9 de maio de 2012

Sem aeroportos suficientes, bases militares devem ser usadas na Copa

Sem aeroportos suficientes, bases militares podem ser usadas na Copa

Valcke (à dir.) veiculou possibilidade de utilizar bases militares para receber o tráfego aéreo elevado durante o Mundial - Foto: Ulisses Neto/Especial para Terra
ULISSES NETO
Direto de Zurique (Suíça)
O governo brasileiro e a Fifa selaram a paz nesta terça-feira em Zurique depois de uma reunião de mais de seis horas. Apesar disso, os problemas estruturais do País para receber o Mundial continuam exatamente iguais. Entre eles, a falta de quartos nos hotéis de algumas sedes e a precária rede aeroportuária brasileira.
Faltando apenas 13 meses para o início da Copa das Confederações, fica difícil imaginar que essas questões serão resolvidas a tempo. Por isso, a Fifa já fala até em utilizar bases militares para receber o tráfego aéreo elevado durante o Mundial.
A entidade já sabe que não poderá hospedar torcedores, jornalistas e delegações em muitas das 12 cidades que vão receber a Copa na primeira fase. O jeito será manter os visitantes em trânsito antes e depois dos jogos, com base em grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. O problema então se torna outro: a falta de capacidade dos aeroportos.
A possibilidade de improvisar com bases militares foi levantada nesta tarde por Jérôme Valcke, secretário-executivo da Fifa, depois do encontro com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Segundo Valcke, o tema será debatido pelo fórum criado nesta terça que envolve a própria federação internacional, o governo federal e o Comitê Organizador Local da Copa (COL).
"Vamos buscar soluções para várias questões como problemas de mobilidade, aeroportos, bases militares, setor hoteleiro, entre outros temas. Vamos criar um elo com o governo federal para garantir que todos possam assistir à Copa", disse.
O ministro Aldo Rebelo confirmou a possibilidade de utilização das bases militares para ajudar a receber o tráfego aéreo durante a competição. No entanto, disse que o plano ainda precisa ser analisado com mais cuidado.
"Nós temos um grupo que considera todas as possibilidades e essa opção (das bases militares) está sendo considerada", declarou. "Mas a forma, o detalhe e as condições só podem ser reveladas quando resolvidas com o Ministério da Defesa que é, em última instância, a área responsável pela operação desses aeroportos", completou.
Terra/montedo.com

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