30 de setembro de 2012

Leitores do blog já sabiam: pagamento dos 28,86% vai custar R$ 5,9 bi

Pagamento da dívida dos 28,86% aos militares vai custar R$ 5,9 bilhões

MARCO AURELIO REIS
Foto: Arte: O DiaO Ministério do Planejamento trata com cautela e sigilo a proposta de pagamento da dívida dos 28,86% aos militares das Forças Armadas. O pedido de quitação das diferenças para praças e oficiais até o posto de capitão de corveta/major, feito pelos Comandos Militares, tramitou semana passada, e parou na Assessoria da Secretaria Executiva do Planejamento. Mas qualquer informação do pagamento só tem saído mesmo de forma extraoficial.
O esqueleto é da ordem de R$ 5,9 bilhões, dinheiro necessário para pagar percentuais não creditados entre 1º de janeiro de 1993 e 29 de dezembro de 2000. Nesse período quem servia como soldado tem direito a valores entre 20,80% a 10,18% dos vencimentos recebido à época. Sargentos a suboficiais, a percentuais entre 4,88% a 5,03%. Já dos tenentes a majores, os valores vão de 0,46% a 2,27% (confira ao lado o percentual por posto e graduação).
O principal entrave é como pagar quem era militar temporário, como cabos, entre 1993 e 2000. Obstáculo superado é como quitar a dívida de quem recebeu promoção nesse período. A saída será aplicar percentuais diferentes, um para cada posto ou graduação, no período previsto. Definida está a correção dos atrasados. Será pela antiga URV (de 93 a 94) e pelo índice oficial de inflação, o IPCA, entre 1994 e 2000.
Quem já recebeu parte da dívida, por meio de ação judicial, será incluído no pagamento, mas o valor já pago será descontado da dívida após atualização. Com isso, muitos terão valores baixos a receber.

PALAVRA OFICIAL
O valor elevado da dívida faz o governo pisar em ovos quando o assunto é a dívida dos 28,86%. Abordado pela Coluna, o Planejamento sublinhou o que vem dizendo a quem o procura pelo Sistema Acesso à Informação (SAI).
Leia também:
28,86%: governo quer pagar diferenças a partir de 2013. Impacto no orçamento é de R$5,9 bilhões
SÓ PARA ALGUNS
O SAI da Controladoria Geral da União vem informando que a decisão do Supremo Tribunal, que reconhece a possibilidade de pagamento de diferenças dos 28,86%, “produz efeitos apenas em relação às partes (litigantes) do processo.”

SEM DATA PARA PAGAR
A resposta evasiva se completa com a informação segundo a qual “não há, no momento, previsão de quando haverá uma definição sobre a extensão do percentual aos militares que não participaram da ação judicial”.
O Dia Online/montedo.com

Comento:
O Dia amplia informação já publicada pelo blog. No dia 17/9, fiz referência ao impacto financeiro de R$5,9 bilhões e postei aqui a cópia da documentação sobre o pagamento da diferença do reajuste de 28,86%. O arquivo no slideshare  já atingiu quase 12.000 visualizações.

Direito sem Fronteiras: Forças de Paz

As Forças de Paz da ONU e a liderança do Brasil no Haiti são o tema do Direito Sem Fronteiras. Os militares brasileiros estão no Haiti desde 2004 em Missão de Paz das Nações Unidas. Essa liderança brasileira, que já dura oito anos, é o reconhecimento da ONU ao papel de líder que o Brasil desempenha na América Latina.
O General do Exército Santos Cruz, que comandou por mais de dois anos as Forças Militares no Haiti, destaca a importância da presença das tropas no processo de reconstrução do país e controle da violência. Para o professor de Direito e Relações internacionais da PUC de Goiás Paulo Henrique Faria Nunes, o Brasil prova que tem capacidade de exercer liderança internacional, critério essencial para se candidatar a uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU.

Rajadas de vento dificultam pouso e paraquedistas do Exército sofrem acidentes em Manaus

Militares se ferem durante pouso de paraquedas em Manaus
Um dos paraquedistas fraturou o braço e foi levado ao Hospital Militar.
Rajadas de vento foram a causa do acidente, segundo coronel Pacheco.
Um dos militares ficou com o braço ferido e foi encaminhado a uma unidade do Samu (Foto: Reprodução/TV Amazonas)
Um dos militares ficou com o braço ferido e foi encaminhado a uma unidade do Samu (Foto: Reprodução/TV Amazonas)
Girlene Medeiros
Três militares sofreram acidente durante a comemoração do Dia dos Paraquedistas Militares realizado na manhã deste sábado (29), no 1º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), Zona Oeste de Manaus. Um dos paraquedistas fraturou o ombro e os demais militares caíram fora da pista de pouso programada.
Segundo o coordenador do encontro dos paraquedistas, coronel Fernando Pacheco, rajadas de ventos foram a causa do acidente. "A zona de lançamento dos paraquedas é o campo de futebol do 1º Bis. Em virtude de uma rajada de vento fora das nossas perspectivas que alguns paraquedistas tiveram o pouso modificados, mas todos os saltadores estão em segurança. Apenas um deles teve uma distensão na coxa, mas já está bem. Não podemos prever as rajadas ocasionais", assegurou.
De acordo com o coronel, o paraquedista que machucou o ombro foi levado para o Hospital Militar de Área de Manaus, na Zona Sul da capital, e passa bem. "O primeiro paraquedista caiu fora da área de pouso, perto da Receita Federal, que é uma área com algumas edificações. Os outros dois pousaram na pista de tentáculo militar junto ao batalhão", afirmou.

Dia do paraquedista militar
Apesar do susto, cerca de 300 militares participaram da sétima edição do encontro. Desses, 15 paraquedistas realizaram o salto que é feito a 2.700 metros de altura. Durante os 15 segundos de queda livre, a velocidade pode ultrapassar 180 km/h.
A festa é realizada no dia 29 de setembro, data comemorativa ao padroeiro dos paraquedistas, São Miguel Arcanjo. No encontro, houve demonstrações de salto livre com a presença do paraquedista mais antigo de Manaus, o general Guilherme Theophilo, comandante da 12ª Região Militar.
G1 AM/montedo.com

Afeganistão: vídeo mostra soldado americano sendo atingido por disparos de talibans

Uma câmera colocada em seu capacete registra um soldado americano sendo atingido por disparos durante combate na província de Kunar, no Afeganistão.
O militar escapou ileso, graças ao colete a prova de balas.

Eleições 2012: Exército reforça segurança no Maranhão

29 de setembro de 2012

'Boca-podre': Nas eleições do RJ, Exército e Fuzileiros vão patrulhar áreas dominadas por traficantes e milicianos

RJ: tropas da Marinha e do Exército vão reforçar segurança nas eleições
Os fuzileiros navais vão para a Favela do Complexo da Maré, uma área ainda dominada por traficantes. Os homens do Exército vão para áreas da Zona Oeste do Rio de Janeiro, uma região com forte presença de milicianos.

Tiago Eltz
Tropas da Marinha e do Exército começam a chegar neste sábado (29) ao Rio de Janeiro para reforçar a segurança nas eleições. Os militares vão atuar em áreas que ainda não foram pacificadas.
Os fuzileiros navais vão para a Favela do Complexo da Maré, uma área ainda dominada por traficantes. Os homens do Exército vão para áreas da Zona Oeste do Rio de Janeiro, uma região com forte presença de milicianos.
O trabalho começa no domingo (30) e vai ser diário, das 8h às 18h, para garantir que os candidatos possam fazer campanha, que os funcionários do TRE tenham acesso à região e a tranquilidade dos eleitores no dia 7 de outubro.
Até agora, o TSE já autorizou o envio de tropas militares para 143 municípios de nove estados brasileiros.
Bom Dia Brasil/montedo.com

47 armas recolhidas somem de Batalhão do Exército

Polícia investiga sumiço de armas de batalhão do exército no Norte de SC
Exército deu falta de parte do material durante uma inspeção de rotina.
Algumas armas já foram recuperadas, mas investigação continua em SC.
Imagem: Fotolog Bruno
O comandante do 62° Batalhão de Infantaria do Exército de Joinville, no Norte de Santa Catarina, instarou um inquérito policial para investigar o sumiço de 47 armas do local que seriam destruídas, vindas de comarcas da região. O exército percebeu que parte do material havia sumido após realizar uma inspeção de rotina no dia 25 de setembro.
Parte das armas já foram recuperadas e os responsáveis, identificados. As investigações continuam para descobrir onde está o resto do material.
G1/montedo.com

Da série: "Me engana que eu gosto!"

Do Facebook:

Exército destrói mais duas mil armas apreendidas pela polícia em Alagoas


Duas mil armas foram destruídas em Alagoas
Após o lançamento do Plano de Prevenção à Violência Contra a Juventude Negra, o Exército Brasileiro destruiu cerca de duas mil armas apreendidas pelos policiais alagoanos nos últimos três meses em todo o estado. Além de serem retiradas de circulação, as armas apreendidas representam bonificação aos policiais, que são compensados financeiramente pelo trabalho preventivo.
Também foram divulgados resultados das outras ações que compõem o programa Brasil Mais Seguro em Alagoas. Juntas, as cidades de Maceió e Arapiraca diminuíram pela metade o número de homicídios praticados desde o lançamento do programa, há exatamente três meses. O resultado positivo foi fundamental para a implantação de mais um projeto que pretende proteger os jovens negros da violência.
Segundo o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, o trabalho de segurança que vem sendo realizado em Alagoas está focado na diminuição de homicídios e também tem dado respostas concretas na elucidação de crimes praticados antes do Brasil Mais Seguro. Ele citou o esforço das polícias na conclusão de inquéritos, que passou de 3% para 17%.
“É um número da Suíça! É natural da democracia que tenhamos divergências, mas também estamos engajados neste programa que é lançado hoje. Transformaremos Alagoas numa terra de paz”, garantiu.
Para o secretário da Defesa Social de Alagoas, Dário Cesar, o que está acontecendo na segurança pública de Alagoas representa vidas poupadas. “São muitas pessoas que não entraram para as estatísticas de vítimas de violência. Diminuir os homicídios em Alagoas é garantir que os alagoanos tenham segurança e paz”, frisou.
Tudo na Hora/montedo.com

O ponto e o contra ponto

*Paulo Ricardo da Rocha Paiva

"O PONTO"
10 de agosto de 2012
Em Marabá/PA, general graduado assume problemas do Exército
O chefe do Estado Maior do Exército Brasileiro, general-de-exército Joaquim Silva e Luna, esteve nesta sexta-feira (17) em Marabá para a passagem de comando da 23ª Brigada e não escapou de perguntas sobre a precariedade da estrutura daquela força terrestre, denunciada nacionalmente pela imprensa. Luna disse que as reportagens são verdadeiras, mas que as fontes, generais da reserva, estão desatualizadas quanto à realidade, e os investimentos já começaram a acontecer nos últimos dois anos.
Entre outras coisas, a série de reportagens do portal G1, divulgou que o EB não teria munição suficiente para uma hora de guerra, que o armamento tem 35 anos, que os fuzis e blindados são das décadas de 1970 e 1980 e que a artilharia antiaérea parou no tempo, com alcance limitado.
Ao CORREIO DO TOCANTINS, o general respondeu: “Uma grande parte do material velho e obsoleto já está sendo substituído. A parte de armamento, viaturas de um modo geral, são situações que estão mudando, eu diria, rapidamente”.
Silva e Luna não fugiu das perguntas nesse sentido e nem criticou a reportagem ou as fontes desta, preferindo contemporizar quanto à atualidade das informações. “Essas informações divulgadas recentemente, algumas foram colhidas junto a oficias da reserva, que têm ainda uma visão de três, quatro anos atrás. Isso tem sido mudado. Tem havido um cuidado do governo, da sociedade, dos poderes e da nossa força”, garante.
Em seguida, o general-de-exército ainda afirmou que a Amazônia está nesse contexto e será contemplada com material e melhores condições. Uma das situações apontadas nas reportagens do G1 é de que o EB precisa investir em mais batalhões de fronteira e aprimorar o que já é feito para guarda dos 17 mil km de linha fronteiriça do Brasil com outros 10 países.

ESTRATÉGICA
Sobre a unidade do Exército que ele veio visitar e que estava trocando de comando, o chefe do Estado Maior respondeu: “A 23ª Brigada é a mais importante brigada do Comando Militar da Amazônia, pela sua responsabilidade em área tão extensa e sensível do Brasil. Diria que é uma área que junto com o seu crescimento, pujante, traz consigo os conflitos naturais da organização. A presença do Exército aqui tem, entre outras razões, a de garantir a lei e a ordem”. (Patrick Roberto)
Fonte:"O TOCANTINS"
Leia também:
Quatro estrelas diz que generais da reserva estão 'desatualizados' em relação aos problemas do Exército
"O CONTRAPONTO"
28 de setembro de 2012
Em Santa Maria /RS, coronel reformado desagrava a reserva do Exército
Não sou oficial-general da reserva, mas, também, não preciso sê-lo para rebater a opinião de quem se julga o dono da verdade, sobretudo quando diz que: -"... as fontes, generais da reserva, estão desatualizadas quanto à realidade e os investimentos já começaram a acontecer." Esse interlocutor não sabe o que está dizendo ao pensar que companheiros desligam das deficiências da Força Terrestre quando vão para casa. Eu não temo dizer que o porta-voz está muito mal informado quanto ao "espírito de corpo" de que estamos animados, máxime quando do abandono pelos irmãos em armas na lamentável tarde do “escracho" a que fomos submetidos na saída do Clube Militar/Rio de Janeiro, no dia 29 de março último.
Quanto à série de reportagens sobre o Exército no portal G1, causa espécie o fato do "especialista" não ter se reportado com vistas a, de pronto: refutar a vulnerabilidade no pertinente à munição suficiente para, tão somente, 60 (sessenta) minutos de combate; garantir que o novo fuzil, prometido, não vai esperar o "Dia de São Nunca" para ser distribuído, pelo menos para as unidades de infantaria; informar porque as geringonças sobre lagartas provenientes do Vietnã (viaturas blindadas de transporte de pessoal VBTP M113), ao invés de serem substituídas pelos CHARRUAS, fabricados pela MOTOPEÇAS de São Paulo, vão ser repotencializadas por empresa britânica (e isto, é de pasmar, apenas após o "sinal verde" concedido pelo "Tio Sam") que vai abocanhar em torno de US $ 43 milhões; justificar a intenção de compra de material antiaéreo/GEPARD (30 milhões de euros), da década de 1960, na União Européia, de tecnologia ultrapassada e retirado do serviço pela Alemanha, Bélgica e Holanda.
Interessante, não especificou qual "material velho e obsoleto' que está sendo substituído, como se o cidadão brasileiro não lesse, agora com desusada atenção, os "alertas" veiculados na mídia com muita propriedade e conhecimento de causa por tantos oficiais da reserva. Que se diga, muitos destes "desatualizados" foram instrutores na Academia Militar das Agulhas Negras, na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais e na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, de quantos se julgam hoje verdadeiros "Napoleões Bonapartes". Seria bom um esclarecimento, pois, se forem caminhões novos para as unidades de "infantaria motorizada", este tipo de infantaria já foi de há muito substituído pelos grandes predadores militares, com a conseqüente blindagem da arma base, atualmente detentora de mobilidade superior justamente viabilizada pelas VBTP sobre lagartas. Olho vivo pé ligeiro! Já tem político cogitando sobre caminhões da Força para fazerem o escoamento da produção agrícola!
Atenção! É uma temeridade sem precedentes assumir que quem vai para a reserva se desatualiza. Quem sabe, talvez isso passe pela cabeça de desvocacionados que visualizam entrar "em OFF" quando vestirem o pijama, mas, jamais, daqueles que elegeram a farda como sua segunda pele.
Quanto a investir mais em batalhões de fronteira, isto não é atribuição do Exército mas do governo, do Estado e, tem algumas décadas, já foi objeto da sinalização por tantos generais da reserva, mas tantos que até perdi a conta. Quanto às unidades de infantaria de selva, é de se perguntar se estas já foram abarrotadas (apenas contempladas não resolve o problema) por mísseis portáteis, para bater helicópteros e lanchas artilhadas de uma "coalizão" que adentrem a Amazônia ao longo das calhas dos rios. Aliás, quem vai complementar, nas capitais (centros urbanos) da grande região norte, a guerra na selva de responsabilidade da Força Terrestre? O que já foi feito com relação ao planejamento e preparo das forças subterrâneas (guerrilha urbana) e das forças de sustentação (apoio logístico às forças subterrâneas), eminentemente constituídas pela população civil? Será que vamos esperar primeiro acontecer o pior para só depois remediarmos o desastre?
*Coronel de Infantaria e Estado-Maior
(Chefiou o Estado-Maior da 23ª Brigada de Infantaria de Selva em 1999)

Aviação 'VIP' na Copa vai ser deslocada para bases da Aeronáutica

DIMMI AMORA
Aviões de autoridades, delegações ou chefes de Estado que chegarem às cidades sedes da Copa de 2014 no Brasil serão deslocados para bases aéreas da Aeronáutica, evitando assim os aeroportos.
É o que ficou definido pela SAC (Secretaria de Aviação Civil) no planejamento do órgão para o evento, realizado em conjunto com a Aeronáutica, e entregue ao Comitê Gestor da Copa de 2014.
Esse tipo de avião, classificado como VIP pelo órgão, ficará em locais diferentes de outros voos, a chamada aviação regular (doméstica e internacional) e a aviação geral (onde estão jatos executivos e táxis aéreos). Isso só não acontecerá em uma das 12 sedes, Cuiabá (MT), onde todos vão para o aeroporto da cidade.
No total, o governo selecionou 50 aeroportos nessas 12 cidades para receberem voos durante o evento e a Copa das Confederações, em 2013.
Em São Paulo, a Base Aérea de São Paulo foi a escolhida para os voos Vip's. Os outros quatro aeroportos escolhidos no Estado são Guarulhos, Campinas, Congonhas e Campo de Marte, sendo que esse último apenas para a chamada aviação geral. Congonhas continuará só recebendo voos domésticos e de aviação geral.
A SAC também selecionou quatro aeroportos como alternativas para voos destinados a São Paulo caso haja problemas: Galeão (RJ), Confins (MG), São José dos Campos (SP) e Sorocaba (SP).
Segundo a SAC, os critérios para a escolha de aeroportos que vão servir apenas para a aviação geral foram estar num raio de até 500 quilômetros de distância das cidades sedes e a adequação da pista.
Folha de São Paulo/montedo.com

28 de setembro de 2012

As razões de um ex-sargento do Exército

Em vídeo, o ex-sargento Eugênio Pacelli Vieira da Costa comenta as razões que o levaram a deixar o Exército Brasileiro para ser advogado.


Leia também:
Sargento do Exército pede demissão por falta de perspectiva profissional
Sargento que saiu do Exército por falta de perspectiva profissional é referência sobre desmotivação no serviço público

Eleições: Forças Armadas reforçam segurança a partir de domingo no RJ

TSE aprova esquema de segurança especial para o Rio

Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovaram nesta quinta-feira a adoção de um esquema de segurança especial pelas Forças Armadas durante a semana da eleição na cidade do Rio de Janeiro. Pela decisão do TSE, a partir deste domingo (30) as tropas federais reforçarão a segurança para que funcionários da Justiça Eleitoral e candidatos possam entrar em locais onde hoje são impedidos pelas milícias e pelo tráfico de drogas.
A decisão foi tomada com base no voto da presidente do TSE, Cármen Lúcia Antunes Rocha. Ela destacou que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio e o governo do Estado concordam com o reforço na segurança. Segundo a ministra, a medida tem o objetivo de garantir o processo eleitoral em áreas ainda não pacificadas. O vice-presidente do TSE, Marco Aurélio Mello, votou contra essa antecipação da atuação das Forças Armadas.
Além de ter autorizado o envio das tropas para a cidade do Rio, os ministros aprovaram pedidos de reforço de segurança pelas forças federais no dia da eleição em outros municípios do Estado, como Cabo Frio, Itaboraí, Campos, Magé, São Gonçalo, Rio das Ostras e Macaé. Homens das Forças Armadas também atuarão em cidades de outros Estados brasileiros durante o dia da eleição.
Diário do Grande ABC (Agência Estado)/montedo.com

Espionando, mas para quem?

"Que haveria tentativas de infiltrar um espiã o na ABIN, todos sabíamos. Face a incrível vulnerabilidade, por escolhermos nossos agente por concurso público, só não colocou lá um espião quem não quis."

Gélio Fregapani
A Polícia Federal, a pedido da ABIN, prendeu em flagrante um espião infiltrado em seu pessoal. Isto é: o nosso órgão de Inteligência Estratégica- a ABIN estava sendo espionado por um de seus oficiais de inteligência na própria sede. Até ser descoberto, o espião já havia conseguido “hackear” 238 senhas dos investigadores que trabalham em nossas informações estratégicas.
A existência de um inimigo íntimo não é de admirar – Os órgãos de Inteligência são feitos para espionar, e os alvos principais são os serviços Secretos dos outros Países. Não fomos os únicos a descobrir traidores dentro do próprio Serviço; Os EUA já descobriram mais de uma dezena, entre eles John A Walker que durante 17 anos forneceu ao KGB importantes conhecimentos - chaves de códigos, movimentação dos submarinos nucleares e até antecipadamente os alvos de bombardeio no Vietnã. Sabe-se lá quantos ainda não foram descobertos. O mesmo pode-se dizer do excelente Serviço Secreto Britânico; do Russo e até do Mossad israelense, sem dúvida o melhor de todos. Que haveria tentativas de infiltrar um espiã o na ABIN, todos sabíamos. Face a incrível vulnerabilidade, por escolhermos nossos agente por concurso público, só não colocou lá um espião quem não quis.
Não é de admirar a existência de um espião infiltrado (só um?). É de admirar a ABIN tê-lo identificado; sinal que a contra-inteligência da ABIN não é assim tão ineficiente,.mas é decepcionante a ABIN ter que chamar a polícia para prender o traidor. Isto deve ter servido de chacota em todos os Serviços Secretos do mundo.
Bem, o que se espera que um Serviço eficiente faça ao descobrir um espião? - Em tempo de paz, quando um espião é descoberto, deve ser tomada uma decisão entre eliminá-lo silenciosamente, submetê-lo a julgamento ou utilizá-lo em proveito próprio.
"Não é de admirar a existência de um espião infiltrado (só um?). É de admirar a ABIN tê-lo identificado;"
A crença geral é que só se raciocina com as opções mais violentas, mas os peritos em contra-inteligência sabem que um espião capturado pode ter grande valor, caso sua captura não seja conhecida.
Quanto menos se falar sobre o assunto, melhor, pois se procura utilizá-lo para enviar informações falsas e para saber de sua rede. Pode-se até remunerá-lo para isto. Se não der, é melhor que morra de “morte natural”.
Um julgamento é a opção reservada para quando o assunto já é de domínio público, quando interessa fazer propaganda ou uma troca. Há exceções: quando se trata de um espião de um país “amigo”, que seja inconveniente a sua morte ou um julgamento, pode ser preferível deixá-lo fugir.
Em outros países, quando um espião é apanhado pode-se ter a expectativa de que será submetido a tratamentos especiais para arrancar-lhe informações, que vão desde a relativamente suave lavagem cerebral, passando pelas drogas e chega, em muitos lugares do mundo, à primitiva tortura até a morte, para arrancar dele tudo o que sabe. Esses métodos raramente falharam, de tal forma que muitos espiões, na iminência da captura, preferiram dar fim a própria vida a entregarem as informações ou ainda para se livrar de cruéis sofrimentos.
Os Serviços eficientes costumam ser muito mais duros quando apanham um de seus membros espionando para o inimigo. Esse dificilmente terá perdão. Não se espera que vá a julgamento, pois nenhum Serviço gosta de mostrar suas entranhas ou expor seus fracassos.
Neste ponto é que avultam nossas dúvidas: O espião estava a serviço de quem? De algum país estrangeiro? – Provavelmente! Qual? Que informações realmente buscava? Para que, exatamente?
Poderia ele estar a serviço de um partido? - Claro, é possível! Mas qual? O que poderia querer?
Quem sabe se a serviço de uma organização religiosa ou comercial? – É difícil, mas não deve ser descartado a priori
Quem sabe até a ABIN já tenha essas informações e tenha um plano para utilizá-las. É difícil, mas quisera acreditar. Esses “elementos essenciais a conhecer” estão sendo buscados? Certamente não. Com as restrições impostas ao Órgão desde o Collor e ainda agravadas pelo Lula, o nosso Serviço de Inteligência parece transformado em um arremedo de Serviço que só dá despesas. Dizem, a ABIN e a Polícia Federal, que tomarão as medidas administrativas cabíveis. O servidor foi enquadrado por violação de sigilo funcional, crime previsto no Artigo 325 do Código Penal, com pena de seis meses a dois anos de detenção ou multa. Só depois disso, o arapon ga traidor poderá ser expulso do serviço público.
Parece uma brincadeira. Será?

Triathlon: atletas da Aviação do Exército vencem etapa do Troféu Brasil

Aviação do Exército vence no Troféu Brasil - Santos

Aconteceu no domingo dia 23, no Canal 6 em Santos, a 4ª etapa do Troféu Brasil de Triathlon. O tricampeão da prova Fábio Carvalho e a octacampeã Carla Moreno (3º Sgt EB) deram seu melhor e foram os vencedores desta etapa. Todos os detalhes nos sites: www.trofeubrasil.com.br e www.nasports.com.br.
Fábio Carvalho fechou a prova em 1h44min50, seguido por Igor Amorelli 1h45min08 e Marcus Fernandes 1h45min56. Já no feminino Carla Moreno conquistou o ponto mais alto do pódium com tempo de 2h, seguida por Flávia Fernandes 2h19min32 e Vanessa Gianinni 2h20min16.
A Equipe de Triathlon da Aviação do Exército contou, mais uma vez, com expressivo número de participantes - 11 atletas - que trouxeram 5 troféus para Taubaté. No short triathlon (750 m de natação, 20 km de ciclismo e 5 km de pedestrianismo) categoria militar acima de 40 anos, tivemos os 3 primeiros lugares no pódium com o campeão – Sgt Barros da BAvT com o tempo de 01h07min; o vice-campeão – S Ten Ademar do CIAvEx com tempo de 01h09min e 3° lugar - Sgt Castro do 1° BAvEx com tempo de 01h10min. O Maj Rogério terminou em 6° lugar e seu irmão o Ten R2 Ronie, em 8°. Já na categoria militar até 39 anos, o Sgt Vinicius da BAvT conquistou o 5° lugar com tempo de 01h04min e o Sgt Adriano o 6° lugar com tempo de 01h06min, ambas as categorias envolvidas numa disputa acirradíssima com os militares do Corpo de Bombeiros da Baixada Santista e região. Já no Triathlon Olímpico, com o dobro das distâncias do Short Triathlon (1,5 km natação, 40 km ciclismo e 10 km corrida) e categoria militar olímpica, o Cap Alan do CIAvEx terminou em 2º lugar em sua categoria com o excepcional tempo de 1h58m . O Asp Ramos da BAvT concluiu a prova em 02h19min, seguido pelo Ten Maury do 1° BAvEx com tempo de 02h20min e do S Ten Ygor, estreante na modalidade olímpica, com tempo de 02h28min.
A Equipe agradece ao apoio do Comando de Aviação do Exército, BAvT, NA Sports, AMBra, Academia Sport Fitness, Poupex, Taubike e Academia Cunzolo Acqua Fitness que permitiram a realização do evento por parte dos militares, bem como a elevação do nome da Equipe em meio ao esporte amador e profissional. Fotos de Hélcio Renato.
As próximas etapas do Troféu Brasil de Triathlon acontecem no dia 11 de novembro e nove de dezembro, ambas em Santos.
Diário de Taubaté/montedo.com

Soldado mata colega ao tentar assustá-lo para parar soluço

Jovem está sendo acusado por homicídio; vítima morreu a caminho do hospital

Um soldado norte-americano do Texas foi preso acusado de homicídio após atirar em um amigo para que ele se assustasse e parasse de soluçar.
De acordo com a emissora ABC News, Patrick Edward Myers estava balançando a arma para assustar Isaace Lawrence Young, que estava soluçando. A arma teria disparado acidentalmente e o tiro atingiu o rosto de Young, de 22 anos.
Young, que também era soldado, foi levado de ambulância até um heliporto, de onde pegaria um helicóptero e seguiria para o hospital da região. O jovem, porém, não resistiu e morreu ainda na ambulância.
Procuradores do caso acusaram oficialmente Myers, que está preso sob fiança de 1 milhão de dólares.
No momento do acidente, os dois estavam assistindo a uma partida de futebol junto com outros dois amigos. Young estava no exército desde 2011 e servia em Fort Hood.
180graus/montedo.com

Exército faz blitz em mineradoras no Tocantins

Deputada questiona presença de militares americanos no Rio São Francisco

Perpétua questiona serviço de tropas dos EUA no Rio São Francisco

Perpétua questiona serviço de tropas dos EUA no Rio São Francisco
Engenheiros do Exército dos EUA (sem uniforme) visitam área do São Francisco com
militares brasileiros. (CODEVASF)
A deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC), presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, se reuniu com o general Enzo Peri, comandante do Exército, para discutir o contrato entre a Codevasf, autarquia subordinada ao Ministério da Integração Nacional, com o Corpo de Engenheiros do Exército dos Estados Unidos (USACE), para consultoria e obras da hidrovia do Rio São Francisco.
A deputada Perpétua Almeida já encaminhou requerimento de informações aos ministérios da Integração Nacional, Relações Exteriores e Defesa, para conhecer detalhes do contrato. O assessor internacional da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, também ficou surpreso ao tomar conhecimento pela parlamentar desse contrato.
Ele pediu à deputada encaminhar o requerimento à presidenta Dilma Rousseff – que muito provavelmente não tem conhecimento da história – para que a Presidência da República acompanhe o caso.
Perpétua Almeida também estranha o fato de a Codevasf não ter recorrido ao próprio Exército brasileiro que tem expertise comprovada, inclusive com os projetos de reconstrução do Haiti que incluem uma hidrelétrica em Artibonite para a geração de energia.
A deputada lembra ainda que o Instituto Militar de Engenharia (IME), o Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM) e as universidades federais do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Pará (UFPA) poderiam elaborar os projetos e dar a consultoria necessária, com economia de recursos e o controle das informações estratégicas no Brasil, neutralizando quaisquer ameaças à Segurança Nacional.
De acordo com o general Enzo Peri, o Exército não foi consultado sobre o contrato e não tem nenhuma participação nele. Os militares brasileiros temem que os estadunidense identifiquem terras raras na região, ricas em minérios como urânio, por exemplo. Além disso, trata-se de uma tropa estrangeira no território brasileiro, o que só é possível com autorização da União e do Congresso Nacional.
Leia também:
Brasil contrata Exército dos EUA para planejar hidrovia no São Francisco
Gélio Fregapani: União e desunião, A Desindustrialização, e Notícias diversas
No mínimo, curioso, para não dizer estranho...
Detalhes do contrato
O contrato foi firmado em dezembro de 2011 e confirmado em março deste ano. Ele terá vigência de três anos e custará aos cofres públicos US$ 3,84 milhões. Pelo contrato, os militares estadunidenses irão trabalhar 24 horas por dia no projeto de desenvolvimento da hidrovia, com o controle da erosão, melhoria da navegabilidade e a contenção das margens.
Até o final do ano, a Codevasf pretende investir outros R$73 milhões para tornar 657 quilômetros do rio navegáveis. Há um potencial de navegabilidade de 1.371 km entre Pirapora (MG) e Juazeiro-Petrolina (BA-PE).
O USACE irá prover assistência técnica ao longo do São Francisco, em tempo integral, com especialistas em áreas de hidráulica, geotécnica, dragagem e engenharia de construção com experiência em estabilização de margens de rio, controle de erosão, dragagem, escavação em rocha e navegação.
No dia 11 de julho deste ano, o presidente da Codevasf, Elmo Vaz, reuniu-se com o brigadeiro Douglas Fraser, chefe do Comando Sul das Forças Armadas dos Estados Unidos, para sacramentar a parceria.
Vermelho/montedo.com

27 de setembro de 2012

Operação Amazônia: Amorim acompanha ação no interior do Amazonas

Ministro da Defesa acompanha simulação de guerra no interior do AM
Celso Amorim visitou dois municípios nesta terça (25) e quarta (26) no Estado.
'Operação Amazônia' funcionou como um treino para as Forças Armadas.
Celso Amorim acompanhou os trabalhos da 'Operação Amazônia' em dois municípios do Amazonas (Foto: Cleiton Pascarelli/TV Amazonas)
Celso Amorim acompanhou os trabalhos da 'Operação Amazônia' em dois municípios do Amazonas (Foto: Cleiton Pascarelli/TV Amazonas)
O Ministro da Defesa, Celso Amorim, realizou visita ao Amazonas nesta terça (25) e quarta-feira (26) para acompanhar a 'Operação Amazônia' que funciona como um treino para que as Forças Armadas melhorem o trabalho conjunto em defesa das fronteiras do Brasil.
Uma simulação com a Marinha, Exército e Aeronáutica para atacar um alvo e retomar uma área do território brasileiro conquistada por outro país, foi feita na comunidade de Paricatura, município de Iranduba, a 27km de Manaus.
Uma simulação com a Marinha, Exército e Aeronáutica foi realizada em Iranduba (Foto: Cleiton Pascarelli/TV Amazonas)
Simulação com a Marinha, Exército e Aeronáutica foi realizadaem Iranduba (Foto: Cleiton Pascarelli/TV Amazonas)
O treinamento foi acompanhado por Celso Amorim e diversas autoridades. A comunidade também observou a atividade. O comerciante Sandoval da Encarnação, afirmou que nunca havia visto tanta segurança. Ele escreveu uma carta para entregar ao ministro. "Crimes, mortes, filho mata pai, irmão mata irmão, tudo isso devido à falta de segurança aqui', disse.
Após a ocupação, mantimentos foram enviados para os soldados envolvidos na ação e o local recebeu um esquadrão das Forças Armadas. Após a simulação, ele também visitou a comunidade do Paricatuba que recebeu uma ação cívica com atendimentos de saúde, e seguiu para o município de Iranduba, onde serviços médicos e odontológicos estavam sendo oferecidos à população.
"Essa capacidade de atuar em conjunto, não somente no nível de Estado maior e de planejamento, mas também de execução, é algo muito importante, pois se eventualmente o Brasil tiver que enfrentar um conflito, ninguém está livre dessa hipótese. A fim de que possamos defender nosso território, é preciso estar adestrado com bons equipamentos, treinamentos e entrosamento. Essa operação sintetiza tudo isso", completou o ministro.
Celso Amorim retornou à Brasília às 15h desta quarta.
G1 AM/montedo.com

Etíope que lutou com EUA lembra capítulo da Guerra da Coreia

Esta é a história pouco conhecida de um oficial etíope condecorado pelos Estados Unidos por sua imensa bravura. Ela se passou há 60 anos, quando a Etiópia entrou em guerra. Não na África, mas do outro lado do mundo, na Coreia.
Mamo Habtewold
Em 1951, o imperador etíope, Haile Selassie, decidiu enviar milhares de soldados para integrar as forças da ONU que, lideradas pelos Estados Unidos, lutavam ao lado da Coreia do Sul contra os comunistas norte-coreanos e aliada China.
Os chamados batalhões Kagnew pertenciam ao corpo dos Guarda-Costas Imperiais --a tropa de elite da Etiópia.
O capitão Mamo Habtewold, hoje com 81 anos de idade, era na época um jovem tenente do Terceiro Batalhão Kagnew.
Em entrevista à BBC, ele disse que se lembra com clareza do dia em que deixou a Etiópia para ir lutar no outro lado do mundo. O próprio imperador veio se despedir das tropas.
"Quando um batalhão partia para a Coreia, ele sempre vinha pessoalmente, fazia um discurso e dava a cada batalhão uma bandeira", contou. "Ele determinou que trouxéssemos a bandeira de volta".

INDEPENDÊNCIA
Quando a Etiópia foi invadida pela Itália, em 1935, Haile Selassie havia condenado a Liga das Nações por sua não intervenção no conflito. Anos mais tarde, como aliado fiel dos Estados Unidos, o imperador quis dar um exemplo.
"Nosso rei, Haile Selassie, era um grande defensor do princípio da segurança coletiva. E quando a ONU pediu a ele (que enviasse) tropas para a Coreia, ele aceitou sem questionar", explicou Mamo.
O próprio Mamo estava 'louco para ir', especialmente após o retorno, em 1953, do primeiro batalhão etíope enviado à Coreia.
"Todos voltaram da Coreia se gabando, então, todo mundo queria lutar".
Os etíopes lutaram como parte da 7ª Divisão dos Estados Unidos. O Exército americano havia, muito recentemente, eliminado a segregação racial entre as tropas.
Mas, para Mamo, segregação racial não era um problema: "A Etiópia tem uma história de três mil anos como país independente. Nós etíopes éramos orgulhosos e nos gabávamos de ser etíopes. Não nos importávamos com essa questão de cor. Os americanos não nos chamavam de negros porque ficaríamos com raiva". (O uso do termo negro, tradução literal de nigger, em referência à raça negra é considerado ofensivo em países de língua inglesa.)
E Mamo tem orgulho da participação da Etiópia na Guerra da Coreia.
"Éramos os melhores combatentes. Os três batalhões etíopes lutaram em 253 batalhas e nenhum soldado etíope foi feito prisioneiro na Guerra da Coreia", contou.
"Esse era o mote etíope: Nunca seja capturado no campo de batalha".
O mote dos soldados africanos seria colocado a duras provas.

CERCADOS
Em 1953, enquanto as negociações de paz se arrastavam, ambas as facções tentavam fortalecer sua posição nas negociações ao brigar pelo controle de uma área árida e montanhosa situada logo após um dos trechos ocupados pela ONU.
A 7ª Divisão americana, que incluía o batalhão Kagnew, foi encarregada de defender uma dessas montanhas, apelidada de Pork Chop Hill.
Uma noite, em maio de 1953, Mamo liderava uma pequena patrulha que desceu do topo da montanha para inspecionar as terras abaixo. Ele não suspeitava de que sua patrulha estava prestes a ser alvo de uma grande ofensiva chinesa.
"Éramos 14 etíopes e um americano na nossa patrulha. Mais tarde, foi escrito que lutamos contra 300 soldados chineses --um homem contra 20".
Quatro integrantes da patrulha foram mortos, incluindo o americano. Todos os outros foram feridos.
"Eles tentaram levar meu operador de rádio como prisioneiro, mas eu matei o soldado chinês e salvei aquele homem. Uma hora, vieram acabar conosco quando estávamos todos feridos, eu tinha uma granada e os matei. Foi muito duro".
A luta continuou, com interrupções, durante toda a noite. Isolado, com seus homens feridos, Mamo sabia que não conseguiriam aguentar por muito mais tempo.
"Fui ferido várias vezes, estava cansado, exausto, e perdi a consciência duas vezes. A coisa mais importante era encontrar um rádio para contactar a artilharia americana. Mas meus três rádios tinham sido destruídos."
"Eu dei minha pistola a um soldado para que ele me desse cobertura enquanto eu procurava por um rádio. Desmaiei de novo e tive medo de ser capturado. Queria me matar. Mas quando ordenei ao soldado que devolvesse minha pistola, ele se recusou."
"Não dê (a pistola) a ele", os outros soldados disseram.
Então, Mamo decidiu continuar a lutar.
"Procurei por uma arma de um dos homens mortos e, quando os chineses atacavam, eu atirava. Quando as coisas se aquietavam, eu procurava um rádio", contou.
Ele acabou encontrando um rádio. Chamou a artilharia americana, que pôs fim à ofensiva chinesa. Reforços foram enviados e, sob uma cobertura de fumaça, seus homens feridos foram resgatados.
De volta à base, Mamo era o único da patrulha ainda em pé.
"Todos foram para o hospital. Eu fui o único a retornar para o alojamento. É como um homem que está vivendo com sua família e, de repente, a família inteira está morta e ele retorna para uma casa vazia - foi assim que me senti. Senti tanto por eles, fiquei muito deprimido".
Por seus atos, Mamo recebeu a mais elevada honraria militar existente na Etiópia. E os americanos lhe deram uma Estrela de Prata por sua bravura em combate.
Tropas americanas durante a Guerra da Coréia
Mais de três mil etíopes lutaram na Guerra da Coreia, mais de 120 foram mortos, mais de 500 foram feridos. Os sobreviventes retornaram a Addis Abeba, capital do país, como heróis.
"Foi realmente um grande dia. Especialmente, quando voltamos da Coreia, trouxemos nossos soldados mortos. Addis Abeba estava lotada de gente. Metade chorava, metade celebrava", Mamo contou.
Depois da guerra, Mamo foi promovido a capitão. Ele foi forçado a deixar o Exército em 1960, no período que sucedeu uma tentativa de golpe por membros do corpo dos Guarda-Costas Imperiais.
Ele acabou fazendo carreira como homem de negócios e administrador.
Neste ano, o governo da Coreia do Sul anunciou que daria aposentadoria aos veteranos etíopes sobreviventes da Guerra na Coreia. Mamo ainda espera retornar à Coreia do Sul uma última vez e visitar o lugar onde se tornou um herói de guerra etíope.

Portugal: Militares são subordinados mas não «subservientes»

Nota do editor: os 'gajos' dão exemplo de maturidade institucional

Militares são subordinados mas não «subservientes»
O aviso é dos sargentos, através de Lima Coelho, que enaltece o discurso do chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas

O presidente da Associação Nacional de Sargentos (ANS) considerou, nesta quarta-feira, que as afirmações do chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) sobre a não submissão dos militares foram «de extrema importância» e revelam um sentimento generalizado.
«Estamos totalmente de acordo. Aliás, alguns de nós, senão mesmo todos, já em diversas ocasiões, por essas palavras ou outras, tivemos a oportunidade de o defender», respondeu Lima Coelho, quando os jornalistas lhe pediram para comentar as declarações do general Luís Araújo.
Na semana passada, o CEMGFA admitiu que os militares não estão indiferentes ao que se passa no país: «Nós somos seres humanos, temos sentimentos, temos família, nós temos alma. Nós temos participado no esforço de arranjo das contas públicas portuguesas, não podia ser de outra forma. O que não quer dizer que sejamos submissos. Estamos atentos, somos cidadãos.»
Para o presidente da ANS, estas declarações do general Luís Araújo são «de extrema importância», também por terem sido ditas «de forma tão clara e frontalmente».
Lima Coelho fez questão de subscrever as palavras do CEMGFA: «Nós somos homens e mulheres que sentimos na pele todos os problemas que aí estão. Não somos propriamente robôs ou autômatos  não temos couraças ou armaduras, sentimos tudo o que está a acontecer. Estamos subordinados ao poder político, mas, como disse o senhor general, subordinados não significa submissos e muito menos subservientes.»
Já o presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA), coronel Pereira Cracel, quando questionado sobre a notícia de um encontro entre os chefes militares e o Presidente da República, considerou que Aníbal Cavaco Silva pode ter «um papel muito importante» a desempenhar na resolução dos problemas.
tvi24/montedo.com

Rescaldo dos desfiles militares de Setembro

*Paulo Ricardo da Rocha Paiva
Um aviltamento que abrange todos os setores, do pessoal ao material, a começar pelo soldo indecente dos oficiais de carreira com escolaridade superior (3º grau). Máxime com relação aos graduados (subtenente, sargento e cabo estabilizado), como suportar o aperto no qual já sobrevivem as famílias que têm que sustentar e os filhos que devem educar? Perigo! Estes transtornos estão a se sobrepor ao desmanche cada vez mais humilhante pelo qual passa o armamento/equipamento da Força Terrestre?
Que se diga, servir em um exército aparelhado, menos para combater, porém, muito mais, que fosse realmente capaz de dissuadir o inimigo da luta, nunca deixou de ser o maior sonho do soldado. É simplesmente notável, verdadeiramente nobre e edificante, como os militares se superam, todo e a cada ano, expondo, fazendo desfilar com orgulho redivivo, sempre, as mesmas antiguidades que os parcos recursos destinados à defesa nacional lhes permitem estampar para o público. Mas alguém poderá dizer: que exagero! Vamos conferir.
O fuzil ainda é o de 1965, pelo menos até que aquele novo prometido, talvez para o “dia de São Nunca”, esteja em condições de ser distribuído. As viaturas blindadas de transporte de pessoal (VBTP) sobre lagartas ainda são as “M113”, antológicas da guerra no Vietnã, geringonças aqui chegadas na década de 1970 para as quais, no final de 2011, a BRITISH AEROESPACE/BAE SYSTEMS assinou contrato (é de pasmar, só após o virtual sinal verde de Tio Sam) de forma a modernizar um primeiro lote (150, temos 350) destas VBTP, avaliado em 43 milhões de dólares. Será que esquecemos que, na década de 1980, já fabricávamos o CHARRUA? Este blindado, com a mesma servidão, mas de melhor desempenho que o americano, nos dias atuais já poderia estar sendo montado nas suas versões “II” ou “III”.
Quanto ao material de artilharia antiaéreo, que Deus tenha piedade, estamos tiranicamente “na pindaíba”, sem nenhuma condição de fazer a proteção pertinente no nível brigada, quiçá dos escalões divisão ou exército de campanha, muito menos das nossas gigantescas hidrelétricas (Itaipu, Tucurui e, futuramente, Belo Monte, entre outras), haja vista o grau de sofisticação dos vetores aéreos alcançado pelos grandes predadores militares que, quando menos esperarmos, vão questionar a posse das amazônias verde e azul.
(publicado no jornal “A RAZÃO” de Santa Maria/RS em 26 de setembro de 2012)
*Coronel de Infantaria e Estado-Maior

Helibras inaugurará nova linha produção de helicópteros militares em outubro


Rio de Janeiro, 25 set (EFE).- A brasileira Helibras, filial da fabricante Eurocopter, inaugurará uma nova linha de produção de helicópteros militares no próximo dia 2 de outubro, informou nesta terça-feira a empresa.
A inauguração do novo hangar da fábrica, na cidade de Itajubá, em Minas Gerais, contará com a presença de autoridades locais e do executivo-chefe da Eurocopter, Lutz Bertling, segundo um comunicado.
A nova fábrica se destinará à montagem dos novos helicópteros militares EC725, que serão vendidos à Força Aérea do Brasil, além do modelo AS350 Esquilo.
Metade das peças do novo helicóptero militar será fabricada no Brasil e o restante, na França, nas instalações da Eurocopter.
As Forças Armadas brasileiras compraram 50 unidades do EC725 por US$ 2,45 bilhões, segundo um contrato assinado em 2008.
O investimento no novo hangar chegou a US$ 208 milhões e incluiu a construção de um banco de testes, um simulador de voo e instalações auxiliares.
Quando o contrato foi assinado, em 2008, a fábrica da Helibras tinha 300 trabalhadores; hoje o quadro de funcionários já foi ampliado para 700 pessoas e chegará a cerca de mil em 2017.
A Helibras também prevê produzir a versão civil do EC725, que se chamará EC225 e servirá para operações de transporte de equipes a plataformas petrolíferas em alto mar.
UOL/montedo.com

Arquivo do blog

Compartilhar no WhatsApp
Real Time Web Analytics