2 de outubro de 2011

DISPUTA DE TERRAS COM O CIGS MANTÉM FAMÍLIAS SEM ENERGIA ELÉTRICA EM MANAUS

Dificuldades impedem a chegada do Luz Para Todos a três mil famílias em Manaus
Acesso geográfico e brigas por terras são alguns dos fatores

O Programa Luz para Todos, do Governo Federal, ainda não chegou para três mil famílias em Manaus devido aos entraves ambientais, litígios de terra e a falta de abertura de ramais que impedem a instalação da estrutura necessária para levar energia elétrica para os moradores de comunidades do entorno da capital amazonense.
O coordenador do Comitê Gestor Estadual do Programa Luz para Todos, Robson Bastos, afirmou que o programa precisa atender os ribeirinhos que moram na margem direita do Rio Negro, que abriga áreas de proteção permanente, e na margem esquerda do Rio Amazonas, onde a existência de áreas de treinamento militar bloqueiam a passagem da rede elétrica que vai levar luz para as comunidades. “Precisamos ter um entendimento de todos no sentido de ser colaboradores e não complicadores”, afirmou.
“Levar luz para os ribeirinhos não é simples. São áreas de difícil acesso. Existem questões ambientais que impedem o avanço do programa. O acesso é de responsabilidade da prefeitura, pois os recursos do programa é para a eletrificação”, destaca Bastos.
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Um dos locais que tem sofrido com o impasse é a Comunidade Jatuarana, que recentemente virou notícia devido a um impasse entre os moradores da comunidade e oficiais do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS). “Temos um posto de saúde muito bem equipado, porém não funciona devido a falta de energia”, desabafou Maria José Amaral da Cunha, líder da comunidade.
A vereadora de Manaus, Lucia Antony, enfatizou que a população ribeirinha não pode ser prejudicada pelos impasses que impedem a expansão do Programa em Manaus. Para a parlamentar, a chegada da luz vai permitir que as comunidades desenvolvam a economia, gerando renda e lucros com, por exemplo, a produção de alimentos e atividades turísticas. “Manaus precisa se qualificar para atrair o turismo ecológico e comunitário”, disse a vereadora durante audiência pública nesta sexta-feira (30), na Câmara Municipal de Manaus (CMM).

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