25 de janeiro de 2012

Senador quer Forças Armadas nas fronteiras

Demóstenes quer Forças Armadas e Polícia nas fronteiras
Para o senador, barrar a entrada de armas e drogas no Brasil é essencial para o país vencer a guerra contra os traficantes
Forças Armadas e polícia nas fronteiras para impedir a entrada de armas e drogas, além do combate ao tráfico em todo o território nacional. Só assim é possível vencer a guerra contra esses vendedores da morte e destruidores de lares no Brasil. É o que prevê o Projeto de Lei do Senado 111/2010, de autoria do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que prega urgência de ações do governo neste sentido. “Além do tráfico de drogas e armas, há outros perigos nos mais de 17 mil quilômetros de divisas. Pela verdadeira peneira em que se transformaram as divisas passam facilmente ladrões com carros roubados aqui e levados para países como a Bolívia”, alertou.
Segundo Demóstenes, especialistas concluíram que traficantes internacionais fizeram da Bolívia prioridade. De mero exportador da folha de coca, o país virou grande produtor, além de corredor da droga produzida na Colômbia e no Peru. “E o principal destino dessa produção é o Brasil. Por isso, é preciso colocar de verdade as Forças Armadas e mais policiais nas fronteiras. Ou faz isso com eficiência, o mais rápido possível, ou restará perdida a guerra contra o tráfico nas cidades brasileiras”, sentenciou.
O PLS 111/2010 foi o primeiro criado a partir do Twitter, em debate entre o senador Demóstenes Torres e internautas. Um dos seus “seguidores” na rede social da intenet sugeriu a elaboração de uma lei que propusesse a internação compulsória de dependentes químicos graves, sobretudo os de crack, cujo consumo transformou-se em epidemia no Brasil. Além de dar uma chance de vida a quem caminha para perdê-la precocemente, Demóstenes incluiu na proposta o combate “ferrenho” à causas do problema: o tráfico.
“É preciso reagir, antes que o horror se aposse de vez da juventude. Por isso, o Poder Legislativo tem de apresentar soluções à sociedade que tanto sofre ao assistir seus filhos perderem o futuro. O presente projeto de lei é uma resposta ao querer dos especialistas, à fracassada despenalização do uso de entorpecentes, à dor das famílias e ao resgate da geração que o Brasil pode perder para as drogas. O projeto modifica a Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, que teve o intuito oficial de instituir o Sisnad (Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas)”, enfatizou Demóstenes Torres.
Para o senador, tratar o viciado sem combater, sem trégua, o tráfico, não adianta. Segundo Demóstenes, desde o traficante de drogas e armas graúdo que atravessa a fronteira até o pequeno passador de droga num condomínio ou bairro, todos merecem o mesmo destino: cadeia. “Como as drogas viraram problema de segurança nacional, além de segurança pública, nada mais natural que a entrada das Forças Armadas no combate aos traficantes. O serviço de inteligência das três armas será fundamental. Junto com as Polícias Federal, Rodoviária Federal, Militares e Civis, as Forças Armadas têm de cercar o tráfico desde a fronteira até a rua”, destacou.
Demóstenes Torres explicou que a parte do PLS 111/2010 que trata da popularmente denominada “internação compulsória”, resgata a possibilidade de prisão para o usuário de drogas, pois “a despenalização foi uma experiência ruim, servindo unicamente para potencializar o sofrimento dos próprios viciados e seus familiares”. Evidentemente, disse o senador, o propósito não é levar ao cárcere alguém “só” por estar fumando crack ou maconha, cheirando cocaína, usando ecstasy. “Tome-se cuidado com os termos técnicos”, alertou.
O médico Léo de Souza Machado, especialista da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e membro internacional da Associação Americana de Psiquiatria, consultado especificamente sobre este projeto, esclarece: “O termo ‘compulsório’ deve estar sempre associado ao termo ‘tratamento médico’ e não a internação, visto que a internação compulsória é carregada de estigma e sofre críticas ideológicas de toda ordem”, elucidou Léo de Souza Machado.
Demóstenes Torres concluiu com uma frase curta: “Nossa proposta tem o objetivo de colocar esses monstros (traficantes) na prisão e proporcionar um tratamento digno aos dependentes, dando-lhes de volta a chance de viver, pois o caminho inevitável para quem usa drogas, principalmente o crack, é a morte”.
O Correio News/montedo.com

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