8 de julho de 2012

Tenente do Exército é denunciado por furtar casa de traficante no Alemão

Tenente é acusado de furtar casa de traficante no Rio

O primeiro-tenente do Exército Luiz Octávio de Goes Freitas, de 28 anos, é acusado de furtar uma chopeira, de R$ 7,5 mil, e dois aparelhos de ar-condicionado, de R$ 1,2 mil e R$ 1,5 mil, da casa de um traficante e de uma família do Complexo do Alemão, zona norte do Rio. O crime ocorreu em dezembro de 2010 e em janeiro do ano passado, quando a Força de Pacificação ocupou a área e expulsou o tráfico.
Após um ano e quatro meses, o Superior Tribunal Militar (STM) aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público Militar (MPM). Freitas teria levado um ar-condicionado para sua casa.
A chopeira foi furtada da casa do traficante Marcelo da Silva Leandro, o Marcelinho Niterói, no Alemão, em 22 de dezembro de 2010. Marcelinho foi morto em novembro de 2011, pela Polícia Federal, no Complexo da Maré. Os aparelhos de ar-condicionado foram levados da casa de uma família, em 2 de janeiro.
Segundo o MPM, além do oficial do Exército, dois praças e dois PMs entraram na casa. O tenente teria mandado desinstalar os splits. Em seguida, Freitas disse ao motorista da viatura que fosse para sua casa, em Irajá, onde deixou um aparelho. Após vir à tona a investigação do sumiço da chopeira e dos splits, o tenente devolveu os objetos no dia 7 de janeiro de 2011.
A denúncia do MPM contra Freitas pelos crimes de furto e abandono de posto foi ajuizada em agosto do ano passado. Em setembro, a juíza Rosali Lima da 4.ª Auditoria da Justiça Militar no Rio rejeitou o processo. O MPM recorreu e o STM aceitou a denúncia em abril deste ano e determinou o envio do processo ao juízo de origem.
O Exército informou que Freitas exerce suas funções normalmente. O advogado do oficial, Valdeir Pereira Gomes, disse que a chopeira e os splits foram achados, não furtados. Ele disse que a intenção do tenente era instalá-los numa das bases do Exército, para proporcionar conforto à tropa. "Para haver furto tem de ter ofendido. Meu cliente se apoderou de objetos achados e devolveu antes de 15 dias."
Agência Estado/montedo.com

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