trocas de marchas são feitas com o pé esquerdo.

História do motociclismo militar brasileiro
As primeiras motos utilizadas militarmente no Brasil datam de 1936 e eram do modelo M86 produzido pela empresa belga FN. As M86 fizeram parte da Polícia Especial de São Paulo, que foi criada pelo Governo Federal. Na mesma época, iniciaram as atividades do Batalhão de Guardas do Exército, que também começou a fazer uso de motos.
Atualmente, as motos são utilizadas em diversas atividades policiais e militares no Brasil. Polícia do Exército, Polícia Rodoviária Federal e Batalhão de Choque de São Paulo, que adquiriu nova frota de Harley-Davidson Police em 2012, são exemplos.
Auto Esporte/montedo.com

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