8 de setembro de 2011

COMISSÃO DA VERDADE: GENERAIS DÃO CARTA BRANCA À AMORIM. MENSALEIRO ARTICULA NEGOCIAÇÕES COM O CONGRESSO.

Acordo
Celso Amorim recebe carta branca das Forças Armadas para aprovar Comissão da Verdade no Congresso

Roberto Maltchik (roberto.maltchik@bsb.oglobo.com.br)
O novo ministro da Defesa, Celso Amorim, recebeu carta branca dos comandantes de Marinha, Exército e Aeronáutica para negociar no Congresso a aprovação da Comissão da Verdade, que deve buscar informações sobre pessoas desaparecidas na ditadura militar. O acordo, segundo o assessor especial da Defesa, José Genoino, prevê que seja aprovado o texto encaminhado pelo governo, sem alterações, e respeitando integralmente a Lei de Anistia, referendada por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Com o aval dos comandantes militares, Genoino começou na última segunda-feira um périplo pelo Congresso atrás de apoio de governistas e oposicionistas para concluir a votação do texto ainda em setembro, tanto na Câmara quanto no Senado. A ideia é impedir o debate em comissões e permitir que a matéria seja votada, em regime urgência urgentíssima, diretamente nos plenários de Câmara e Senado.
Tudo será feito em acordo entre todas as partes
- Recebi a determinação do ministro Amorim para conversar com todos os líderes. Isso ocorreu depois que os comandantes procuraram o ministro para dizer que estavam de acordo com a aprovação da Comissão da Verdade, considerando o texto idêntico ao que foi enviado pelo governo ao Congresso. Não é uma comissão persecutória ou jurisdicional, mas sim de busca da memória - advertiu Genoino.
O assessor da Defesa explica que a aprovação do texto original fora avalizada ainda na gestão de Nelson Jobim. Porém, como houve troca do comando, se fez necessária nova consulta. De acordo com Genoino, governistas e oposicionistas estão de acordo para aprovar a comissão em sessão extraordinária. Assim, o progresso da proposta no Congresso não será atrapalhado pela disputa política entre governo e oposição.
- Esta é uma questão de estado, suprapartidária. Já conversei com praticamente todos os líderes. Há poucas resistências, individuais. Não creio que tenhamos maiores obstáculos (para a aprovação) - prevê.
As resistências estão concentradas no Psol e um pequenos grupos das bancadas do PT e PSB, que ainda buscam alterações no texto para que a comissão da verdade possa reabrir processos de tortura. Entretanto, esse não é o desejo da Defesa, nem teria o apoio dos comandantes das três Forças.
Nos próximos dias, governo e oposição devem decidir o nome dos relatores nos plenários da Câmara e do Senado.
- Tudo será feito em acordo entre todas as partes - assegura Genoino.
Em março, O GLOBO revelou que os militares estavam em desacordo com a aprovação da proposta, reação expressa em carta, que gerou desconforto no governo. Depois do episódio, a presidente Dilma Rousseff determinou que a defesa da comissão fosse feita ostensivamente pelos ministros do governo. Além de Amorim, os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, integram o grupo de articulação para aprovar o texto encaminhado pelo Planalto.
José Genoino ainda reafirmou o interesse do governo brasileiro em discutir a retirada gradual das forças das Nações Unidas que atuam no Haiti. Pontuou, no entanto, que a decisão cabe à ONU, que vai discutir o assunto em outubro, nos Estados Unidos.
O GLOBO


Comento:
Antonio Gramsci
Está muito claro: ou os comandantes militares são muito ingênuos ou aderiram de vez à cartilha petista. Nem a Velhinha de Taubaté acreditaria que, uma vez instalada, essa famigerada "Comissão" vá, efetivamente, debruçar-se sobre seu fato motivador: A VERDADE!
A verdade é o que menos interessa à essa corja, que hoje posa de defensora da democracia. O que está em jogo é a completa desmoralização das Forças Armadas e a glorificação dos que pegaram em armas não apenas para derrubar o regime militar, mas, fundamentalmente, para implantar no Brasil um regime totalitário, aos moldes de Cuba, China e da antiga URSS.
Essa gente, que sempre foi avessa ao regime democrático, agora se aproveita dele para reescrever a história sob sua ótica, na mais pura expressão prática do pensamento de Gramsci.
Ah! Vocês, militares, que estão 'se lixando' para a Comissão da Verdade não sabem que foi Antonio Gramsci? Acredite: os petistas sabem. Sugiro-lhes procurar saber, também. Depois, não vai adiantar nada imitar o Apedeuta e bradar: "Eu não sabia!"

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