31 de março de 2011

JARBAS PASSARINHO: "NUNCA PUDE SUPORTAR JAIR BOLSONARO"

Claudio Leal
Para o ex-ministro Jarbas Passarinho, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) "irrita muito os militares"

O repórter pronunciou o nome "Jair Bolsonaro" e, do outro lado da linha, o ex-ministro Jarbas Passarinho abusou do fôlego de 91 anos para bendizer o deputado federal: "Ah, esse homem eu nunca pude suportar!".
Desafeto de Passarinho, Bolsonaro protagoniza uma polêmica comportamental e política desde que declarou seu desapreço por um hipotético namoro de seu filho com uma negra, em entrevista ao programa humorístico "CQC".
Provocado por uma pergunta da cantora Preta Gil, filha do compositor e ex-ministro da Cultura Gilberto Gil, o capitão reformado do Exército deu uma pedrada: "Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco, e meus filhos foram muito bem educados e não viveram em um ambiente como, lamentavelmente, é o teu". Bolsonaro responderá a um processo por racismo, movido por 20 deputados.
Grudou-se ao congressista de extrema direita o mito de que representa a alma das Forças Armadas. Passarinho pega a contramão e desconstroi o discurso de Bolsonaro. "Ele irrita muito os militares", garante. Para definir seu interlocutor ideal, recorre, ora vejam só, à escritora francesa Simone de Beauvoir.
- Já tive com ele (Bolsonaro) aborrecimentos sérios. Ele é um radical e eu não suporto radicais, inclusive os radicais da direita. Eu não suportava os radicais da esquerda e não suporto os da direita. Pior ainda os da direita, porque só me lembram o livrinho da Simone de Beauvoir sobre "O pensamento de direita, hoje": "O pensamento da direita é um só: o medo". O medo de perder privilégios.
Ex-ministro do Trabalho, da Educação e da Previdência no regime militar, além de ocupar o ministério da Justiça no governo democrático de Fernando Collor, Jarbas Passarinho presidiu o Congresso Nacional e personalizou uma parcela dos militares moderados. No governo Costa e Silva (1967-1969), ele participou da reunião do AI-5, marco da restrição às liberdades individuais no País, em dezembro de 1968. Adiante, no governo Médici (1969-1974), foi o primeiro ministro militar - na realidade, um híbrido, com carreira civil - a admitir, publicamente, a existência de tortura, em entrevista ao repórter Reali Júnior.
Conhecido por sua habilidade para o diálogo com a esquerda e a direita na ditadura, o tenente-coronel reformado vive atualmente em Brasília e passou por problemas de saúde em 2009 e 2010. Depois de um ano de repouso, voltou a escrever artigos para a imprensa. Nesta entrevista a Terra Magazine, aceitou falar, a contragosto, daquele que Nelson Rodrigues poderia chamar de "personagem da semana": Jair Bolsonaro, um homem que ele nunca conseguiu suportar.

Terra Magazine - O que o senhor acha da polêmica de Jair Bolsonaro? Ele sempre diz que representa os militares. Isso é real?
Jarbas Passarinho - Nem todos os militares estão ligados a ele, mas como ele é o único que aparece falando... Os militares, inclusive depois do meu silêncio por doença, perderam espaço. Eu perdi meu espaço no "Estado de S. Paulo", no "JB" (Jornal do Brasil), que infelizmente faliu, no "Correio Braziliense", no "Estado de Minas". Então, desapareceu essa voz que tinha uma penetração na área mais nobre da mídia. Ele irrita muito os militares também, porque quando está em campanha, em vez de ele ir ao Clube Militar, como oficial, ele vai pernoitar no alojamento dos sargentos (risos). Pra ganhar a popularidade dele. Quando eu fui ministro da Justiça, recebi a visita de uma viúva de um brigadeiro de quatro estrelas. Ela era pensionista, portanto. Sabe que a pensão dela, naquela ocasião, no governo Collor, era o que um cabo recebia na ativa? O Collor me autorizou a tentar fazer uma modificação daquilo, pra ter pelo menos um pouco mais de dignidade. Ele (Bolsonaro) me viu fazendo isso. Ficou calado, veio com a esposa dele lá do Rio (de Janeiro), e em seguida ele foi pra tribuna e deu aquilo como projeto de lei dele. Por aí tu vês qual é a pessoa.
No programa do CQC, ele disse que considerava uma "promiscuidade" um hipotético namoro do filho dele com uma negra, e atacou os homossexuais.
Se alguém me procurar sobre isso, eu me recuso a dar opinião. Recuso porque eu tenho por ele uma verdadeira idiossincracia. Foi mau militar, só se salvou de não perder o posto de capitão porque foi salvo por um general que era amigo dele no Superior Tribunal Militar (STM). O ministro (do Exército), que era o Leônidas (Pires Gonçalves), rompeu com esse general por causa disso (em 1986, Bolsonaro liderou um protesto pelo aumento do soldo dos militares). Ele começou a se projetar quando aluno da escola de aperfeiçoamento de capitães. Deu uma entrevista falando dos baixos salários que nós recebíamos.

Quem era o general que o apadrinhava?
Já morreu. Comandou o II Exército, um general de muito respeito entre nós todos.

E o Bolsonaro...
Todos se aproveitam, usam como um modo de currículo. Com base nesse currículo, recebem votos.

As ideias de Bolsonaro são representativas para a maior parcela das Forças Armadas?
Não tem. Alguns sujeitos (apoiam), mas é raro. Tem um jornal mineiro, chamado Inconfidência de Minas... É o único grupo ativo de militares da reserva. Então, pela primeira vez ele pôs um artigo lá. Daqui a pouco, nem isso ele põe. Porque o pessoal recebe com restrição. Agora, claro que não vai botar contra ele.

Ele causa mal-estar nas Forças Armadas?
Não posso dizer isso, porque seria uma opinião pessoal. Ele já teve um aborrecimento comigo. Um cadete meu, que depois foi paraquedista e fez parte da luta contra a guerrilha do Araguaia, Lício Maciel, que esteve à morte, uma guerrilheira atirou na boca dele... Quase foi o fim. E o Lício Maciel foi na conversa do Bolsonaro, que o levou para uma sessão (no Congresso). Ele entrou e levou o Lício, que foi na conversa dele e começou a dizer: "(José) Genoíno, você tenha a coragem de dizer aqui na minha frente que foi torturado... Você mente! Você foi preso por mim, pelo meu grupo". Depois eu soube, por uma mulher da esquerda, que ele (Genoíno) confessou que lá ele não foi torturado, mas depois.
Então, Bolsonaro submeteu esse rapaz a um vexame, porque ele entrou numa sessão do Congresso. Eu escrevi um artigo e mostrei a total imprudência e irresponsabilidade do deputado. Submeter um oficial brilhante, digno, que tinha exercido sua atividade contra a guerrilha sem nunca ter participado de uma violência física, e ao contrário, sofreu, para depois ser expulso de uma sala da maneira vergonhosa como foi!... Ele escreveu para o "Correio Braziliense" me metendo o pau. Era a primeira vez que ele tinha coragem, depois de tantos atritos. Ele (Bolsonaro) me insultou, dizendo que eu era um escondido da esquerda, um infiltrado, não sei o quê. E mais ofensas de natureza pessoal. O "Correio" não publicou. Ele ficou indignado. Eu não gosto nem de falar sobre ele, porque tudo isso vem à mente.
TERRA MAGAZINE

POUPEX: "NUNCA VI COISA TÃO SÉRIA", DIZ CORREGEDORA SOBRE ESQUEMA DE EMPRÉSTIMOS FRAUDULENTOS

'Nunca vi coisa tão séria', afirma ministra sobre fraudes de juízes
Ricardo Lima/Folhapress
FREDERICO VASCONCELOS
"Em 32 anos de magistratura, nunca vi uma coisa tão séria", diz a corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, ao falar das investigações que descobriram um esquema de empréstimos fictícios comandado por magistrados.
"O caso me deixa preocupada, porque está caminhando para a impunidade disciplinar. Mas é emblemático. É muito grave e deixa à mostra a necessidade do Poder Judiciário se posicionar", diz.
Os desvios patrocinados por um grupo de juízes federais a partir de empréstimos concedidos pela Fundação Habitacional do Exército foram objeto de investigação dos próprios magistrados.
Reportagem da Folha revelou que contratos foram celebrados em nome de associados fantasmas da Ajufer e juízes que desconheciam ter feito qualquer empréstimo.
Documentos mostram que, de 2000 a 2009, a Ajufer (Associação dos Juízes Federais da 1ª Região) assinou 810 contratos com a fundação. Cerca de 700 foram fraudados. Ao menos 140 juízes tiveram os nomes usados sem saber, aponta apuração da própria Ajufer.

Folha - Como começou a investigação na corregedoria?
Eliana Calmon - Tive conhecimento com a ação de cobrança. Chamei o dr. Moacir. Ele me disse que tinha havido vários empréstimos e que colegas não pagaram. Chamei a presidente que o antecedeu, dra. Solange [Salgado]. Então, tive ideia dos desmandos na administração da Ajufer.

Quem mais foi ouvido?
Conversei com o general Burmann [Clovis Jacy Burmann, ex-presidente da fundação do Exército]. Ele me disse que a única pessoa que cuidou dos empréstimos foi o dr. Moacir. Voltei a ele, que me disse tudo. A partir da hora em que ele me confirmou que tinha usado indevidamente o nome dos colegas eu não tive a menor dúvida.

Ele admitiu a fraude?
Ele admitiu tudo. E que os antecessores e diretores da Ajufer não participaram

O que a levou a determinar o afastamento do juiz [decisão suspensa pelo STF]?
Os juízes estavam nervosíssimos. Um queria dar queixa na Polícia Federal, o outro queria entrar com uma ação. Teve juiz que chegou a dizer que ia mandar matar o dr. Moacir. Enfim, eu teria que tomar uma posição.

O que a sra. temia?
Meu temor é que ele ocultasse provas ou fizesse incursões. Ele mandou me entregar uma mala de documentos. Os juízes auxiliares ficaram estupefactos de ver os os contratos, empréstimos de R$ 300 mil, R$ 400 mil. Causou muita perplexidade encontrar talonários de cheques já assinados pela presidente que o antecedeu.

Por que o TRF-1 não afastou o dr. Moacir, em janeiro, com base na investigação?
O corregedor votou pelo afastamento, mas o tribunal entendeu que era injusto afastá-lo e não afastar os demais envolvidos.

Alguns juízes temem que haja impunidade.
Doutor Moacir era uma pessoa muito simpática e o tribunal tinha dele o melhor conceito. Ficam com "peninha" dele. "Coitadinho dele". Não é coitadinho, porque ele fez coisa gravíssima.

Entre os suspeitos há algum desembargador?
Há ao menos um desembargador envolvido, tomou empréstimo alto, me disse dr. Moacir, e não pagou.

FOLHA.COM


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FHE-POUPEx ENVOLVIDA EM ESQUEMA DE EMPRÉSTIMOS FRAUDULENTOS DE ASSOCIAÇÃO DE 

JUÍZES FEDERAIS

EXÉRCITO COMBATE A DENGUE EM TERESINA

Exército apoia Prefeitura de Teresina no combate à dengue
O prefeito Elmano Férrer e o presidente da Fundação Municipal de Saúde, Pedro Leopoldino solicitaram o apoio do Exército Brasileiro para combater a dengue em Teresina. O pedido foi formalizado na tarde desta segunda-feira (29), na sede do 2º Batalhão de Engenharia e Construção, em virtude dos 941 casos da doença já registrados na capital.
De acordo com o projeto elaborado pela FMS, um total de 100 homens do 2º BEC e do 25º Batalhão de Caçadores deve percorrer as residências da capital orientando a população sobre a importância da conservação correta do lixo e das ações para combater o mosquito da dengue. "Apresentamos o relatório para avaliação dos comandantes do Exército e teremos uma resposta até o final dessa semana sobre a viabilidade da nossa solicitação", diz Leopoldino.
Em 2011, já foram registrados 941 casos de dengue em Teresina, sendo um do tipo 4, considerado o mais grave. Os bairros mais afetados com o mosquito são Santa Maria da Codipi, Dirceu Arcoverde, Buenos Aires, Gurupi e Novo Horizonte.
Para o prefeito Elmano Férrer, a presença do Exército nas ruas de Teresina vai ajudar significativamente no avanço da luta contra a dengue. "Devemos unir forças para vencer a batalha contra a dengue. Para isso, precisamos do apoio do Exército que tem credibilidade junto à população e possui contingente humano para percorrer as mais de 86 mil residências de Teresina. Acreditamos que essa parceria vai ser muito positiva para nossa cidade", afirma o prefeito.
Segundo o tenente coronel Marcelo Guedon, comandante do 2º Batalhão de Engenharia de Construção, é interesse das Forças Armadas atuar junto com a Prefeitura de Teresina no combate ao mosquito da dengue. "Precisamos apenas organizar a operacionalização desse mutirão para fecharmos a parceria", finaliza Guedon.
180 GRAUS

MILITAR DA MARINHA DESMAIA AO LADO DO CAIXÃO DE JOSÉ ALENCAR

Militar da Marinha desmaia ao lado do caixão de José Alencar
Ele foi atendido imediatamente por socorristas de prontidão.
Velório de ex-vice-presidente acontece no Salão Nobre do Planalto.


Um militar da Marinha desmaiou e bateu a cabeça no chão ao lado do caixão do ex-vice-presidente José Alencar, no Palácio do Planalto. Ele foi imediatamente atendido por socorristas que estão de prontidão no Salão Nobre, onde acontece o velório. Eles levantaram as pernas do militar e em seguida ele foi retirado do salão em uma cadeira de rodas.
G1

JOGOS MUNDIAIS MILITARES: RESENDE RECEBERÁ PROVAS DE PARAQUEDISMO

PARAQUEDISMO
Resende se prepara para receber provas do Jogos Mundiais Militares

Resende já começa a se preparar para receber, entre os dias 17 e 24 de julho, parte da programação da quinta edição dos Jogos Mundiais Militares, cuja realização é do CISM (Conselho Internacional do Esporte Militar). Ontem (29) foi realizada, no Aeroporto Municipal de Resende, uma reunião entre as secretarias municipais envolvidas na organização do projeto. O encontro teve como objetivo definir ações a serem realizadas pela prefeitura, que vai apoiar o evento no município.
Durante o encontro, o coordenador técnico da Seleção Brasileira de Paraquedismo, coronel José Roberto de Melo Queiroz, acompanhado do major Neilson, destacou a importância da parceria da prefeitura com o CISM na organização dos Jogos. Ele adiantou que a partir do mês de junho começam os ensaios das provas de paraquedismo em Resende:
- O único município que receberá os Jogos, fora da capital Rio de Janeiro, será Resende. Os primeiros ensaios da competição na cidade resendense vão acontecer no Aeroporto Municipal e na AMAN (Academia Militar das Agulhas Negras), os dois locais que sediarão o torneio em Resende - disse o coronel.
O prefeito José Rechuan (DEM) destacou que a reforma do aeroporto, realizada no ano passado pela prefeitura, contribuiu diretamente para a escolha de Resende como uma das sedes dos Jogos Mundiais Militares. Em parceria com a iniciativa privada, o município atendeu uma determinação da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) e realizou no local os seguintes serviços: construção de um muro de alvenaria (extensão de 600 metros), instalação de alambrado (300 metros), colocação de uma cerca de arame farpado (1, 2 mil metros), capina, roçada, recuperação do sistema de drenagem, pintura de faixas de sinalização, reforma na sala de embarque e desembarque, além de melhorias na área destinada às aeronaves.
Participaram do encontro desta semana no aeroporto os secretários municipais Reynaldo Raeli (Turismo e Comércio), Rubens Almada (Obras) e José Antônio de Carvalho Pinto (Agricultura e Pecuária); o superintendente especial de Eventos e Integração da prefeitura, Wagner Camilo; o coordenador operacional do aeroporto, Nélio Sampaio e representantes da Funresp (Fundação Resende Esportes).
Na próxima reunião, prevista para a próxima semana, os secretários vão analisar outras ações a serem realizadas no aeroporto com o objetivo de receber as competições de paraquedismo, como serviços de pintura, revisão elétrica, poda de árvores, definição de áreas de estacionamento, instalação de banheiros químicos e de arquibancadas, entre outros trabalhos.
A edição 2011 dos Jogos Mundiais Militares - que acontecem de quatro em quatro anos, sempre no ano anterior à realização dos Jogos Olímpicos - já têm até o momento a confirmação da participação atletas de 42 países. Com exceção do paraquedismo (categorias feminino e masculino) - cuja competição acontecerá em Resende - as outras cerca de 20 modalidades serão disputadas na cidade do Rio de Janeiro. Os jogos são divididos em esportes individuais, coletivos, militares, de demonstração e de combate.
Com relação às provas de paraquedismo em Resende, na AMAN serão disputadas as provas de Precisão Aterragem em Grupo (PAG) e Precisão de Aterragem Individual (PAI). Já no Aeroporto Municipal, acontecerá a prova de Formação em Queda Livre. Para a prova de Precisão serão utilizados os helicópteros AS-532UE Super Cougar/AS365K Panther, do Exército Brasileiro. A competição de Formação em Queda Livre, por sua vez, utilizará aeronaves do tipo EADS-CASA C-295, da Força Aérea Brasileira.
DIÁRIO DO VALE

DE OLHO NO CONSELHO DE SEGURANÇA, TESOURADA DE DILMA POUPA MISSÕES DE PAZ

Atrás de prestígio, Brasil poupa missões de paz de cortes

O centro de treinamento das Forças Armadas que prepara militares brasileiros para participar de missões de paz no exterior aumentou seu efetivo militar em mais de 130% depois do terremoto que devastou o Haiti, em janeiro de 2010.
A expansão vem em paralelo às tentativas diplomáticas do governo de aumentar a influência brasileira no cenário internacional por meio das missões de paz.
Esse tipo de operação -especialmente no Haiti- projeta o Brasil de forma positiva no exterior, segundo o comandante do Exército, general Enzo Martins Peri.
Por causa disso, segundo ele, as missões de paz não devem ser afetadas pelos cortes no orçamento do Ministério da Defesa --que podem chegar a R$ 4,38 bilhões, segundo o governo federal.
Um indício disso é que, no Haiti, o efetivo de militares foi praticamente duplicado no ano passado, atingindo a marca de 2.194 homens, depois do terremoto que deixou 250 mil mortos.
Mas, além da missão no Caribe, o Brasil participa hoje, com oficiais e observadores militares, de outras dez operações de paz.
O crescimento do centro de treinamento também atende à Estratégia Nacional de Defesa. Ela prevê investimentos em treinamento para missões de paz e eliminação de minas terrestres.
O centro foi criado em 2005, no Rio de Janeiro, com o nome de Centro de Instrução em Operações de Paz.
Era formado por 89 instrutores e monitores, ex-integrantes do terceiro contingente do Exército que esteve na missão no Haiti.
Seis anos depois, a equipe aumentou 130%, para 204 instrutores e monitores. Em dez meses, o centro ganhará também um novo edifício, com capacidade para oferecer aulas a 450 militares.
"Nós vamos mais que quadruplicar o espaço de instrução destinado aos alunos", disse o comandante da unidade, coronel Pedro Aurélio de Pessoa.
O centro também deixou de ser uma unidade só do Exército e, no ano passado, passou a ser dirigido também por membros da Marinha e da Aeronáutica, sendo rebatizado de Ccopab (Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil).

INTEGRAÇÃO
O objetivo é aumentar a integração e a velocidade de resposta em operações de larga escala. 'Para obter resultados, é necessário que todos esses atores se conheçam antes de entrarem na área de missão', disse.
O quadro de disciplinas do centro também foi ampliado, para preparar militares para operações de paz multidimensionais (com participação de agências humanitárias e civis).
Foram criados programas de treinamento em logística de missões de paz, negociação, remoção de minas terrestres e técnicas de coordenação entre militares e civis.
"Estamos prontos para qualquer missão, de qualquer natureza, no mundo inteiro", disse Peri.
A decisão de participar de novas missões é, porém, do governo e do Congresso.
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS JORNAL FLORIPA

30 de março de 2011

HONRAS MILITARES NA DESPEDIDA DE JOSÉ ALENCAR


Yahoo

BOLSONARO PISA NA BOLA EM DECLARAÇÃO À TV, É CHAMADO DE "ADOLF HITLER"BRASILEIRO E PODE SER CASSADO

Comentário deixa mandato de deputado em risco
Jair Bolsonaro causa polêmica ao falar sobre negros e gays em entrevista na TV. Parlamentares pedem abertura de processo


CRISTINE GERK
Uma entrevista pode custar ao deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) sua longa — e controversa — carreira política. O presidente da Frente Parlamentar Mista pela Igualdade Racial e em Defesa dos Quilombolas, o também deputado federal Luiz Alberto (PT-BA), disse que vai pedir hoje para que seja instaurada uma Comissão de Ética para avaliar as declarações dadas por Bolsonaro em resposta a uma pergunta da cantora Preta Gil, que teriam caracterizado, segundo ele, quebra de decoro parlamentar.
Luiz Alberto também pretende pedir processo no Supremo Tribunal Federal para enquadrar Bolsonaro por crime de racismo.
Jair Bolsonaro foi convidado na segunda-feira à noite para o quadro ‘O povo quer saber’, do programa CQC, da TV Bandeirantes, em que personalidades respondem perguntas de famosos e anônimos. O deputado foi questionado por Preta Gil sobre o que ele faria caso seu filho se apaixonasse por uma negra, ao que ele respondeu: “Preta, eu não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro este risco e meus filhos foram muito bem educados. E não viveram em ambientes, como lamentavelmente é o teu”.
O deputado alegou ontem, em nota oficial, que “a resposta dada deve-se a errado entendimento da pergunta — percebida, equivocadamente, como questionamento a eventual namoro de meu filho com um gay”. Bolsonaro reiterou ainda que não é apologista do homossexualismo, “por entender que tal prática não seja motivo de orgulho”.
Assista ao vídeo:

A filha do ex-ministro da Cultura Gilberto Gil comentou em seu perfil no Twitter que acionou seu advogado para processar o político. “Irei até o fim contra esse deputado racista, homofóbico, nojento, conto com o apoio de vocês. Não farei só por mim, mas sim por todos os Brasileiros e Brasileiras que se sentiram ofendidos pelo tal, e caso ganhe, o dinheiro será usado no combate a intolerância racial, sexual e social” , escreveu.
O advogado da cantora, Ricardo Brajterman, afirmou que, na Justiça criminal, vai entrar com uma representação no Ministério Público por crime de intolerância racial e homofobia. Na esfera cível, ingressará com uma ação para reparação por danos morais. Para completar, o advogado encaminhará com uma notificação junto à Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. O advogado contou que Preta Gil chorou ao assistir à entrevista do parlamentar.

OAB também vai pedir processo na Câmara
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio, Wadih Damous, também anunciou que vai enviar hoje ofício ao corregedor da Câmara dos Deputados para abertura de um processo por quebra de decoro parlamentar contra Bolsonaro.
“O Congresso não merece ter em suas fileiras parlamentares que manifestam ódio a negros e gays”, enfatizou Damous.
De acordo com o presidente da Comissão de Igualdade Racial da OAB, Marcelo Dias, se Bolsonaro for enquadrado no crime de injúria qualificada, pode pegar pena de até dois anos de detenção. “Ele vai manchar a biografia dele, mas provavelmente vai só pagar uma multa ou cestas básicas, cujo valor depende do juiz”, explicou Dias.
Segundo ele, a família Bolsonaro já é conhecida da comunidade negra por contestar na Justiça todas as ações em prol da comunidade negra: “O filho dele entrou com ação para derrubar a lei das cotas, o pai apoia tudo contra comunidades quilombolas. O comportamento dele é racista de longa data”, frisou.

União de deputados contra racismo
As declarações de Bolsonaro mobilizaram deputados federais de vários partidos. “Vamos (vários deputados) ao Conselho de Ética da Casa, Procuradoria Geral da República e Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Humana”, escreveu no Twitter a presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Manuela d'ávila (PCdoB-RS).
Ivan Valente (Psol-SP) postou no seu perfil do site que representantes do PCdoB, PDT, PT e toda a bancada do Psol assinaram representação contra Bolsonaro por crime de racismo. A expressão ‘forabolsonaro’ entrou na lista dos termos mais utilizados no Twitter.

Indignação
PRETA GIL
cantora, em seu perfil no Twitter
“Que homem é esse? Como pode ter coragem de falar atrocidades na televisão! Como ele dorme? O que me choca ainda mais é que existem pessoas que defendem ele e acham que eu quero ganhar dinheiro processando ele ou aparecer na mídia. Pelo amor de Deus, eu não preciso disso, sou uma mulher que tenho o direito de me defender e me sinto na obrigação de fazê-lo”.

Repercussão na internet
MARCELO TAS apresentador do programa CQC, da Bandeirantes
“Ele fez associação da raça negra com promiscuidade e isso é absolutamente inadmissível, principalmente vindo de um deputado”

JEAN WYLLYS deputado federal pelo Psol, escritor e ex-BBB
“Peço aos cidadãos que se sentiram ofendidos com o episódio envolvendo o Bolsonaro que enviem suas manifestações para cdh@camara.gov.br ”

BRIZOLA NETO deputado federal pelo PDT, em seu perfil no Twitter
“Bolsonaro, como deputado, não está acima das leis. E, graças a Deus, uma das leis é a que faz do racismo um crime inafiançável”

LUCIANO HUCK apresentador de programas da TV Globo
“Feliz um país que tem alguém como você como cidadã. Lamento por aqueles que votaram neste infeliz que está onde não deveria estar”

ZÉLIA DUNCAN cantora de Música Popular Brasileira,em seu Twitter
“Bolsonaro admite ser homofóbico,mas nega ser racista, pois racismo no Brasil é crime, homofobia não.Quem está enojado como eu levanta a mão!”

FLÁVIO BOLSONARO, deputado estadual, filho de Jair
“Ele entendeu errado. Jair Bolsonaro não é racista nem homofóbico, é apenas contrário às cotas raciais e à apologia ao homossexualismo”
O DIA ON LINE

AMOR & REVOLUÇÃO: SBT PODE DAR ESPAÇO AOS MILITARES NA NOVELA

SBT pensa em dar aos militares o mesmo espaço dado à esquerda na novela Amor & Revolução

Jorge Serrão
A diretoria da ONG Terrorismo Nunca Mais (Ternuma) terá uma reunião-almoço, na próxima quinta-feira, 31 de março, em Brasília, com uma das produtoras da novela “Amor & Revolução”, com estreia marcada para 5 de abril, 10 e meia da noite, no SBT. Os produtores do canal de Sílvio Santos já acenam com a possibilidade de conceder aos militares o mesmo espaço que será concedido à esquerda para retratar a estória ficcional.
Em 180 capítulos, “Amor & Revolução” deve exibir uns 70 depoimentos de personagens que se consideram “vítimas da ditadura” ou que “participaram da luta armada contra o regime militar”. Por esta perspectiva, o Alto Comando do Exército e oficiais da reserva temem que a obra seja mais uma peça de propaganda ideológica contra as Forças Armadas. A novela já rendeu polêmica até no meio empresarial.
Um acionista da Procter & Gamble, resolveu questionar oficialmente a empresa sobre o apoio a uma obra que vai denegrir a imagem dos militares. A P&G fechou com o SBT um contrato de R$ 8,9 milhões mensais para ser um dos quatro patrocinadores da novela. Em resposta ao questionamento do investidor, por telegrama, a direção da empresa prometeu “avaliar o caso”.
O Alerta Total já cansou de alertar aos membros do Exército, Marinha e Aeronáutica sobre a Guerra midiática de que são vítimas. Desde a década de 70, existe uma evidente intenção de desmoralizar as Forças Armadas no Brasil. O objetivo psicossocial é criar uma antipatia tão grande com as Legiões. Para que se chegue à “natural conclusão” de que o Brasil não precisa tanto de Forças Armadas – que são as guardiãs da soberania nacional, sempre ameaçada pelos esquemas globalitários.
Os inimigos das Legiões fazem o serviço sujo para a Oligarquia Financeira Transnacional. O pequeno grupo que controla os negócios globalitários deseja manter o Brasil como uma simples plataforma subdesenvolvida para exploração de recursos naturais, financeiros e humanos. Eles querem desmoralizar o Exército, Marinha e Aeronáutica porque sabem muito bem que a destinação institucional das Forças Armadas é a Defesa Incondicional da Pátria. Com uma defesa débil, a Pátria fica na mão dos parias que nos exploram – porque deixamos.
ALERTA TOTAL

STF CONCEDE PROGRESSÃO DE REGIME A CAPITÃO DO EXÉRCITO QUE CUMPRE PENA NO QUARTEL POR HOMICÍDIO

Segunda Turma reconhece benefício de progressão de regime prisional a militar
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu na sessão desta terça-feira (29) o julgamento de Habeas Corpus (HC 104174) impetrado em favor do capitão do Exército Kilson Nascimento da Silva, condenado à pena de nove anos de reclusão por homicídio simples (artigo 205 do Código Penal Militar), que está sendo cumprida em regime integralmente fechado no 72º Batalhão de Infantaria Motorizado de Petrolina (PE).
No HC, a defesa pediu, entre outros pontos, que fosse concedido o benefício da progressão de regime prisional.
Por unanimidade, os ministros acompanharam voto do relator, ministro Ayres Britto, no sentido de que viola a Constituição a exigência do cumprimento de pena privativa de liberdade em regime integralmente fechado em estabelecimento militar, em razão da falta de previsão legal na lei especial (Código Penal Militar) ou devido à necessidade do resguardo da segurança ou do respeito à hierarquia e à disciplina no âmbito castrense. Foi também o voto-vista da ministra Ellen Gracie.
Segundo o ministro Ayres Britto, a progressão de regime penitenciário “é projeção da própria garantia constitucional da individualização da pena” e a Constituição Federal não fez nenhuma distinção entre civis e militares neste aspecto. A Turma concedeu parcialmente a ordem para determinar ao Juízo da execução penal que faça a avaliação das condições para a progressão de regime prisional, aplicando o Código Penal e a Lei 7.210/1984 no ponto em que a lei castrense for omissa.
STF

HAITI: NOVO COMANDANTE DA MINUSTAH ASSUME HOJE

Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira receberá o posto das mãos do atual chefe da força de paz, general Luiz Guilherme Paul Cruz no Batalhão do Brasil, em Porto Príncipe.
UOL

SOLDADOS PODERÃO RECARREGAR BATERIAS COM O CALOR DO CORPO

Você Sabia? Soldados poderão recarregar as baterias com energia solar e termoelétrica
O projeto, desenvolvido pela Universidade de Glasgow, que transformar o calor do sol nas roupas dos combatentes em energia elétrica
A Universidade de Glasgow, na Escócia, junto aos diferentes departamentos de investigação estão desenvolvendo um equipamento militar que permitirá que os soldados carreguem as baterias de seus aparelhos por meio da energia solar e termoelétrica.
Com o projeto concluído os militares, que em combate carregam até sete quilos de baterias para rádio, GPS e outros aparelhos para sistema de visão noturna, reduziriam muito o peso dos objetos carregados.
A ideia é que como um soldado fica no sol em média por dez horas é possível aproveitar toda essa energia para recarregar as baterias dos aparatos eletrônicos. Tanto os raios solares quanto o próprio calor emitido pelos combatentes pode ser uma fonte de energia, entretanto falta uma tecnologia que transforme o calor em energia elétrica. A tecnologia recorreria à energia fotovoltaica que incide na vestimenta dos soldados para depois gerar energia.
O projeto Soldado Solar, como é chamado, pode estar pronto em dois anos e a tecnologia ser adaptada para outras situações de emergência. Além de pode servir para manter remédios refrigerados em caso de desastres humanitários e manter a comida fresca em diferentes zonas climáticas.
UNIVERSIA

29 de março de 2011

ABAIXO-ASSINADO CONTESTA LIMITES PARA ADMISSÃO NAS FORÇAS ARMADAS

Abaixo-assinado Limites das Forças Armadas
Aos Legisladores e a quem couber a edição da lei que definirão critérios para seleção
Aos senhores legisladores e a todos que terão por responsabilidade o estabelecimento da lei que definirá critérios para ingresso nas Forças Armadas:
Este documento representa a manifestação da população sobre os limites (como o de idade, gênero, estado civil, a condição de arrimo de família, altura e outros) que vinham sendo exigidos para ingresso em cursos de formação das instituições militares, mesmo aos que lá tem a intenção de fazer o curso superior, sem seguir carreira militar, como também à tendência atual dos projetos de lei para as Forças Armadas de estabelecer ao Comandante as normas e habilitações requeridas para o processo seletivo.

...

Este requerimento não visa especificar quais deveriam ser a faixa etária e outras condições, mas antes aponta uma real necessidade de revisão nas exigências de seleção atuais entendendo que os limites de idade da forma como estão - haja vista os dados supracitados - são considerados insatisfatórios pelos abaixo-assinados

CLUBES MILITARES EMITEM NOTA SOBRE O 31 DE MARÇO

Clubes militares emitem nota conjunta sobre o 31 de março: “Contra a baderna promovida pelo próprio governo”
A comemoração do movimento militar de 31 de março de 1964 foi retirado, neste ano, do calendário oficial do Exército. Os clubes Militar, Naval e Aeronáutico divulgaram hoje uma nota conjunta sobre os 47 anos da deposição de João Goulart. O texto é assinado pelo general Renato Cesar Tibau da Costa, pelo vice-almirante Ricardo Antônio da Veiga Cabral e pelo tenente brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista. Leia a íntegra.
Há quarenta e sete anos, nesta data, respondendo aos reclamos da opinião pública nacional, as Forças Armadas Brasileiras insurgiram-se contra um estado de coisas patrocinado e incentivado pelo Governo, no qual se identificava o inequívoco propósito de estabelecer no País um regime ditatorial comunista, atrelado a ideologias antagônicas ao modo de ser do brasileiro.
À baderna, espraiada por todo o território nacional, associavam-se autoridades governamentais entre as quais Comandantes Militares que procuravam conduzir seus subordinados à indisciplina e ao desrespeito aos mínimos padrões da hierarquia.
A história, registrada na imprensa escrita e falada da época, é implacável em relatar os fatos, todos inadmissíveis em um País democraticamente organizado, regido por Leis e entregue a Poderes escolhidos livremente pelo seu povo.
Por maiores que sejam alguns esforços para “criar” uma história diferente da real, os acontecimentos registrados na memória dos cidadãos de bem e transmitidos aos seus sucessores são indeléveis, até porque são mera repetição de acontecimentos similares registrado pela história em outros países.
Relembrá-los, sem ódio ou rancor, é, no mínimo, uma obrigação em honra daqueles que, sem visar qualquer benefício em favor próprio, expuseram suas carreiras militares e até mesmo suas próprias vidas em defesa da democracia que hoje desfrutamos.
Os Clubes Militares, parte integrante da reação demandada pelo povo brasileiro em 1964, homenageiam, nesta data os integrantes das Forças Armadas da época que, com sua pronta ação, impediram a tomada do poder e sua entrega a um regime ditatorial indesejado pela Nação Brasileira.
VEJA/REINALDO AZEVEDO

FX-2: BRASIL IGNORA DESEMPENHO DOS RAFALE E F-18 NA LÍBIA

Mariana Londres
Com compras suspensas, Brasil ignora desempenho de caças na Líbia
Dois dos três concorrentes em licitação atuam em coalizão contra Muammar Gaddafi

Foto: Eric Feferberg - AFP 
Caças Rafale, concorrentes na licitação brasileira, permanecem estacionados sobre o porta-aviões Charles De Gaulle para operar na Líbia; governo brasileiro não acompanha desempenho na Líbia.
Após o corte de R$ 50 bilhões no Orçamento deste ano, o Planalto de fato tirou a compra dos 36 caças pela FAB (Força Aérea Brasileira) da sua lista de prioridades. Prova disso é que nem o Ministério da Defesa e nem o Palácio do Planalto estão aproveitando o conflito na Líbia para observar a performance das aeronaves em uma guerra.
Na última quinta-feira (24), o almirante americano William Gortney disse que, ao todo, 350 caças participam da operação contra Muammar Gaddafi na Líbia. Desses, metade é da Força Aérea dos Estados Unidos, que possui, entre outros, o Super Hornet FA-18 da Boeing, concorrente na licitação brasileira.
A França, um dos maiores incentivadores aos bombardeios na Líbia, também participa da coalizão com seus caças Rafale – os preferidos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para vencer a concorrência.
Os suecos Gripen – que também competem na licitação do Brasil -, não participam da operação contra Gaddafi.

Ministério diz que observação é desnecessária
De acordo com o Ministério da Defesa, a observação das aeronaves não é necessária porque o ministério já finalizou os pareceres técnicos sobre os modelos, o que inclui a posição dos comandantes da Marinha e da Aeronáutica sobre a aquisição. Os pareceres já foram enviados à Presidência, e à Defesa, portanto não caberia mais nada a ser feito, neste momento.
Já o Planalto deixa claro que os planos de austeridade fiscal não abrem espaço para a compra de 36 aeronaves, que consumiria, de acordo com estimativas, cerca de R$ 10 bilhões. O valor supera o que foi cortado em gastos de custeio da Defesa. O corte da pasta soma R$ 4 bilhões.
Uma fonte do governo disse ao R7 que a presidente Dilma Rousseff está focada neste momento em cortar gastos e lançar programas sociais. A Rede Cegonha, que será lançada na próxima segunda-feira em Belo Horizonte, é um desses projetos. A fonte sinalizou que este não é o momento de se pensar na aquisição das aeronaves.
A compra dos 36 caças pela FAB era tratada como prioritária pelo governo Lula, mas acabou não concretizada pela análise criteriosa de qual seria o melhor negócio.
De acordo com o Ministério da Defesa, a compra não é uma simples aquisição de aeronaves. O negócio precisa contemplar a transferência de tecnologia e a capacitação profissional dos brasileiros para o uso dos caças.

STM SUSPENDE AÇÃO CONTRA MAJOR ACUSADO DE FALSIFICAÇÃO

Ministro suspende ação penal contra major da Aeronáutica acusado de falsificação
Por decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), está suspensa a ação penal a que um major da reserva remunerada da Aeronáutica responde por falsificação de documentos. A decisão liminar foi dada no Habeas Corpus (HC) 107146.
O Ministério Público Militar denunciou o acusado por infração ao artigo 311 do Código Penal Militar por 60 vezes. O major teria elaborado Declarações de Inspeção Anual de Manutenção (DIAMs), relativas a diversas aeronaves, assinando como responsável técnico. Para o MPM, a aparente regularidade atestada pelos documentos causou “evidente atentado contra a ordem administrativa militar aeronáutica e a segurança de voo”.
Essas declarações atestavam que as manutenções anuais obrigatórias estavam devidamente realizadas e eram destinadas ao Serviço Regional de Aviação Civil (Serac). Para a defesa, a competência para processar e julgar os fatos não seria da Justiça Militar pelo fato de que o Serac não realizava função de natureza propriamente militar.
O Superior Tribunal Militar (STM) negou habeas corpus por reconhecer sua competência para processar o major.
Mas, ao recorrer ao Supremo, a defesa argumentou que o Serac é um órgão de fiscalização e, “muito embora estivesse vinculado ao Comando Aéreo Regional, não realizava atividade de natureza militar, mas atividade secundária de fiscalização sobre empresas jurídicas de direito privado”.
Além de pedir a suspensão da ação penal, os advogados querem que, no julgamento de mérito, todo o processo seja considerado nulo a partir do recebimento da denúncia perante o “juízo militar absolutamente incompetente”.
Decisão
Ao determinar a suspensão do processo, o ministro Gilmar Mendes destacou que os documentos trazidos nos autos mostram a existência dos requisitos que autorizam a concessão de liminar. Mendes reconheceu, também, a existência de plausibilidade à tese sustentada pela defesa.
O ministro citou jurisprudência do STF em diversos julgamentos e destacou a decisão tomada no Conflito de Competência 7040, relator ministro Carlos Veloso (aposentado), que ressaltou a necessidade da “tipificação do crime militar exige o intuito de atingir, de qualquer modo, a Força, no sentido de impedir, frustrar, fazer malograr desmoralizar ou ofender o militar ou o evento ou situação em que este esteja empenhado”.
“Nestes termos, defiro o pedido de medida liminar para suspender, até o julgamento do mérito deste habeas, o trâmite do processo instaurado perante a 1ª Auditoria Militar, da 3ª CJM, Porto Alegre/RS”, finalizou o relator.
STM

SEIS MILITARES DO EXÉRCITO SÃO PRESOS POR AGREDIR CABO EM SP

Caçapava: militares são presos depois de agredirem colega
Seis militares do Exército de Caçapava estão presos por agressão a um colega.
A vítima tinha sido promovida de soldado para cabo e participou de uma comemoração na última quinta-feira. Durante a festa, que foi dentro do quartel, houve violência e o homem ficou ferido. Ninguém soube informar exatamente quais foram os ferimentos.
Ele foi encaminhado ao pronto-socorro da cidade e liberado no mesmo dia.
A vítima continua de licença médica e deve retornar ao trabalho ainda essa semana. O Exército está investigando o caso.
VNews

28 de março de 2011

TESOURADA DE DILMA: COM CORTES NO ORÇAMENTO, ARROCHO NOS QUARTÉIS COMEÇA MAIS CEDO

ECONOMIA: EXPEDIENTE REDUZIDO
- FOLGAS SEMANAIS NA MARINHA
Os quartéis começarão a amargar no mês que vem os efeitos do corte de R$ 4,3 bilhões no orçamento do Ministério da Defesa. As medidas em gestão serão anunciadas nesta semana.
Na Marinha, só falta assinar a portaria que indicará para as unidades a volta da chamada "Licença-fome": um dia por semana sem expediente para reduzir os gastos com alimentação da tropa, com energia (ao se desligar ar condicionado, elevadores e lâmpadas) e combustível.
Se não houver alteração em relação à proposta vista pela Coluna, além da folga já prevista para a segunda-feira, dia 4 (relativa ao pagamento), haverá folgas também nos dias 11 (outra segunda-feira), 22 (uma sexta-feira que vai emendar com o feriado do dia 21) e 29 (outra sexta-feira). Resta também definir se será necessário estender a licença também para maio.

ECONOMIA 2
- MENOS RECRUTAS
No Exército, a queixa, principalmente no Rio, é do menor número de recrutas incorporados. Falta saber, porém, se houve corte ou remanejamento para outros estados.

ECONOMIA 3
- MEIO EXPEDIENTE NA FAB
Na Força Aérea, estuda-se adiar treinamentos de voo e fixar meio expediente. A jornada na FAB ficaria de segunda a quinta-feira, das 13h às 17h, e às sextas, das 8h às 12h.

ECONOMIA 4
- COINCIDÊNCIA
O aperto de cinto neste primeiro ano do governo Dilma terá efeitos práticos uma ou duas semanas após o 31 de março. "Coincidência", garante oficial amigo da Coluna.

ECONOMIA 5
- DISCRIÇÃO NAS MEDIDAS
O aperto dos quartéis está sendo tratado discretamente. Mesma discrição que tirou o 31 de março (aniversário do golpe de estado de 1964) entre as datas festivas do Exército.
FORÇA MILITAR - O DIA ONLINE

HAITI: CAVALARIANOS SÃO HOMENAGEADOS EM PONTA PORÃ

11° RC MEC HOMENAGEIA OS MILITARES QUE COMPUSERAM O CONTINGENTE MILITAR NO HAITI
Na manha de hoje foi realizada na frente do 11° Regimento de Cavalaria Mecanizado uma formatura em homenagem aos militares que compuseram a missão de paz no Haiti. A solenidade contou com a presença dos militares do Regimento Marechal Dutra, autoridades do município de Ponta Porã, e familiares dos militares que participaram da missão de paz.
O Comandante do 11° R C Mec, Tenente Coronel Monteiro de Castro, enalteceu, em suas palavras, a excelência dos trabalhos desempenhados pelos militares do ONZE no Haiti e abordou que o Regimento Marechal Dutra sente orgulho desses guerreiros anônimos, que bem cumpriram suas missões num país devastado por catástrofes naturais.
Ao término da solenidade, foi descerrada uma placa alusiva ao evento, contendo o nome de todos os militares do 11° R C Mec que integraram essa missão.

Por ocasião do evento, o reporter Leo Veras realizou, entrevistas com alguns militares que compuseram a missão:
- Segundo o capitão CAVA, comandante do 4° Esquadrão de Fuzileiro Mecanizado de Força de Paz “o pelotão do 11° R C Mec realizou operações de patrulha a pé e motorizada; ações cívico sociais, como entrega de alimentos e materiais de primeira necessidade a população haitiana; escolta de autoridades; operações de vasculhamento, em conjunto com a polícia haitiana; e apoio à segurança durante as eleições presidenciais no Haiti”. O capitão CAVA relatou, ainda, que a saudade de casa era sentida quando as missões terminavam, pois, durante as mesmas, a concentração nos trabalhos era tamanha que não havia tempo para lembranças familiares. Ele informou, também, que o Exército colocava a disposição de todos os militares telefones e acessos a internet para que os mesmos pudessem contactar seus entes queridos.

- O 2° sargento POLGA, Adjunto da Seção de Operações do 2° Batalhão de infantaria de Força de Paz, tinha a expectativa em se deparar com um ambiente violento no Haiti, mas encontrou muito carinho por parte dos haitianos, pois sua cultura e costumes muito se assemelham aos nossos no Brasil. Segundo o sargento POLGA “havia uma identificação do povo haitiano com os militares da missão”. Para ele, o momento mais importante foi a eleição presidencial onde a missão do Exército Brasileiro foi vista com muito respeito, já que os haitianos buscavam manter um laço de amizade com os brasileiros.

- O cabo JEAN, integrante do 1° Pelotão de Fuzileiros Mecanizados do 4° Esquadrão de Fuzileiro Mecanizado de Força de Paz, disse: “Sempre quiz representar o Brasil no exterior e o Exército Brasileiro me deu essa oportunidade. Me sinto orgulhoso, assim como minha família.” De acordo com o cabo JEAN, a convivência com os haitianos o fez ter uma nova noção da realidade, já que no Brasil reclamamos de qualquer situação, enquanto no Haiti as condições de vida da população são muito mais difíceis, uma vez que aquele povo não possui moradias dignas e as mínimas condições de salubridade para viverem.

- O soldado VAREIRO, integrante do 1° Pelotão de Fuzileiros Mecanizados do 4° Esquadrão de Fuzileiro Mecanizado de Força de Paz, relatou: “minha expectativa ao sair do Brasil era poder ajudar na realização da missão que o Exército tinha em proteger e ajudar a população haitiana”. Para o soldado VAREIRO, o que colaborou para o sucesso da missão foi o treinamento que o pelotão recebeu aqui no Brasil, antes do embarque. O soldado VAREIRO disse, ainda, que sente-se muito realizado por ter participado como soldado do Exército Brasileiro nessa missão no exterior.
CAPITANBADO.COM

FAB: CARREIRA DE ESPECIALISTA COMPLETA 70 ANOS

Guaratinguetá abriga o maior complexo de ensino técnico da América Latina

Localizada no Vale do Paraíba, a 176 km de São Paulo, a Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR) abre todos os anos 1,5 mil vagas para jovens que já possuem diploma de nível técnico ou que desejam cursar uma das especialidades oferecidas pela Força Aérea em 27 diferentes áreas profissionais.
Durante o curso, o aluno recebe fardamento, assistência médica e odontológica, auxílio para material escolar e uma ajuda de custo mensal (soldo). Os estudantes passam a semana em regime de internato, com a expectativa de serem liberados às sextas-feiras ao final da instrução diária.
A escola oferece dois tipos de oportunidades para quem busca uma profissão na carreira militar: o Curso de Formação de Sargentos (CFS), com duração de quatro semestres letivos e que corresponde ao ensino técnico; e o Estágio de Adaptação à Graduação de Sargento (EAGS), para quem já possui diploma de curso técnico, com duração de 24 semanas. O corpo docente da Escola de Especialistas é formado por 180 professores, entre civis e militares.

Estudo
Até o ano passado, a EEAR formou cerca de 64 mil sargentos especialistas para a Força Aérea Brasileira. A concorrência para uma dessas vagas não foi fácil. “É preciso ser persistente. Passei dois anos tentando concretizar esse sonho. Abri mão de muita coisa, mas valeu a pena”, afirma a estudante Fernanda Goulart, primeira colocada no Curso de Formação de Sargentos de 2010.










Conheça especialistas que viveram mais da metade da história da FAB
Um viu um anúncio no jornal. O outro ouviu um parente contar sobre a carreira. Em comum, eram jovens com idade na faixa dos 17 anos. Buscavam uma profissão e um futuro. Lá se vão mais de três décadas no serviço ativo, dedicados à Força Aérea Brasileira e ao Brasil. Juntos, viram nascer o atual sistema integrado de controle de tráfego aéreo e a defesa aérea. Desbravaram o interior do país e ajudaram a escrever, ao lado de tantos outros, mais da metade da história da instituição que completou 70 anos em janeiro.
“Sou grato pela carreira que escolhi. Realizado e reconhecido”, afirma o Tenente-Coronel Controlador de Tráfego Aéreo Jari Carlos da Silva (na foto à esquerda), o oficial especialista com mais tempo de serviço ativo da Força Aérea. São mais de 42 anos de trabalho. Uma histórica que começou em 1968 a partir de um anúncio no jornal O Dia, falando sobre um cursinho preparatório para a carreira. O estudante disputou uma das 550 vagas oferecidas naquele ano e, ao lado de 22 mil candidatos em todo o país, garantiu a oportunidade com a 17ª melhor nota do concurso.

Na Escola de Especialistas de Aeronáutica, optou e foi escolhido para o curso de Controlador de Voo, nome dado à época aos Controladores de Tráfego Aéreo. Era uma época em que o país tinha cobertura radar apenas nas regiões terminais de São Paulo e Rio de Janeiro. O controle do tráfego era feito de forma convencional, apoiado em comunicações por rádio. Os atuais Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA) ainda não existiam.
De São Paulo, o então Terceiro-Sargento Jari seguiu para o Destacamento de Aeronáutica de Porto Nacional, hoje no Estado de Tocantins. Ali, conheceu a esposa, viu nascer o primeiro filho e a região central do país ser ocupada após a inauguração de Brasília. “Você não imagina o que era isso aqui naquela época. Era possível ver cobras atravessando a rua”, conta.
Nos anos 80, passou no concorrido concurso para oficial especialista e, como aspirante, foi trabalhar em Belém (PA). De lá, seguiu para o Serviço Regional de Proteção ao Voo de Brasília (SRPV), mais tarde absorvido pelo CINDACTA I. Hoje, o oficial trabalha na Subdivisão de Gerenciamento de Tráfego Aéreo do CINDACTA I, numa das regiões com maior volume de aeronaves no país.

“Valeu a pena. Tudo o que um graduado poderia atingir, eu consegui”, afirma o Suboficial Marcos Antonio Batista Coutinho (imagem à direita), que tem mais de 36 anos de serviço ativo na Força Aérea. O terceiro de cinco filhos, ouviu de um cunhado as primeiras informações da carreira. Na época, um cabo recém-aprovado para o curso de sargento da Escola de Especialistas de Aeronáutica.
Da primeira vez que prestou a prova, o Suboficial Coutinho foi aprovado, disputando um das vagas oferecidas com mais de 20 mil candidatos de todo o país. “Comecei como radiotelegrafista de terra”, afirma. Na época, esse profissional era o responsável pelo trâmite de informações entre as unidades militares, cuidava ainda da confecção e difusão dos boletins meteorológicos, da transmissão dos planos de voo, dentre outras funções. Hoje, essas atividades são apoiadas por modernos equipamentos.
Da Escola de Especialistas, em 1976, o jovem militar seguiu para o Comando de Defesa Aérea (COMDA). Lá, viu nascer a atual estrutura de defesa do país e trabalhou ao lado de lendários “Dijon- Boys”, como ficaram conhecidos os militares que introduziram o primeiro caça supersônico da Força Aérea no país: o Mirage III.
Na carreira, o militar foi o primeiro graduado do recém-criado Destacamento da Chapada dos Guimarães, nos anos 80, e comandante do Destacamento de Cachimbo, no Pará, de onde saiu em 2005. O Suboficial Coutinho passou a ainda pela Aditância do Brasil na França e trabalha hoje em dia no Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), em Brasília. “Acredito que o momento mais feliz da minha carreira foi o reconhecimento com a indicação para missão no exterior”, afirma
Agência Força Aérea

MORDOMIA: MILITARES GARANTE SEGURANÇA DE LULA NO EXTERIOR

No seguro
Cinco militares se revezam na segurança do ex-presidente Lula em Lisboa e Coimbra, onde receberá título de “doutor honoris causa”.
CLÁUDIO HUMBERTO

27 de março de 2011

MILITARES QUE ROUBARAM FUZIL DO EXÉRCITO SÃO PRESOS APÓS ASSALTO NO RS



O soldado temporário da Brigada Militar do RS, Willian Vendrusculo de Cordova (22), confessou à polícia que a quadrilha foi a autora do roubo do FAL (Fuzil Automático Leve) que aparece na reportagem. O fato ocorreu no último dia 2, na 13ª Cia DAM, em Itaara, cidade da região central próxima à localidade de Val de Serra, local do assalto à agência bancária.
Além de Willian, mais dois integrantes do bando são policiais militares, os solados Hugo Guilherme Cafieira Rodrigues (22) e Diego Antunes Soares (27). Ambos pertencem ao Batalhão de Operações Especiais, de Porto Alegre.

Leia também:

ENCAPUZADOS ATACAM SENTINELA E ROUBAM UM FUZIL EM QUARTEL DO EXÉRCITO

VOLTAMOS!

Depois de ficarmos todo o dia de ontem (26) sem acesso à web "por motivos alheios à nossa vontade", retomamos as postagens do blog, normalmente.
Aos leitores, minhas desculpas.

VÍDEO GAMES AJUDAM SOLDADOS A COMBATER PESADELOS DE GUERRAA

Os resultados de uma nova pesquisa revelam que os video games podem ajudar a impedir pesadelos. De acordo com uma pesquisa online envolvendo 98 militares que jogam regularmente games que envolvem guerra e combate — como Call of Duty e Medal of Honor —, jogos com essa temática minimizam o nível de "perigo e agressão" que os soldados sentem quando estão sonhando com uma guerra. Entre os entrevistados, os soldados que não possuem o costume de jogar relataram ter sonhos mais violentos durante seu período de sono, combinados com uma sensação de desamparo. A pesquisa foi realizada por Jayne Gackenbach, da universidade canadense Grant MacEwan, em Edmonton; ela apresentou alguns de seus resultados na Game Developers Conference — mais conhecida como GDC — no início de março.
A tese não parece se aplicar a militares com Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), visto que os soldados com o pré-diagnóstico de transtornos mentais foram descartados da pesquisa, que dividiu os demais em dois grupos — os de jogos em alta, e os de jogos em baixa —, baseado na frequência em que jogam video games. O primeiro grupo envolve pessoas que, diariamente ou várias vezes por semana, jogam franquias envolventes como o estratégico World of Warcraft, o bélico Call of Duty e o faroeste Red Dead Redemption. O segundo grupo mal tocava nos video games, disputando apenas algumas partidas casuais de vez em quando.
Aqueles no grupo dos jogos em alta relataram que seus pesadelos sobre combate foram menos intensos, e muitos no grupo também relataram que, muitas vezes, se sentiam capazes de lutar contra todas as forças que os ameaçavam em seus sonhos. Os jogadores de baixa frequência, por sua vez, já registraram mais incidentes envolvendo sentimentos de impotência contra um inimigo agressivo e violento. A teoria de Gackenbach, baseada em dados preliminares, indica que jogar video games violentos pode servir como uma espécie de "simulador de ameaça" — o que pode ser considerado uma forma de condicionar a mente para lidar com situações intensas e perigosas durante os pesadelos.
Na apresentação na GDC deste ano, que ocorreu em São Francisco, Gackenbach usou um soldado como exemplo. Eis o que ele disse:
"Eu já vi muitos soldados, em combate, com PSP's ou qualquer coisa que poderia ser ligada nos 220v. Quando os soldados não estavam em patrulha, nós tínhamos muitas vezes jogos violentos em nossos aparelhos. Era estranho; como se nós já não tivéssemos violência o suficiente."
A princípio, parece ser apenas mais um caso de vício em video games, mas existe um sentido muito mais profundo por trás disso. É o que explica Gackenbach ao site New Scientist:



"Essa cena intuitiva pode ser muito mais do que apenas uma manifestação de jovens, homens e mulheres viciados em video games trazendo para a guerra suas diversões favoritas consigo. Isso pode ser uma forma de auto-medicação. Eles estão levando [consoles de video game] ao campo e os jogam o tempo todo. E acontece que pode haver uma boa razão para deixá-los fazer isso."


Edição: A todos os que se perguntaram sobre o nome familiar na roupa do rapaz da foto, você acertou em cheio: é o Thiago Piccini, colaborador do Reino do Cogumelo, em mais um dia de trabalho...
Via Science, via Reino do Cogumelo

HAITI: TROPAS BRASILEIRAS ZELAM PELO RESULTADO DAS ELEIÇÕES

Com o maior contingente militar atuando pela reconstrução do Haiti, cerca de 2.350 homens e mulheres, o Exército Brasileiro deverá acompanhar a divulgação do resultado das eleições daquele país, prevista para o próximo dia 31, além da posse dos novos dirigentes e a composição do Parlamento haitiano. Mantendo rodízio entre as tropas brasileiras, o novo batalhão assumiu neste mês, em Porto Príncipe, capital do Haiti. Formado por 810 militares, o 2º Batalhão de Infantaria de Força de Paz (Brabatt 2) deverá permanecer por seis meses e terá como principal missão garantir a tranquilidade durante o restante do período eleitoral.
Além disso, as tropas, comandadas pelo coronel de infantaria Henrique Martins Nolasco Sobrinho, deverão se manter na linha de frente das atividades de assistência humanitária e de reestruturação daquele país. O trabalho do Exército brasileiro faz parte da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah).
A equipe brasileira chega ao Haiti após um ano do último terremoto que matou 250 mil pessoas, 18 delas militares brasileiros. No período ainda houve epidemia de cólera, ciclone extratropical, que provocou enchentes, e o furacão Tomas, que causou deslizamentos de terras.
Designado para representar a Câmara Federal na comitiva que acompanhou neste mês a posse do novo grupo militar brasileiro no Haiti, o deputado cearense Raimundo Gomes de Matos (PSDB) relata que o Brasil é, atualmente, o país de maior credibilidade no Haiti. “Você tem um diálogo cordial com a população. E isto facilita, inclusive, determinadas ações de vigilância e de organização. Tanto é que o Brasil foi galgado nessa posição de coordenar a Minustah por toda essa identidade e essa facilidade de comunicação.”, aponta o parlamentar.

Fora da agenda
Gomes de Matos indica que, atualmente, o comando de 18 países é feito pela generalidade brasileira, à frente da coordenação de todas as ações, como policiamento, organização e cuidados com a saúde. É nas dependências físicas do comendo brasileiro, inclusive, que estão armazenadas as cédulas de votação da eleição presidencial do país.
Observando certa perda de mobilização por parte da ajuda internacional ao Haiti, o parlamentar diz que a tendência que a atuação brasileira permaneça intensa. “A presença do Brasil ainda não sente nenhuma deficiência, nenhum fracionamento nessas ações. Eu acredito que o Brasil será o grande indutor, a partir dessas eleições, de efetivamente dar segurança para empossar o Parlamento, para empossar os novos gestores”, opina.

Onde
ENTENDA A NOTÍCIA
O Haiti é o país mais pobre da América Latina e a forte ação internacional, liderada pelo Brasil, apresenta-se fundamental à construção de um futuro melhor para o país. Um exemplo, sem dúvida, da nossa capacidade de inserção.

SAIBA MAIS
A situação do Haiti ainda constitui ameaça para a paz internacional e a segurança da região. Por isso, o Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) decidiu estabelecer a Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah), comandada pelo Exército Brasileiro.
A Minustah teve início no ano de 2004 e é composta por 8.358 militares e 1.858 policiais. O Brasil é o país com maior contingente no Haiti, com cerca de 2.350 homens e mulheres, e é quem comanda o braço militar da missão.
O POVO Online

CALDEIRA EXPLODE EM COZINHA DE BATALHÃO DO EXÉRCITO E FERE DOIS MILITARES

Uma caldeira industrial explodiu na cozinha do 23º Batalhão de Infantaria de Blumenau. Dois soldados foram hospitalizados.
Nota do Comando do 23º BI:
Em 24 de Março de 2011, por volta das 08h30min, uma caldeira industrial explodiu no interior da cozinha deste batalhão durante a confecção do almoço. No momento da explosão estavam na cozinha o Cabo do Efetivo Profissional, Renato Ventura e o Soldado do Efetivo Profissional, Zalmir Malaquias Junior, ambos do 23º BI.
Os militares sofreram queimaduras de 2º grau, aonde o Cabo Ventura foi encaminhado imediatamente ao hospital Santa Isabel e o Soldado Malaquias para o hospital Santo Antônio. Ainda não se sabe exatamente as reais causas do acidente que serão analisadas por meio de um processo administrativo interno e de um laudo pericial do Corpo de Bombeiros.
JOSÉ HENRIQUE DE CÁSSIO RUFFO – Coronel Comandante do 23º Batalhão de Infantaria.
Informações atualizadas 25/03/11
O cabo Ventura foi transferido para o Hospital São José de Joinville que é referência em atendimentos à queimados. O cabo Ventura teve mais de 40% do corpo queimado. O Soldado Malaquias está internado no Hospital Santo Antônio na UTI.

"COMISSÃO DA VERDADE É COMISSÃO DA VINGANÇA", AFIRMA JURISTA EM DEBATE NO CLUBE MILITAR

O Clube Militar realizou na tarde desta sexta-feira o painel "A Revolução de 31 de Março de 1964 - Com os Olhos no Futuro", com a participação do general da reserva Sergio de Avellar Coutinho, do advogado Ives Gandra Martins e da ex-deputada Sandra Cavalcanti, com a mediação do economista Rodrigo Constantino.
No debate, acompanhado por cerca de 200 pessoas, na sede do Clube Militar, do Centro do Rio, os participantes defenderam a necessidade do golpe em 1964 para frear o comunismo e criticaram a intenção de setores ligados ao governo federal de criar uma comissão da verdade sobre a ditadura militar.
Constantino começou o debate dizendo que ele é oportuno por acontecer num momento em que "coisas como a comissão da verdade e outras iniciativas, que querem tudo menos a verdade, pretendem reescrever a história sob um prisma falso e eivado de uma ideologia perversa".
"Eles não querem resgatar a verdade, porque a verdade deles não existe, é uma mentira. Memória histórica tem que ser resgatada por historiadores, com imparcialidade. Essa comissão da verdade é uma comissão da vingança", disse Martins.
Ele afirmou que a verdadeira intenção por trás da comissão é revogar a Lei de Anistia, mas duvidou que a tentativa tenha chances de prosperar.
Já Cavalcanti e Coutinho disseram considerar que a democracia está atualmente ameaçada no país. "O Brasil vem mantendo a sua versão de democracia, não uma democracia de fato. Sub-repticiamente, nós vivemos hoje sob uma tirania. Está em pleno andamento hoje uma república sindicalista", disse a ex-deputada.
Já para o general, "a revolução se encerrou em 1985, mas a perseverança dos comunistas, é preciso reconhecer, não acabou e continua até hoje".
Ele denunciou uma tentativa deliberada de solapar as Forças Armadas --com restrições orçamentárias, transferência de unidades e iniciativas revanchistas-- para eliminar barreiras a uma futura tentativa de instalar um regime totalitário de viés comunista. "A democracia é usada para a destruição da própria democracia", lamentou.
Nenhum dos debatedores chegou a propor uma nova revolução, mas Coutinho lamentou que não exista hoje uma figura e um partido para mobilizar os conservadores como o jornalista e governador da Guanabara Carlos Lacerda (1914-1977) e a UDN.
Menos radical que os demais debatedores, Martins disse que a presidente Dilma Rousseff --qualificada por Cavalcanti como "farinha do mesmo saco" de João Goulart, o presidente derrubado pelo golpe-- dá mostras de que não pretende ceder ao "núcleo pequeno, mas ainda forte, de radicais do governo" no revisionismo do passado. "Apesar de ter sido guerrilheira, ela está muito mais preocupada em governar eliminando arestas do que criando novas arestas", afirmou.
FOLHA.COM

"AMOR E REVOLUÇÃO": NOVELA DO SBT AINDA NÃO ESTREOU, MAS JÁ CAUSA MAL-ESTAR ENTRE MILITARES

Ferida aberta
Lauro Jardim
Amor e Revolução, novela do SBT cuja ação se desenrola durante a ditadura, só estreará em abril, mas já causa mal-estar entre os militares. Integrantes das Forças Armadas criticam os potenciais efeitos da novela na opinião pública. Ela deverá conter cenas de tortura, em um momento em que se discute a criação da Comissão da Verdade.
VEJA/RADAR ON-LINE

HAITI: ONU ANUNCIA NOVO COMANDANTE MILITAR DA MINUSTAH

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse nesta sexta-feira que o general brasileiro Luiz Eduardo Ramos Pereira será o substituto de Luiz Guilherme Paul Cruz à frente do comando da Missão de Estabilização das Nações Unidas para o Haiti (Minustah). Ban comunicou ao Conselho de Segurança a nomeação do novo comandante dos 12.230 militares e policiais encarregados de manter a ordem no país caribenho, que atravessa um momento delicado enquanto são contados os votos das eleições presidenciais e que ainda se recupera do forte terremoto de 2010.
"O secretário-geral aprecia o destacado desempenho do general Paul Cruz durante seu serviço na Minustah, onde sua dedicação, profissionalismo e liderança foram vitais para os esforços de estabilização da ONU no Haiti", afirmou nesta sexta-feira o porta-voz da ONU, Farhan Haq.
Paul Cruz foi nomeado para o comando da Minustah em março de 2010, encarregado de supervisionar a resposta dos "capacetes azuis" nos meses posteriores ao terremoto de 12 de janeiro de 2010, no qual 230 mil pessoas morreram e durante a realização das eleições presidenciais, cujo resultado ainda não está claro.
O mandato do militar termina em 31 de março. Ele cederá o lugar a Ramos Pereira, um general que, segundo o porta-voz do secretário-geral da ONU, conta com "uma distinta carreira militar" na qual ocupou diferentes cargos importantes. Nascido em 1956, Pereira entrou no Exército em 1976 e se graduou oficial três anos depois. Em sua trajetória, destacam-se a participação como observador da Força de Proteção das Nações Unidas na Antiga Iugoslávia (UNPROFOR, na sigla em inglês) entre 1992 e 1993, e o cargo de adido militar na embaixada do Brasil em Tel Aviv (Israel).
Desde sua implantação em 2004, o Brasil é o responsável por liderar a presença militar internacional no Haiti e, por isso, o comandante da Minustah tem sido um militar do País. A missão também é integrada por contingentes de países latino-americanos como Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, Guatemala, Paraguai, Peru e Uruguai, além da Espanha, França, Itália, Canadá e Estados Unidos, entre outros.
TERRA

EXÉRCITO PODE ASSUMIR OBRAS DO METRÔ DE SALVADOR

A Metrosal, consórcio responsável pelas obras do metrô, começará a ser fiscalizada pelo Exército. O general Rosalvo Leitão de Almeida, do Departamento de Engenharia do Exército, se reuniu na quinta-feira (24) com o prefeito João Henrique e o secretário da Casa Civil, João Leão, para começarem a definir as diretrizes da fiscalização.
Segundo Leão, ficou definido que, caso a Metrosal não conclua o serviço dos dois trechos iniciais do metrô, o Exército assumiria a construção. “Eles têm ótimas equipes de engenharia”. Para isso, o Exército será contratado pela prefeitura, embora o valor que isso custará não seja conhecido.
“O dinheiro vai sair do Ministério das Cidades. Temos R$ 4 bilhões liberados, só dependendo de projetos, e não podemos perder isso”, disse Leão. Segundo ele, um pré-orçamento feito pelo consórcio definiu que serão precisos mais R$ 86 milhões para a conclusão do primeiro trecho e R$ 463 milhões para a construção do segundo até o Campo da Pólvora.
CORREIO 24HORAS

25 de março de 2011

SARGENTO DO EXÉRCITO DESABAFA: "MEU CONTRACHEQUE PERTENCE ÀS FINANCEIRAS!"

O post é antigo (agosto de 2009), mas recebe comentários com frequência.
Hoje, porém, um deles me chamou a atenção, pois retrata a realidade de boa parte dos militares do Exército, que vivem em situação precária, fruto dos baixos salários, é verdade, mas agravada em muito pelo local onde servem e pelas péssimas condições oferecidas pela Força.
Leiam o desabafo de um primeiro-sargento:
"Tudo isso é muito lamentável. Sou 1Sgt, com 22 anos de serviço e ao longo de todo esse tempo, infelizmente, só vi as coisas piorarem, ainda mais. Sirvo no RJ e aqui o chicote é pior ainda. Fui transferido pra cá contra a minha vontade. Ao chegar aqui quase fui abandonado pela minha família, diante da nossa péssima situação financeira. Não tem HT, não tem PNR pra ST/Sgt, o Colégio Militar fica fora da realidade, pra quem mora na Zona Oeste, como eu, o medo da cidade pra quem não é daqui e muitas outras dificuldades. 
Meu contra cheque, esse não me pertence, e sim às financeiras, além, é claro, dos dos famosos descontos obrigatórios. 
O Exército, caso quisesse, poderia nos ajudar, pois, dentre outras, tem uma área enorme aqui na região, em Deodoro, onde eu me pergunto, porque não construir casas nessa área para atender aos praças? Será porque essa área é habitada pelos oficiais, os comandantes, os alunos da EsAO? Meu Deus. O que será de nós? 
As vezes o desespero toma conta da minha cabeça. Preciso de muito auto controle, para não fazer uma besteira. O que me fortalece é o meu otimismo. Eu ainda acredito. Tenho muita fé em Deus. Vai dar tudo certo. Abraços"
Leia:

LDO PREVÊ AUMENTO PARA OS MILITARES EM 2011!

POR QUE MEXER COM AS FORÇAS ARMADAS?

*Carlos Newton
Por que mexer com as Forças Armadas, a essa altura do campeonato, quando o país é governado por uma ex-guerrilheira e está tudo bem, em condições ideais de temperatura e pressão? Por que essa ânsia de demonstrar que no Brasil de hoje quem manda é o governo do PT, e os outros poderes são meros coadjuvantes, embora independentes entre si?
Na verdade, os poderes (o que inclui também o poder militar, que jamais deve ser menosprezado) precisam ser harmônicos e se respeitar. Não pode haver confrontos entre eles. Isso é tão óbvio que nem precisaria estar sendo escrito ou lembrado. Mas é que os ânimos estão esquentando, desnecessariamente, em função da falta de habilidade e da prepotência de determinados atores da cena política, que se sentem na condição de protagonistas.
Primeiro, no governo Lula, em dezembro de 2009 foi lançado o desastrado Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH). Algumas propostas do programa, formado por 27 projetos de lei, geraram fortes reações, como a que defendia a descriminalização do aborto, a que proibia a utilização de símbolos religiosos em locais públicos e a que dificultava a desocupação de terras invadidas.
Logo no mês seguinte, janeiro de 2010, os comandantes das Forças Armadas, descontentes com a possibilidade de militares serem investigados e punidos por crimes cometidos durante a ditadura, chegaram a ameaçar uma renúncia coletiva. O ministro da Defesa, Nelson Jobim também teria cogitado deixar o cargo se o projeto não fosse alterado.
Armou-se a confusão e o então secretário nacional de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, anunciou que poderia renunciar ao cargo, devido às críticas ao programa, concebido em sua pasta. Vannuchi discordava da possibilidade de militantes da esquerda armada durante a ditadura militar também serem investigados, como exigiam o ministro Nelson Jobim e as Forças Armadas.
Em fevereiro, novo capítulo: o general de quatro estrelas Maynard Marques de Santa Rosa foi exonerado da chefia do Departamento Geral de Pessoal, depois de ter criticado o projeto, por meio de uma carta que circulou na internet. O pedido de exoneração foi feito pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim. E a pressão nos bastidores acabou fazendo Lula voltar atrás e desistir do Plano.
Mas em maio de 2010, Lula mudou de ideia novamente, mas enviou ao Congresso apenas a parte do Plano Nacional de Direitos Humanos que cria a Comissão da Verdade, para “promover o esclarecimento circunstanciado dos casos de torturas, mortes, desaparecimentos forçados, ocultação de cadáveres e sua autoria, ainda que ocorridos no exterior”.
Na época, Dilma Rousseff já era candidata, mais uma vez houve forte reação nas Forças Armadas, somente agora revelada na imprensa. O governo Lula então decidiu não pressionar pela aprovação do projeto, vieram as eleições, tudo aparentemente serenou.
Mas logo no início do governo Dilma Rousseff, ao assumir no dia 3 de janeiro a Secretaria Nacional de Direitos Humanos substituindo Vannuchi, a ministra Maria do Rosário prometeu avançar no processo de reconhecimento das violações contra os direitos humanos no período do regime militar. Durante discurso na cerimônia de posse, ela pediu que o Congresso aprovasse logo a criação da Comissão da Verdade sobre os mortos e desaparecidos durante a ditadura. E começou tudo de novo.
Agora, surgiu um documento dos três comandantes militares, endereçado ao ministro da Defesa, com críticas severas à possibilidade de criação da Comissão da Verdade, para apurar exclusivamente os crimes dos militares, sem investigar o fato de determinados participantes da luta armada também terem cometidos muitos crimes, inclusive fazendo vítimas civis.
A presidente Dilma Rousseff não gostou da reação dos militares e convocou a palácio o ministro da Defesa. Ele então explicou que se tratava de coisas do passado, porque o documento teria sido redigido no ano passado, ainda no governo Lula. Mas acontece que o jornal O Globo, que trouxe a público o documento, garante que está datado de fevereiro deste ano.
Em meio a essa crise, surge a nomeação do ex-presidente do PT José Genoino para o cargo de assessor especial do ministro da Defesa, como uma compensação pelo fato de o parlamentar por não ter se elegido no ano passado. Os militares também não gostaram de engolir essa nomeação, que criou uma espécie de estranho no ninho deles.
Como se sabe, em 1970 Genoino participou da preparação e combate na guerrilha do Araguaia, que tinha como um de seus principais líderes o comunista Maurício Grabois. E Genoino foi um dos primeiros guerrilheiros que “caíram” na luta contra os militares, como se dizia no jargão dos clandestinos.
Segundo o deputado radical Jair Bolsanaro, que é porta-voz da linha dura dos militares, Genoino diz que foi torturado, mas na verdade nem precisou, porque logo ao ser preso ele teria delatado os companheiros. Para provar essa tese, em 2005 Bolsanaro levou à Câmara o coronel Lício Augusto Ribeiro Maciel, que participou da prisão de Genoino em 1970. Houve uma grande confusão na CPI do Mensalão, quando Genoino, um dos principais acusados, ia prestar depoimento, e o coronel estava presente. Genoino protestou e o coronel foi expulso da sala da CPI.
Uma agravante é que todos sabem que Genoino é um dos réus do Mensalão no Supremo. Ele foi apontado na denúncia do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, como um dos cabeças do esquema. Seu irmão, o hoje deputado federal José Guimarães (PT-CE) ficou famoso na época, porque um de seus assessores foi preso pela Polícia Federal no Aeroporto de Congonhas com 100 mil dólares na cueca e mais 200 mil reais numa maleta.
Com esse currículo, Genoíno é agora nomeado assessor direto do ministro Nelson Jobim. Por que esta nomeação? Não podem nem alegar que Genoino não tenha condições financeiras de se manter, já que ele completou 30 anos como deputado federal e faz juz a mais de 20 mil reais de aposentadoria na Câmara Federal. Será que abriu mão?
A exemplo do que já ocorrera com a indicação do mensaleiro João Paulo Cunha para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, a nomeação de José Genoino no Ministério da Defesa também significa uma afronta à cidadania e uma humilhação aos homens de bem. Demonstra cabalmente que um dos principais réus do mensalão, apesar de processado no Supremo, goza de total confiança do ministro da Defesa, que por sinal é ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, vejam que ironia.
Por que o governo do PT está agindo assim, abrindo áreas de atrito com as Forças Armadas e com os cidadãos em geral, sem a menor necessidade? Por que essa volúpia do PT em prestigiar os réus do mensalão, incessando José Dirceu, que hoje é quem manda no partido, e reabilitando figuras como Delubio Soares e Silvinho Pereira? E justamente agora, quando o Supremo ordena a quebra do sigilo fiscal de todos os 38 réus do processo do mensalão.
O ministro Joaquim Barbosa, relator do processo no STF, semana passada, determinou o envio de ofício à Receita Federal pedindo cópia da última declaração do Imposto de Renda dos denunciados. Barbosa acolheu solicitação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que requisitou a quebra do sigilo para que o Supremo já calcule possíveis multas, em caso de condenação dos acusados.
Diante dessa situação, sob qualquer ponto de vista que se analise essa estratégia do PT e do próprio governo Dilma Rousseff, a conclusão é uma só: trata-se de uma política errada e infantil. E perigosa, não há dúvida. Porque não leva a nada e arrisca tudo.
Imaginem, por exemplo, se as Forças Armadas vão permitir uma Comissão da Verdade que investigue as torturas e atrocidades cometidas pelos militares, mas jogue no buraco negro do esquecimento os crimes cometidos pelos guerrilheiros que enfrentavam a ditadura, como o caso do atentado a bomba em São Paulo, ocorrido em 1968 e que feriu gravemente um morador das proximidades, que teve uma perna amputada.
Segundo o jornalista Elio Gaspari, participou dessa ação terrorista a então jovem Dilma Rousseff. E o pior, o líder do atentado recebe hoje uma Bolsa-ditadura muito mais elevada do que a pensão paga ao inocente morador que foi mutilado. Além disso, a gravidade dessa ação terrorista foi um dos motivos alegados pelo regime militar para o retrocesso do Ato Institucional nº 5, no final de 1968.
E dá para entender a situação atual? Ah, Francelino Pereira, que país é esse? Quando você perguntou isso, na época em que era um dos parlamentares que serviam à ditadura, todo mundo levou na brincadeira. Mas na verdade é preciso perguntar sempre: Que país é esse?
*Jornalista. 
Tribuna da Imprensa, via Alerta Total

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