18 de setembro de 2012

Defesa nega pedido da Agricultura e Exército não vai transportar milho

Ministério da Defesa nega pedido de transporte de milho
Ministério da Agricultura aposta na retomada de interesse nos leilões de frete para abastecer mercados

Nestor Tipa Júnior
nestor.junior@zerohora.com.br
Depois de quase duas semanas à espera de um retorno do Exército brasileiro, foi negado o pedido feito pelo Ministério da Agricultura para o transporte de milho em caminhões militares para as regiões Sul e Sudeste, afetadas pela falta do produto utilizado na ração de aves e suínos. A informação do Ministério da Defesa é de que os veículos não são estruturados para atender este tipo de serviço.
Confirmada pelo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, no dia 4 de setembro após reunião do Comitê Estratégico do Agronegócio, em São Paulo, a negociação envolveria o transporte de 400 mil toneladas do produto. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) entregou ao Exército um roteiro com origem e destinos do excedente de milho que sairia do Centro-Oeste para atender as regiões com a falta do grão para ser transformado em insumo.
Leia mais:
'Severinos': Exército vai transportar milho do Centro-Oeste para o RS
Com a negativa, o governo aposta agora na retomada do interesse das transportadoras nos leilões com contratação de frete para a remoção de milho depois de três tentativas frustradas. Na última sexta-feira, todos os 33 lotes com um total de 105 mil toneladas, sendo 30,2 mil toneladas destinadas para o Rio Grande do Sul, foram vendidos.
— Tivemos problemas de achar interessados porque as transportadoras ainda estavam voltadas ao transporte da safra no centro do país — afirma o superintendente de armazenagem e movimentação de estoques da Conab, Rafael Bueno.
Presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Nestor Freiberger, afirma que o incentivo dado para o transporte feito por empresas que já conhecem o setor agrícola sempre foi defendido pelos produtores como a primeira opção devido a falta de experiência do exército na realização da operação.
— Hoje o transporte de milho é feito a granel e o Exército exigia o ensacamento do produto para transportar. Hoje em dia não se faz esse tipo de transporte de sacas para atender à demanda do produtor — salienta.
Novo leilão será realizado pela Conab nesta semana, com data e volume de oferta a definir. O objetivo da companhia é disponibilizar entre 70 e cem mil toneladas de milho para contratação de frete até o final do mês.
ZERO HORA/montedo.com

Arquivo do blog

Compartilhar no WhatsApp
Real Time Web Analytics