31 de janeiro de 2010

C-115: O BÚFALO DA AMAZÔNIA

O ADEUS AO C-115 - O BÚFALO DA AMAZÔNIA

O avião era chamado de Búfalo, serviu na Amazônia até 2008, quando foi definitivamente desativado; era utilizado no lançamento de pára-quedas e transporte de cargas leves. O canal de televisão “AmazonSat” fez uma brilhante cobertura da despedida deste importante avião.
Segundo os especialistas, este avião foi fabricado no Canadá, pela De Havilland Canadá, tinha 29,26 m de envergadura e 24,08 m de comprimento. O grande diferencial era que ele tinha um “STOL”, o que garantia um pouso em pequenas faixas de terra e cobria longas distâncias na Amazônia.
Serviu por mais de 40 anos, ajudando no projeto para integrar a região da Amazônia e ampliar a presença das Forças Armadas em todo o território da floresta.
Segundo os pesquisadores Hélio Higuchi & Paulo Roberto Bastos Jr “A utilização do Búfalo na FAB no início de sua vida operacional não se diferenciou do perfil que era empreendido pelos C-82, o de típico transporte militar de carga e tropas. Apenas quando o 1º/9º GAv recebeu os seus exemplares é que o C-115 teve suas principais características exploradas ao limite. A história do Búfalo na FAB funde-se indelevelmente com a realidade diária da imensidão da Amazônia. Com número reduzido de pistas capazes de receber aviões de grande porte e incalculáveis distâncias impossíveis de serem percorridas por terra ou mesmo de barco, a floresta amazônica é completamente dependente do transporte pelo ar. E o C-115, desde o início, foi peça chave para a vida da população da selva. Nesses quase 40 anos de operação, ele foi fundamental no apoio às três Forças Armadas e à diversas agências governamentais que atuam na região, atuando em missões de logística, transporte de tropas, reabastecimento de destacamentos do Exército, Marinha e Aeronáutica, abastecimento de aldeias indígenas e pequenos povoados, evacuação aero médica e diversas outras atividades que só podiam ser executadas em função da capacidade do avião de operar nas piores e menores pistas imagináveis, com segurança e eficiência. Deve-se salientar também, como prova de sua confiabilidade, que, nos acidentes ocorridos com o modelo durante sua vida operacional até aqui, não houve a perda de nenhuma vida. A substituição dos Búfalos pelo CASA 295 encerra um capítulo brilhante na história da Força Aérea, que agora trabalha para alcançar a modernização da frota sem detrimento das missões cumpridas pelos vetores que saem de cena”.
Este gringo “cabocão” da Amazônia cumpriu a sua missão, um grande guerreiro; não sou militar, mas bato continência para ele; foi aposentado compulsoriamente, pois ainda tem fôlego para prestar algumas missões especiais no interior de São Paulo e no Equador (alguns C-115 foram doados pelas Forças Armadas do Brasil). Valeu C-115! Selva! 

COMISSÃO DA (IN)VERDADE - CANTEI A PEDRA: "ESSA COISA DE DOIS LADOS É CONVERSA FIADA", DIZ REPRESENTANTE DA SOCIEDADE CIVIL

Antes de ler a notícia do JB, leia o artigo que postei em 12 de janeiro: LULA E VANNUCHI LEVAM OS GENERAIS "NO BEIÇO".

COMISSÃO DA VERDADE: ACESSO A ARQUIVOS DAS FORÇAS ARMADAS
“Essa coisa de dois lados é conversa fiada. Só há um lado para se apurar: o da responsabilidade dos agentes do Estado”
Agência Brasil
BRASÍLIA - A Comissão Nacional da Verdade deverá ter um grande acervo de documentos sobre a perseguição a dissidentes políticos durante a ditadura militar (1964-1985).
O Arquivo Nacional dispõe dos papéis e registros dos setores de informação e monitoramento do Ministério da Justiça, do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério das Comunicações e de universidades públicas. Além desses, há informações de investigações da Polícia Federal à época do regime.
Há também dados mais recentes, como os produzidos após a redemocratização. Três incursões ao Pará e Tocantins renderam mais de 300 depoimentos sobre a Guerrilha do Araguaia (ocorrida no começo dos anos 1970); os oito anos de trabalho da Comissão da Anistia do Ministério da Justiça acumularam 60 mil processos sobre perseguições, demissões arbitrárias, tortura e exílio nos 21 anos de regime militar. Ainda há acervos como os do Brasil, Nunca Mais e de particulares como do Major Curió sobre o Araguaia, revelado no ano passado, e que o Ministério Público tenta obter.
“A Comissão da Verdade não realizará seu trabalho partindo do zero”, diz Paulo Abrão, presidente da Comissão da Anistia. Ele espera, no entanto, que a comissão tenha acesso aos arquivos da inteligência do Exército, Marinha e Aeronáutica. “O desafio da Comissão estará em chegar a esses documentos e verificar sua veracidade”, disse à Agência Brasil. Desde a redemocratização na década de 80, os militares afirmam, no entanto, que os documentos desses centros de informação foram destruídos.
Paulo Abrão é um dos seis membros do grupo de trabalho (GT) nomeado na última quarta-feira (27) pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, para elaborar até abril o anteprojeto de lei que institui a Comissão Nacional da Verdade. Os outros participantes são Erenice Guerra (secretária executiva da Casa Civil), ministro Paulo Vannuchi (Direitos Humanos), Vilson Marcelo Vedana (consultor jurídico do Ministério da Defesa), Marco Antônio Barbosa (presidente da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos) e Paulo Sérgio Pinheiro (ex-secretário de Direitos Humanos, representante da sociedade civil no GT). A Casa Civil coordena os trabalhos.
Para o presidente do Clube Militar, general Gilberto Figueiredo, “à primeira vista, a formação do grupo parece completamente desequilibrada. Parece difícil pensar em isenção”. Em sua opinião, o GT poderia ter um representante do Ministério da Defesa, um da Secretaria dos Direitos Humanos e os demais seriam historiadores e cientistas políticos que “examinem os fatos, sem a carga de paixão”. O general disse não ver problemas na instalação de uma comissão da verdade, “para verificar o que realmente ocorreu”.
Na avaliação do cientista político Paulo Sérgio Pinheiro, “essa coisa de dois lados é conversa fiada. Só há um lado para se apurar: o da responsabilidade dos agentes do Estado”. O ex-secretário pontua que o GT e a Comissão Nacional da Verdade deverão trabalhar com base no diálogo e no que já está previsto em lei; como a Lei nº 9140/95, que reconheceu como mortas as pessoas desaparecidas durante o regime militar.
O presidente da Comissão da Anistia, Paulo Abrão, reforça a necessidade de diálogo e também descarta que haja dois lados para serem apurados. “Não podemos raciocinar nesses termos. O pressuposto primeiro é que todas as partes têm intrínseca vontade em apurar a verdade” 

 Comento: Não sou nenhuma mãe Dinah, mas só os generais não imaginaram que isso fosse acontecer. Cantei a pedra aqui. Estava na cara que a esquerdalha iria montar o circo a seu gosto. 

Cá pra nós, ficou melhor que a encomenda. Sob o comando da Doutora Erenice (aquela do "banco de dados" sobre Ruth Cardoso), braço direito e sucessora de Dilma na Casa Civil e sem a presença de militares, a tal comissão vai dar as cartas e jogar de mão. 

Pouco importa se alguém vai ser julgado ou não! A palhaçada vai continuar e a história seguirá sendo contada segundo a versão dos falsos democratas, aqueles que pegaram em armas em defesa do "outro mundo possível", que existia atrás da Cortina de Ferro.

BBB 10: SE ANAMARA NÃO FOR ELIMINADA, SERÁ CONSIDERADA DESERTORA!

A imprensa noticiou que a Soldado PM da Bahia Anamara, que participa do BBB10, pedirá "exoneração" da corporação através de sua procuradora, Amanda Monteiro, que entrará com o pedido no dia 2, data em que a morena deveria apresentar-se pelo término das férias. "É como se ela tivesse pedido demissão", explicou Amanda.
A "paisanaria", além de não gostar de ler, não entende nada de legislação militar. O Código Penal Militar é cristalino em seu artigo 188, ao afirmar que incorre no CRIME de deserção "o militar que não se apresentar no lugar designado, dentro de oito dias, findo o prazo de trânsito ou FÉRIAS." A pena é de detenção, de seis meses a dois anos.
É simples: após as férias, a apresentação da militar é OBRIGATÓRIA. De corpo (e que corpo!) presente. Sem isso, o Comando da PM baiana não poderá nem mesmo analisar o pedido, quanto mais conceder o licenciamento.
Assim, se a morenaça não for eliminada na terça e  permanecer na casa por mais de oito dias, será, sim, considerada DESERTORA. É a lei.
A não ser que, para não ser espinafrada pela Globo, a PM da Bahia  ache um "jeitinho" de acomodar a situação. "Jeitinho" que, diga-se, não encontra amparo legal.
(Imagem: EGO)

SURPRESA: LULA NÃO É DEUS!

Isso é que dá ter a língua solta (muito) além da conta. O "velhinho" lá de cima resolveu dar um puxão de orelhas em Nosso Guia. Mas ele não se socorreu na UPA, que tanto elogiou. Foi correndo para o melhor hospital privado do Recife.

30 de janeiro de 2010

TCU ANULA LICITAÇÃO MILIONÁRIA DO GABINETE DO COMANDANTE DO EXÉRCITO

Bernardo Mello Franco
O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que o Exército anule concorrência de R$ 5,79 milhões para a prestação de serviços diversos ao gabinete do comandante Enzo Martins Peri. A auditoria do órgão encontrou indícios de sobrepreço e direcionamento no pregão, realizado em outubro e vencido por uma empresa de promoção de eventos de Brasília. Para o relator, ministro Marcos Bemquerer Costa, a licitação foi comprometida por "uma profusão de procedimentos inadequados e de ilegalidades".
A concorrência permitiria ao Exército elevar em mais de dez vezes seu gasto médio com eventos, que, segundo a denúncia aceita pelo TCU, é de R$ 500 mil anuais. A proposta vencedora teria inflacionado o valor de diversos itens em relação aos preços de mercado. Só a despesa com aluguel de auditórios saltaria da média de R$ 1 mil a R$ 3 mil para R$ 75 mil por dia.
A auditoria também apontou sinais de favorecimento à Personaliza Cerimonial, Eventos e Turismo Ltda, que entregou a proposta vencedora no mesmo dia em que o edital foi lançado. O lance ficou seis décimos de centavo abaixo do preço mínimo.
O edital suspeito previa o atendimento de "necessidades específicas" do gabinete. Para o TCU, isso autorizaria o Exército a contratar "uma miríade de serviços, todos sem caracterização adequada, como exige a lei".
Em resposta ao TCU, o coronel José Maria Fernandes de Amorim, ordenador de despesas do Exército, negou a existência de irregularidades e alegou que a anulação do pregão comprometeria a realização dos V Jogos Militares Mundiais. O argumento foi contestado pelo relator, que lembrou que o evento só ocorrerá em julho de 2011. Os oficiais do Centro de Comunicação do Exército não foram localizados nesta sexta à tarde para comentar a decisão. O telefone registrado pela Personaliza não existe. 

HAITI: ENTREVISTA COM O COMANDANTE DOS FUZILEIROS NAVAIS

Antônio Marinho
Mais de duas semanas após o terremoto que devastou o Haiti, a maior dificuldade dos militares brasileiros é dar conta das inúmeras tarefas nas quais estão envolvidos, principalmente garantir a distribuição de água e alimentos à população, e ainda reforçar a segurança para evitar saques aos depósitos de alimentos e às instalações da ONU. O capitão-de-fragata FN Júlio César Franco da Costa, comandante do Grupamento Operativo dos Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil no Haiti (XI Contingente), diz que os militares estão se desdobrando para realizar todas as atividades e, apesar da sobrecarga e do cansaço, sentem-se felizes em poder ajudar aos haitianos. Em entrevista por e-mail, ele conta como os fuzileiros brasileiros enfrentaram as primeiras horas após o tremor e fala da situação do país hoje.
O GLOBO - Qual é o efetivo do grupamento de fuzileiros navais brasileiros no Haiti? Qual era a principal missão ou função do seu grupamento antes do terremoto do dia 12? O que mudou no dia a dia dos militares depois da tragédia?
FRANCO - O Grupamento Operativo no Haiti tem 209 militares (19 oficiais e 190 praças). Nosso período estava previsto para terminar na próxima sexta-feira, dia 29 de janeiro. Com o terremoto, ficaremos até 5 de fevereiro de 2010. As principais tarefas eram cuidar do Ponto Forte 9 (a fábrica de gelo), na região de Citè Militaire; fazer o patrulhamento motorizado, mecanizado e a pé; apoiar a patrulha marítima da Polícia Nacional do Haiti (PNH); fazer a segurança da Penitenciária de Porto Príncipe e do Palácio Nacional em revezamento com o Brabatt, o batalhão brasileiro da Minustah. Entre outras atividades, estávamos nos preparando para as eleições que ocorreriam no final do próximo mês. Cabia ao nosso grupamento os trabalhos da Ilha de La Gonave, a 50km do porto de Porto Príncipe. Provavelmente, o pleito não ocorrerá na data marcada, porém toda a preparação para as eleições foi executada. Depois do terremoto, deixamos de cuidar das instalações que desabaram. Por outro lado, aumentou a nossa participação em missões de ajuda humanitária, como escolta de comboios de alimentos; segurança de equipes de resgate de diversos países, inclusive do Brasil; doação de alimentos a diversas comunidades carentes; escolta da Polícia Nacional do Haiti para recolhimento de dinheiro de bancos que desabaram para outras agências intactas; reconhecimentos de portos ao norte do país; segurança de depósitos de alimentos da ONU; e segurança a distribuições de alimentos realizadas por organismos internacionais.

HAITI: NOVO CONTINGENTE EMBARCA EM DUAS SEMANAS, DIZ COMANDO MILITAR DO SUL

O Comando Militar do Sul informou nesta sexta-feira que os militares sediados no Sul que irão participar do Batalhão de Infantaria de Força de Paz Haiti devem embarcar para o país caribenho em duas semanas. Antes disso, eles devem passar uma semana em Santa Maria e outra no Rio de Janeiro.
O CMS vai enviar ao Haiti 301 militares de diversas unidades sediadas na área do CMS, dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Inicialmente, o Comando havia previsto o envio de 350 militares,
Eles ficarão concentrados em Santa Maria por cerca de uma semana, onde passarão por inspeção de saúde, vacinação e exames médicos e laboratoriais. Após esse período, os oficiais vão embarcar para o Rio de Janeiro, onde se juntarão a outros militares do Comando Militar do Leste que também vão compor o Batalhão.
A data do embarque para o Haiti deve ser divulgada oficialmente na próxima semana, mas segundo o CMS, ele deve ocorrer na semana seguinte a que os militares estarão no Rio de Janeiro. Os militares irão ao Haiti para comporem uma Companhia de Comando e Apoio e um Esquadrão de Fuzileiros Mecanizado.

HAITI: NAVIO DA MARINHA LEVARÁ 700 TONELADAS EM MATERIAL E MEDICAMENTOS


Riomar Trindade Repórter da Agência Brasil
O navio Almirante Sabóia, de desembarque de carros de combate, começou a ser carregado hoje (28) no Terminal do Boqueirão, na Ilha do Governador, zona norte do Rio, com 700 toneladas de material para as tropas da Marinha e do Exército Brasileiro que estão no Haiti.
A viagem com o material está marcada para a próxima segunda-feira (1º), a partir da Base Naval do Rio de Janeiro. Além de levar apoio logístico, o navio também transportará ajuda humanitária para o povo haitiano, como medicamentos, roupas, alimentos, água engarrafada e barracas.
O Almirante Sabóia deve chegar a Porto Príncipe em 17 de fevereiro, onde permanecerá em operação na área, segundo a Marinha, por cerca de 30 dias em apoio às ações humanitárias e às tropas de paz das Nações Unidas, a Minustah.

29 de janeiro de 2010

BULLIYNG NO COLÉGIO NAVAL: MPM QUER ABERTURA DE IPM

O Ministério Público Militar (MPM) enviou nesta quinta-feira (28) um ofício ao 1º Distrito Naval pedindo informações sobre o caso de um estudante de 15 anos que teria sido vítima de humilhações e maus tratos no Colégio Naval de Angra, no Sul Fluminense. O MPM também questionou se já foi instaurado um Inquérito Policial Militar (IPM), e pede que, caso isso não tenha sido feito, que seja instaurado imediatamente.
Nesse mesmo ofício, o Ministério Público Militar cobra esclarecimentos sobre a internação e o estado de saúde do estudante. De acordo com o órgão, as primeiras medidas já foram tomadas e o caso já está sendo investigado.
O rapaz está internado na Unidade de Saúde Mental da Marinha, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, por suspeita de ter sofrido bullying – termo usado quando um grupo intimida e agride uma pessoa causando humilhação e violência. De acordo com a mãe da vítima, a ação teria partido de colegas e oficiais durante os treinamentos.
Em nota, o assessor de comunicação do 1º Distrito Naval da Marinha, comandante Paulo Fernando Amorim de Campos, negou as acusações. Ele disse que, devido a limitações legais, por ser um caso de saúde envolvendo um menor de idade, a Marinha não vai dar entrevista sobre o assunto. Mas divulgou que “o referido candidato participou de todas as atividades com os demais candidatos, sem reportar qualquer queixa, tendo requerido sua desistência do Colégio Naval por vontade própria".
Além disso, a Marinha disse ainda que o estudante foi encaminhado para o atendimento especializado por orientação médica .
A Justiça Militar quer, ainda, que o estudante seja ouvido. Até o início da noite desta quinta, segundo o órgão, o MPM não tinha sido procurado por nenhum parente do estudante. A Defensoria Púbica também está investigando o caso.
O caso
A mãe do estudante contou que ele sempre sonhou em entrar para o Colégio Naval em Angra dos Reis. Segundo ela, no dia 17 de janeiro o filho foi para o colégio para passar duas semanas de adaptação. Nos dias 19 e 20, ele teria ligado para pedir pertences e estaria muito agitado, dizendo para a mãe não ligar para o colégio.
No dia 21, ainda de acordo com a mãe do estudante, o capitão do Colégio Naval ligou e disse que o menino estaria nervoso, querendo desistir da escola. Ela falou com o filho, que teria chorado muito ao telefone.
Na última sexta-feira (22), a mãe recebeu outra ligação do colégio. O aluno estaria descontrolado e eles tiveram que sedá-lo. A família, então, foi chamada à escola. No dia seguinte, sábado (23), a mãe disse que encontrou com o filho e levou um susto.
“Ele estava com muito medo, muito assustado, dizendo que os militares estavam perseguindo a gente, que iam matar a gente”, contou ela.
No domingo (24), a mãe exigiu que o menino fosse transferido para um hospital militar e o jovem foi levado para o Hospital da Marinha, em Jacarepaguá. O estudante está medicado e, segundo a mãe, não há previsão de alta. Já no hospital, o menino contou à família que teria sido humilhado e ridicularizado no colégio por alunos veteranos e também por oficiais. 
Bullying
A mãe disse que ele ouvia dos acusados: “você é covarde. Você não agüenta? Pede para sair. Filhinho da mamãe, mariquinha”. Ela diz estar preocupada porque o filho está internado numa ala com doentes mentais crônicos.
Ela procurou a Defensoria Pública da União, que já pediu à Marinha "esclarecimentos sobre o estado de saúde do aluno" e, por ser menor de idade, "requisitou a transferência dele para uma unidade de tratamento regular".
De acordo com o pediatra Aramis Lopes Neto, o espaço de tempo foi curto para o jovem apresentar esse quadro e, por isso, o estudante poderia ter uma predisposição para sofrer o surto: “Isso pode ter desencadeado realmente um quadro de pânico e de desespero e esse surto psicótico, segundo o diagnóstico dado, pode ter sido precipitado pela situação de bullying. Mas é possível que esse rapaz já tivesse alguns sinais anteriores a essa agressão que ele sofreu dentro da escola”.
Entretanto, o médico ressaltou que se a violência foi explícita, pode ter gerado esse tipo de reação em pouco de tempo. 
Comento: 
Podemos analisar o caso sob dois prismas. 
Primeiro, a notória incapacidade da maioria dos civis em entender que estrelas e divisas não são coladas na farda com cuspe, elas são conquistadas arduamente, mercê de muitos sacrifícios. A pressão psicológica é inerente a qualquer curso de formação militar que se preze, notadamente quando se destina a formar profissionais, os oficiais e sargentos de carreira. A pressão é comum, nas primeiras semanas, para que o candidato mostre se realmente tem pendor para a carreira militar. Muitos não aguentam e são comuns as desistências logo no início, o que, convenhamos, é melhor para todos, candidatos e instituições.
O outro lado da questão é a falta de profissionalismo de alguns intrutores, cujo despreparo, muitas vezes,  coloca a perder um potencialmente bom profissional, pelos exageros cometidos e, principalmente, pela incapacidade em demonstrar ao instruendo o objetivo de ações desse tipo. O bom instrutor não executa ações desnecessárias e descabidas, nem tampouco demonstra descontrole perante os instruendos. Ao contrário, ele o respeita como pessoa e jamais fere sua dignidade. Instrutor competente é aquele que faz com que o aluno tenha sempre presente que determinada situação, por mais penosa que seja, faz parte de um planejamento criterioso e visa a sua formação profissional. Infelizmente, alguns militares mal preparados deixam o profissionalismo de lado e descambam para o exagero, que pode acabar em desvairio, responsável por  excessos de consequencias, por vezes, muito graves. Tais atitudes enxovalham a imagem das Forças Armadas e devem ser punidas com rigor.

CABO TRANSEXUAL GARANTE NA JUSTIÇA INCLUSÃO NA RESERVA

“Quando eles me reformaram, chorei muito. Durante 22 anos, servi exemplarmente às Forças Armadas. Durante 22 anos, nunca tive uma punição na minha ficha. Recebi condecorações e certificados pelos bons serviços prestados à corporação”
Maria Luíza, ex-J.C., primeiro transexual das Forças Armadas
São 10 longos anos de luta. Tempo suficiente para causar uma brutal mudança de vida. Mas a batalha ainda não terminou. Primeiro, o isolamento na caserna. E um parecer, do Alto Comando, a que o Correio teve acesso, em 2000, com exclusividade: “Atrofia testicular por provável ação medicamentosa. Transexualismo”. E a decisão que a afastaria para sempre, depois de 22 anos de serviços prestados à corporação, com condecorações e medalhas: “Incapaz, definitivamente, para o serviço militar. Não é inválido. Não está incapacitado total ou permanentemente para qualquer trabalho. Pode prover os meios de subsistência. Pode exercer atividades civis”.
Leia a reportagem completa no Correio Braziliense

VENEZUELA:Y VA A CAER, Y VA A CAER! ESTE GOBIERNO VA A CAER!

O vídeo abaixo foi feito no último domingo ( 24), na final do campeonato venezuelano de beisebol. Ele mostra o protesto da população da Venezuela contra o governo de Hugo Chávez. Provavelmente, você não verá estas imagens na TV brasileira. Nem preciso dizer que elas não passaram nem perto da TV venezuelana, totalmente censurada. Como diz Nosso Guia, "é democracia até demais!"
Faça sua parte: divulgue esse vídeo e ajude o povo venezuelano a se livrar do Chapolim de Caracas!
"1, 2, 3, CHÁVEZ TÁ PONCHAO!"
(Gíria. Siginifica VAI CAIR!)
"Y VA A CAER, Y VA A CAER! ESTE GOBIERNO VA A CAER!"
"RC TV! RC TV! RC TV!"
" SUCIO! SUCIO! SUCIO!"
A dica, como quase sempre, é de Reinaldo Azevedo

EXÉRCITO INSPECIONA ÁREA DE FUTURO BATALHÃO NO "NORTÃO" DO MT

Exército inspeciona área para batalhão de infantaria em Sinop
Uma comitiva formada por membros do Exército esteve em Sinop nesta quinta-feira à tarde para vistoriar a área às margens da BR-163, sentido Cuiabá, onde deverá ser implantado o batalhão de infantaria motorizado - o primeiro cuja localização estaria fora do eixo Cuiabá. No ano passado, a organização militar já havia confirmado o interesse pela maior cidade do Nortão.
De acordo com com o general do Exército e comandante do CMO (Comando Militar do Oeste), em Campo Grande (MS), Renato Ferrarezi, as negociações são mantidas no sentido de viabilizar recursos para o empreendimento ao qual estariam vinculados, em caráter inicial, 300 militares. 
"A possibilidade de que haja a construção desse batalhão é quase uma certeza e ações iniciais já estão em andamento e acontecerão gradativamente, conforme forem sendo destinados os recursos. Esse será o papel dos deputados, senadores e governador para realizar essa concretização", disse Ferrarezi, em entrevista ao Só Notícias.
Embora não precise prazos, o Exército presume ser necessário aproximadamente cinco anos para construir toda a unidade. Os recursos destinados à obra - valor ainda desconhecido - será proveniente do Governo Federal, por meio do Ministério da Defesa
Durante a vistoria, Ferrarezi lembrou que diferentes aspectos devem ser observados na região para garantir o batalhão de infantaria. O primeiro consiste em avaliar o espaço oferecido pelo Poder Executivo, isto é, em torno de 50 hectares, as facilidades e dificuldades de deslocamento, distância em relação às demais do Estado, condições políticas, bem como outros. 
De acordo com prefeito em exercício, Aumeri Bampi, o município irá trabalhar para garantir a área e também para a vila militar. Conforme ele, Estado e município devem gerir politicamente a iniciativa, ou seja, dando condições para o Exército descentralizar suas atividades para a região Norte.

HAITI: AMARGA ROTINA DE UMA MISSÃO BRASILEIRA

Emissários da paz, nossos soldados choram seus mortos, não têm folgas, dormem menos de quatro horas ao dia e garantem que não abandonarão a tarefa de reconstruir um país.
Claudio Dantas Sequeira
(IstoÉ) - Lidar com situações limites faz parte da rotina militar. Muito mais difícil, porém, é enfrentar o cenário infernal como o que surgiu no Haiti depois do terremoto de quase duas semanas atrás. Ao desembarcar em Porto Príncipe na terça-feira 19, fui testemunha da luta de nossos soldados para vencer, ou para atenuar, o clima de caos e desespero que tomou conta do povo haitiano. Logo no aeroporto, sob controle dos americanos, os militares brasileiros se mostram perfeitamente adaptados à cultura local, usando expressões do dialeto creóle (derivado do francês) na comunicação via rádio e até bandanas amarradas à cabeça. Já as patrulhas, que são obrigadas a cruzar a cidade em veículos abertos, não dispensam o colete e o capacete azul. A máscara cirúrgica também passou a integrar o uniforme, numa tentativa de minimizar o odor insuportável dos corpos que apodrecem sob os escombros de casas e edifícios. Sete dias depois do tremor que devastou a capital haitiana, as ruas de bairros como Carrefour e Citè Militaire ainda cheiram a morte. Mais urgente é a ajuda humanitária para atender um milhão de desabrigados. Apesar de a logística ser atribuição dos Estados Unidos, os militares brasileiros, além das ações de segurança, têm se encarregado de tarefas de distribuição de água e mantimentos. Na base General Bacellar, sede do Batalhão de Infantaria da Força de Paz (Brabatt), haitianos famintos se reúnem em filas quilométricas todos os dias. De hora em hora, pequenos grupos são autorizados a entrar para pegar garrafas de água.
Muitos feridos também buscam ajuda no local. A enfermaria, montada de improviso num pátio de estacionamento, é formada de tendas e macas. Está superlotada. Os casos mais graves são transferidos para o hospital de campanha montado pela Aeronáutica. “Temos atendido muitos casos de lesões na pele e esmagamentos causados pelos escombros”, explica o major João Couto. Ele compara o movimento ao de uma emergência de hospital público em São Paulo. Mas a cena de corpos mutilados parece ter saído de um ambiente de guerra. Ao falar com ISTOÉ, o major Couto tinha acabado de atender Rudolf, o bebê da haitiana Marie Santelais, ferido na cabeça e no braço direito, que foi amputado. A criança, de 1 ano e 8 meses, ainda é muito nova para compreender o que lhe ocorreu. A mãe, uma dona de casa que vende abacate para sustentar a família, parece resignada. “Você tem comida ou água para mim? Você tem dinheiro para me ajudar a reconstruir minha casa?”, me pergunta. Não tenho uma resposta adequada. O major diz que casos como o de Rudolf são frequentes: “Já fiz cinco amputações. A mais grave foi a de um paciente que teve as pernas esmagadas.” Vários dos feridos gemiam, os médicos-soldados faziam o que podiam, como curativos de emergência. Comandante do Brabatt, o coronel João Batista Carvalho Bernardes conta que “nos primeiros dias os haitianos largavam seus mortos na nossa porta”. O governo haitiano estima o número de mortos em 75 mil. Os feridos seriam 350 mil, e haveria um milhão de desabrigados. Desde o terremoto, o coronel Bernardes teve sua rotina virada de ponta cabeça. A cada minuto, segundo ele, surge uma nova crise. As horas de sono se encurtam, as atividades físicas e de lazer foram eliminadas das escalas diárias.
A prontidão é absoluta e o nível de stress desafia a resistência emocional. “Fiquei acordado nas 48 horas seguintes ao terremoto e tenho dormido apenas quatro horas por noite”, diz o comandante das forças brasileiras. A situação da tropa não é diferente. As patrulhas ocorrem durante o dia e também à noite, quando na cidade, às escuras, aumenta o temor de um eventual ataque de gangues que voltaram a operar. A tensão dos soldados é visível. Mas, graças ao domínio de expressões do creóle, os militares trocam saudações com a população e procuram manter a calma. Na volta ao quartel, os soldados tomam banho quente e jantam. O prato inclui carne de panela, batatas e uma salada de frutas. No refeitório, um quadro de avisos traz mensagens de apoio de familiares no Brasil. Na televisão, passa a novela das 21h. Antes de se recolherem, nos contêineres adaptados com quatro camas de campanha, eles têm que entregar um informe sobre a situação em campo. Os mais cansados vão logo dormir, pois o dia seguinte começa cedo. Quem ainda tem um pouco de energia aproveita a presença dos visitantes, entre jornalistas e diplomatas, para conversar. No bate-papo, todos falam da saudade de casa, do azar dos companheiros que morreram pouco antes do retorno ao Brasil e lamentam as agruras do povo haitiano. Após a cerimônia póstuma, ocorrida na noite da terçafeira 19, quando os corpos dos militares foram enviados ao Brasil, a maioria dos soldados apresentava abatimento.
Um cabo, que pediu para não ter seu nome publicado, não via a hora de abandonar aquela terra de dor e voltar para os braços da família. “Se me dessem cinco minutos para arrumar minhas malas e sair daqui, não pensaria duas vezes.” Seis meses é o tempo limite para permanência na missão. Durante esse período, a vida é uma espécie de confinamento. Dentro da base, que se tornou o centro nevrálgico das operações brasileiras, o clima é de apreensão. Normalmente, o local concentra em média 500 a 600 soldados, de um contingente total de 1.266 militares destacados no Haiti. Também há pelotões do Chile, do Equador e até do Nepal. Mas com a chegada de equipes de bombeiros e enfermeiros militares, além da presença de diplomatas e jornalistas, a base alcançou seu limite e a ampliação dos esforços para a reconstrução do país vai requerer novas instalações. Toda a infraestrutura montada reflete a intenção do Brasil em manter por bastante tempo sua presença no Haiti. Potentes geradores produzem energia suficiente para uma pequena cidade. Há uma academia de ginástica, telefones públicos e internet, o que permite o contato frequente dos militares com suas famílias no Brasil. Em tempos normais, quando algum soldado apresenta sintomas de stress, o médico lhe recomenda uma folga. Depois do terremoto, porém, os dias de descanso foram suspensos. E a rotina dos soldados brasileiros no Haiti tornou-se ainda mais amarga e dramática. Quem percorre as estreitas ruas de Bel Air, o bairro mais atingido pelo terremoto, depara-se com uma paisagem desoladora, que certamente não constava de nenhum dos manuais reparatórios de missões de paz da ONU. Quarteirões inteiros sucumbiram ao tremor. Focos de incêndio surgem a cada momento, pessoas arriscam a vida sobre escombros em busca de comida ou algo de valor. Há poucos dias, os capacetes azuis tiveram que usar escavadeiras para desobstruir avenidas tomadas por montanhas de corpos.
Na favela de Cité Soleil, a maior do Haiti, a força brasileira mantém uma unidade, em frente à qual uma enorme aglomeração bloqueia a rua para pegar a água não potável de um encanamento que se rompeu. Os militares tentam em vão organizar uma fila. Por diversas vezes, durante o percurso, impressionado com o que via, comentei com um soldado que me acompanhava na caçamba de um caminhão da ONU: “Vinte anos não serão suficientes para reconstruir este país.” Ao que ele me respondia, otimista: “Nada disso. Vamos reerguer o Haiti das cinzas.” Pode ser que ele tenha razão, mas não será nada fácil. Até agora, nem o governo nem a ONU conseguem estimar o prejuízo deixado pelo terremoto.
Fonte: IstoÉ

HAITI: FAB ATENDEU MAIS DE DUAS MIL VÍTIMAS EM HOSPITAL DE CAMPANHA


FAB atendeu 2.055 vítimas em Hospital de Campanha no Haiti
Mais três aviões decolaram rumo ao país caribenho; porta-aviões italiano levou mais 74 brasileiros
Maíra Teixeira, da Central de Notícias, e Agência Estado
A Força Aérea Brasileira (FAB) divulgou comunicado na noite desta quinta-feira, 28, informando que 2.055 atendimentos foram realizados no Hospital de Campanha da Aeronáutica (HCAMP), em Porto Príncipe, capital do Haiti.Hoje, mais três aeronaves da FAB decolaram rumo ao Haiti com mais 24,37 toneladas de carga. Até o momento, a FAB já transportou 432,35 toneladas de carga e 926 passageiros em apoio à Operação Haiti. 
Também nesta manhã, setenta e quatro brasileiros, entre militares e civis, embarcaram no Porto do Mucuripe, em Fortaleza, no porta-aviões Cavour, da marinha italiana. Eles farão parte da operação conjunta Brasil/Itália de ajuda humanitária ao Haiti. Esta é a primeira vez que as marinhas dos dois países atuam em parceria.
O objetivo maior da missão será realizar atendimento médico no próprio navio, que servirá como hospital para os sobreviventes do terremoto que abalou o Haiti no dia 12. A previsão é que a embarcação chegue ao seu destino em 1º de fevereiro e permaneça por um mês ou mais atuando ao longo da costa haitiana.

28 de janeiro de 2010

VÍDEO: TREINAMENTO DO EXÉRCITO PORTUGUÊS PARA A GUERRA DO ULTRAMAR

A "Guerra do Ultramar" se deu entre Portugal e suas antigas províncias ultramarinas de Angola, Guiné-Bissau e Moçambique, entre 1961 e 1974.
Este vídeo mostra o treinamento da tropa em Moçambique, possivelmente no final da década de 1960.
Pela amostra, se explica porque os portugueses foram derrotados. E ainda batizaram o filme como sendo dos "Comandos" portugueses. Que tal?
A imagem e o som são deficientes, mas vale pelo registro histórico.

FORUM SOCIAL MUNDIAL: O "OUTRO MUNDO POSSÍVEL", RETRATADO EM BOTTONS


Que salada de frutas (ou bottons) indigesta hein???

HAITI: GENERAL ENTRA NA ONDA DO "MEGALONANICO" AMORIM

Exageros no Haiti

Autoridades brasileiras deveriam ser comedidas na ânsia de propagandear e adular o chefe

(Editorial de O Globo)

Os adversários são os primeiros a reconhecer a especial aptidão do PT para a propaganda e o marketing. Fatos positivos de seus governos são "vendidos" como se mais valiosos fossem, e fracassos costumam ser encobertos por uma cortina espessa de declarações e desmentidos veementes.

Tucanos chegam a lamentar, em contraposição, a falta de traquejo do PSDB para falar da própria folha de serviço. A ponto de algumas pesquisas creditarem o controle da inflação e a estabilidade econômica a Lula, quando ele e o PT foram contra o Plano Real. É tão forte este traço nos petistas que até a política externa brasileira, de longa tradição, com ritos e costumes consolidados, terminou contaminada por essa cultura. É o que ficou evidente na reação do general brasileiro Floriano Peixoto, comandante-geral da missão da ONU no Haiti, quando as tropas americanas começaram a distribuir alimentos em Porto Príncipe. Incomodado, o general mobilizou suas tropas, ornamentou veículos com bandeiras do Brasil, e tratou de pessoalmente comandar também uma distribuição de alimentos, enquanto pedia a fotógrafos para registrar a operação.

Embora também possa haver na reação do general um traço do conhecido complexo de inferioridade brasileiro diante de ricos em geral e americanos em particular, a intenção propagandística da mobilização de soldados foi clara. O aguçado senso de marketing seria confirmado logo depois pelo chanceler Celso Amorim ao propor, em Porto Príncipe, um "Plano Lula" para reconstruir o Haiti, numa reedição do Plano Marshall, que reergueu a Europa depois da Segunda Guerra.
Autoridades brasileiras deveriam ser comedidas na ânsia de propagandear e adular o chefe. 

27 de janeiro de 2010

CORONEL AUTORIZA TENENTE A SER RAINHA DE BATERIA NO CARNAVAL CARIOCA


O comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Mário Sérgio Duarte  autorizou: a tenente Júlia Liers, de 24 anos, pode ser a rainha de bateria da Independente de São João de Meriti, do antigo Grupo de Acesso C.
A oficial, que trabalha no batalhão do Leblon, também foi convidada pela diretoria da Porto da Pedra para ser destaque no carro abre-alas.

A oficial esteve hoje cedo no Quartel General da corporação, onde ouviu o sim do comandante. E uma recomendação: discrição nas roupas.

HAITI: REFORÇOS SÓ CHEGAM EM FEVEREIRO

A pedido da ONU, Brasil enviará mais 900 militares ao Haiti, a partir da segunda quinzena de fevereiro
Foto:Francisco de Assis/Especial para Terra
A pedido da ONU, Brasil enviará mais 900 militares ao Haiti, a partir da segunda quinzena de fevereiro
Eliano Jorge
A urgência tem lá seus aspectos relativos. Apenas mais de um mês depois do devastador terremoto, embarcará ao Haiti a primeira parcela das tropas adicionais de 1.300 brasileiros solicitadas pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Obrigado a passar por fases burocráticas e de planejamento, o envio de reforços "imediatos" está previsto para se iniciar na segunda quinzena de fevereiro.
"Esse prazo, entretanto, demanda autorizações na esfera política, tempo mínimo para preparação e deslocamentos, além do desembolso de recursos nos valores que ainda estão sendo levantados", esclarece a Terra Magazine o Centro de Comunicação Social do Exército. O tremor aconteceu em 12 de janeiro.
A prioridade é arregimentar militares entre os cerca de 10 mil que compuseram a Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti (Minustah) desde 2004 e se revezaram em trocas semestrais de contingentes. "Em virtude do pouco tempo para a preparação", justificou o Exército Brasileiro, sem confirmar, no entanto, se será necessária nova etapa de treinamentos específicos.
"Cerca de 900 militares estarão enquadrados em um novo Batalhão de Infantaria de Força de Paz", informa o Exército. "A Marinha do Brasil deverá contribuir com 90 fuzileiros navais; a Força Aérea, com um oficial de ligação; e o Exército, com 809 militares, dos quais 150 formarão uma Companhia de Polícia do Exército".
Dos 1.300 militares autorizados emergencialmente pela Comissão Representativa do Congresso Nacional nesta segunda-feira, 25, a se unir à Minustah, 400 não viajarão tão cedo. "Demandarão estudos complementares, que ainda não foram iniciados", diz a assessoria de comunicação do Exército, que detalha a origem dos pelotões:
- O Comando Militar do Sul mobiliará a Companhia de Comando e Apoio e o Esquadrão de Cavalaria; o Comando Militar do Leste, a Companhia de Polícia do Exército; e os Comandos Militares do Sudeste e do Nordeste, uma Companhia de Fuzileiros, cada.
Para aderirem à iniciativa, engenheiros militares ainda aguardam solicitação da ONU ao Brasil, que já prepara "uma Companhia de Engenharia de Força de Paz na Minustah, com missão específica de execução de tarefas para facilitar a circulação, melhorar a infra-estrutura e realizar construções para proteção das tropas da ONU que operam naquele país".

PORTA-AVIÕES QUARENTÃO RETORNA À ATIVA



Foto: Defesa.com

No estaleiro desde 2005, porta-aviões ‘São Paulo’ vai voltar
Único porta-aviões brasileiro, o “São Paulo”, ex-“Foch”, deve voltar a navegar no final de março, após quase cinco anos no estaleiro para “manutenção e modernização”, informou a Marinha à coluna. Mas só vai operar no segundo semestre, após inspeções e treinamento. Para levar ao Haiti equipe médica e helicópteros, a Brasil aceitou carona do porta-aviões “Cavour”, da Italia. A idéia, diz a Marinha, foi dos italianos.

Segunda mão
Fabricado há 40 anos, o rebatizado porta-aviões “São Paulo” foi comprado da França, em 2000, por cerca de US$ 25 milhões.

Incêndio a bordo
Em maio de 2005, um incêndio a bordo matou três tripulantes. A Marinha prometeu entregá-lo “reformado” em agosto de 2009.

26 de janeiro de 2010

FINALMENTE: GENERAL DA ATIVA BOTA A BOCA NO TROMBONE!

A COMISSÃO DA "VERDADE?"?
A verdade é o apanágio do pensamento, o ideal da filosofia, a base fundamental da ciência. Absoluta, transcende opiniões e consensos, e não admite incertezas.
A busca do conhecimento verdadeiro é o objetivo do método científico. No memorável "Discurso sobre o Método", René Descartes, pai do racionalismo francês, alertou sobre as ameaças à isenção dos julgamentos, ao afirmar que "a precipitação e a prevenção são os maiores inimigos da verdade".
A opinião ideológica é antes de tudo dogmática, por vício de origem. Por isso, as mentes ideológicas tendem naturalmente ao fanatismo. Estudando o assunto, o filósofo Friedrich Nietszche concluiu que "as opiniões são mais perigosas para a verdade do que as mentiras".
Confiar a fanáticos a busca da verdade é o mesmo que entregar o galinheiro aos cuidados da raposa.
A História da inquisição espanhola espelha o perigo do poder concedido a fanáticos. Quando os sicários de Tomás de Torquemada viram-se livres para investigar a vida alheia, a sanha persecutória conseguiu flagelar trinta mil vítimas por ano no reino da Espanha.
A "Comissão da Verdade" de que trata o Decreto de 13 de janeiro de 2010, certamente, será composta dos mesmos fanáticos que, no passado recente, adotaram o terrorismo, o sequestro de inocentes e o assalto a bancos, como meio de combate ao regime, para alcançar o poder.
Infensa à isenção necessária ao trato de assunto tão sensível, será uma fonte de desarmonia a revolver e ativar a cinza das paixões que a lei da anistia sepultou.
Portanto, essa excêntrica comissão, incapaz por origem de encontrar a verdade, será, no máximo, uma "Comissão da Calúnia".
General-de-Exército Maynard Marques de Santa Rosa
Chefe do Departamento-Geral do Pessoal
Resitência Militar
Comento: é quase um milagre! Um general de quatros estrelas da ativa botando a boca no trombone é coisa que há muito tempo não se via. Parabéns, General Santa Rosa. Nem tudo está perdido.

CONGRESSO AUTORIZA DOBRAR O EFETIVO NO HAITI

Em votação simbólica, o Congresso Nacional autorizou o envio de mais militares para compor a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah). A aprovação do decreto dobra o número de militares na missão passando de 1.266 militares para 2.600.
Agência Brasil

25 de janeiro de 2010

BANDEIRA, PRA QUE TE QUERO?


"O projeto do Mercosul passa pela criação de um identidade latino-americana que de muito transcende objetivos meramente econômicos" e o hasteamento de "um símbolo poderoso como o da Bandeira sem dúvida irá ajudar na criação do sentimento de solidariedade regional que ora precisamos cultivar."
Deputado Dr. Rosinha (PT/PR)

Ricardo Montedo
Brasileiros em geral e militares em particular receberam um indigesto presente no último Natal. O Diário Oficial da União do dia 24/12 publicou ato do Presidente Lula, dando nova redação ao artigo 13 da Lei nº 5.700, de 1971, que rege a utilização dos símbolos nacionais.
A modificação torna obrigatória o hasteamento da bandeira do Mercosul, juntamente com o Pavilhão Nacional, nos prédios públicos do País todo, inclusive, claro, os quartéis.
No Brasil, ninguém dá bola para a Bandeira Nacional senão em época de copa do mundo. A Bandeira é só uma a mais, bem menos popular do que as de Flamengo, Corínthians, São Paulo, etc.,  agora travestidas em “manto sagrado”.
O sentimento de brasilidade se expressa de várias formas, mas os símbolos nacionais raramente fazem parte disso. Por vezes, dando razão à Nelson Rodrigues - "o patriotismo é o último refúgio dos canalhas" - assistimos cenas como as do menino Sean embarcando no avião que o levaria aos EUA com a camiseta do Brasil. Nada mais calhorda que expor uma criança para tentar despertar o fervor cívico da opinião pública em torno de uma disputa que é (ou deveria ser) da esfera privada.
Quem não lembra de Romário acenando a Bandeira da janela do avião que trazia a seleção campeã da Copa dos Estados Unidos, numa manifestação cívica que legitimou a muamba que boleiros e dirigentes trouxeram na bagagem? E provocou a demissão do (digno) Secretário da Receita Federal, que exigia o pagamento do imposto devido?
 Excluídos episódios como esses e as propagandas ufanistas do governo Lula (aliás, como nunca antez neste país, nem na época do general Médici), os Símbolos Nacionais são solenemente ignorados, exceto por uma categoria de cidadãos: os militares.
São os fardados que mantém viva a chama do patriotismo, dos valores do País, do orgulho em ser brasileiro, no intervalo entre uma copa do mundo e outra. O respeito aos Símbolos Nacionais é cultuado com fervor dentro dos quartéis. À exceção dos militares, os brasileiros consideram pagar mico cantar o Hino Nacional ou parar na rua para assistir o hasteamento da Bandeira.
Agora, os milicos farão tremular, pelos confins do País, a bandeira do Mercosul ao lado do “auriverde pendão da esperança”.
Num ato pouco relevante para a maioria alienada, a turma do Foro de São Paulo, na surdina, cumpre mais uma etapa no processo de realinhamento do projeto de poder marxista, sob a inspiração de Alberto Granmsci.
Mais uma estaca foi cravada no coração do conceito de Pátria. Nos confins da Amazônia, nas fronteiras, no pampa, no pantanal, na Antártida, no Haiti, onde um militar prestar continência à Bandeira do Brasil, terá de fazê-lo igualmente ao estandarte que, breve, tremulará também na Venezuela de Chávez.

O BRASIL NO HAITI


Cláudio Lessa
Seria cômica – se não fosse verdadeiramente trágica – essa obssessão nanica do atual desgoverno em se tornar um “player” de destaque e merecedor de respeito nos assuntos internacionais. Primeiro foi com Honduras, quando a “política externa” de Top-Top Garcia, Amorim e Lulla (no cabresto “político” do bestalhão Hugo Chavez – aquele que está sentado num barril de petróleo, mas que ainda assim comanda um país com 200% de inflação) ficou do lado errado. Preferiu sancionar a ilegalidade, em vez de apoiar a lei e a ordem.
Os diplomatas do Departamento de Estado norte-americano, em geral mais bem treinados e mais objetivos, estudaram o assunto, observaram a letra da lei hondurenha e recolheram os flaps de mansinho. Deixaram o Brasil – o eterno candidato a uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU – queimar seu filme mais uma vez. Um dia, quem sabe, ele aprende.
Agora vem o terremoto haitiano – para o “mito” vivo, genuíno filho do barril, com 80% de aprovação popular, uma “intempérie”; para outros, um cataclisma que, segundo alguns, reforça a noção de que Deus não gosta mesmo nem de preto, nem de pobre. Pois bem: o Brasil, que atualmente faz estágio no Haiti com sua modesta mas aplicada força militar, destinada basicamente a prover um poder de polícia no local (ainda que com todos os “shortcomings” derivados da própria ineficácia brasileira no setor), fez biquinho porque os Estados Unidos, quando notaram a magnitude da catástrofe, resolveram mais do que depressa assumir o comando das operações e botar ordem na casa.
E o fizeram por bons motivos: o Haiti está perto do território norte-americano; o êxodo de haitianos desvalidos em massa seria um peso adicional na cambaleante economia dos EUA e o Brasil, reconhecidamente, não dispõe de pessoal nem de material em quantidade suficiente para dar um jeito no caos que se instalou – sem falar nas noções já cristalizadas para outras nações mais adiantadas de que, com raríssimas exceções, (1) o Brasil insiste em pensar pequeno e (2) o Brasil (inclusive seus diplomatas – com honrosas exceções, claro) come feijão mas arrota caviar.
O patético da mentalidade “estagiária”/assembleísta petralha brasileira ficou por conta das deliberações sem fim a respeito de se dobrar o efetivo militar presente no Haiti – algo até agora não resolvido. De mil e poucos soldados, passariam a dois mil e qualquer coisa. Enquanto isso, no Haiti, o pau estava comendo nas ruas, com gente desesperada por comida e tudo o que é de mais básico para sobrevivência, mesmo indigna.
Em dois tempos, os Estados Unidos desembarcaram 11 mil soldados e já devem enviar mais 4 ou 5 mil a qualquer hora, sem falar na montanha de equipamentos e material específico para ajuda humanitária. Na tevê, enquanto isso, foi possível ver que os soldados brasileiros nem organizar os desesperados numa fila para distribuir água e ração conseguiam. Primeiro, porque já conhecemos o estilo de controle policial brasileiro – é só entrar numa fila em qualquer porta de estádio “dessepaíz” para comprar ingressos para jogos de futebol ou shows musicais de envergadura; segundo, porque não há soldados brasileiros suficientes para conter uma turba ensandecida e esfomeada como aquela, ponto final.
Os norte-americanos chegaram e começaram a colocar ordem no trânsito, no aeroporto, na coordenação da distribuição de alimentos etc. É uma ajuda mais que bem-vinda de alguém com muito mais recursos do que os outros que estão lá, ralando. É, sobretudo, uma boa oportunidade de observar, aprender e praticar a ajuda em conjunto. Mas… para os petralhas desocupados, arrogantes (e, ainda bem, cada vez mais reconhecidos como mentirosos de carteirinha) isso não é ajuda, isso é invasão de território estrangeiro – ou, na melhor das hipóteses, um adestramento “in loco” para a soldadesca norte-americana rumo ao Afeganistão, ou ao Iraque.
Paralelamente, no pobre mas insidioso esquema “porque me ufano”, muita fanfarra e publicidade nas comemorações dos 25 anos do aeroporto de Guarulhos, “o maior do Brasil e da América Latina!”. São duas pistas para atender 15 milhões de passageiros por ano. Em contraste, só um aeroporto nos EUA, o de Atlanta, nos cafundós da Georgia, possui cinco pistas e mais de 150 terminais para servir 90 milhões de passageiros por ano.
É difícil entender o desnível? No mundo de hoje, dá para continuar pensando pequeno, olhando para o próprio umbigo e se achando? Se você ainda acha, leia o texto novamente – quantas vezes forem necessárias, até a ficha cair. No fim das contas, ela cairá. Acredite. And call me in the morning.

24 de janeiro de 2010

HAITI: GOVERNO E MILITARES DIVERGEM SOBRE O ENVIO DE MAIS TROPAS

Rivadavia Severo
Enviado Especial

A avaliação do comando das forças brasileiras no Haiti é diferente da feita pelo governo sobre o envio de novas tropas para o país caribenho. Para os militares brasileiros, os 1.266 homens que estão no país são suficientes para restabelecer a ordem, o objetivo da missão. A visão do governo é diferente. Tem pressa em enviar mais soldados.
Os militares acreditam que a situação de segurança está sob controle e que a necessidade mais urgente é a ajuda humanitária que logo será resolvida devido ao grande volume de doações que estão chegando ao país. Para eles, não há necessidade de envio de mais soldados.
Na véspera do anúncio feito pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, de que o Brasil enviaria mais soldados para o Haiti, o comandante da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), o general brasileiro Floriano Peixoto, disse que essa necessidade seria estudada pelo seu comando maior a partir daquele dia.
Jobim não esperou pelo estudo dos militares e anunciou que o Brasil dobraria o contingente de suas tropas. O general Floriano Peixoto reconheceu que a decisão brasileira “é política” e que caberia ao governo brasileiro tomá-la. Floriano Peixoto tem sob seu comando 9.151 militares de 17 países diferentes.
O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, pediu que o Congresso Nacional aumente o número máximo de militares brasileiros no Haiti que é de 1,3 mil. Hoje (23) Amorim estará em Porto Príncipe para falar com o alto comando brasileiro sobre o assunto, além de manter reuniões com o presidente René Préval e autoridades da ONU.
O Brasil comanda a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) desde 2004. Foi a primeira missão da ONU deste porte liderada pelo Brasil. Neste período, os militares trabalharam para tentar restabelecer a ordem no país, depois de um período de revoltas e insurgências e a deposição do presidente Jean-Bertrand Aristide no mesmo ano.
AGÊNCIA BRASIL
Comento: Lula tem pressa! Depois de ser atropelado pela esmagadora presença americana no Haiti, após o terremoto, Nosso Guia tenta retomar o pretenso protagonismo internacional.
Para isso, vale passar por cima de quem entende do riscado. Pouco importa se o Exército diz que pode continuar a cumprir sua misão com o efetivo atual. Lula, Jobim e Amorim precisam criar um factóide (mais um) que obtenha destaque na mídia.
E lá se vão os recursos públicos pelo ralo. No Haiti, vai ter milico saindo pelo ladrão.

BRASILEIROS QUE ORGULHAM. BRASILEIROS QUE ENVERGONHAM.

ELES SÃO MELHORES ...



Os Países da  América Latina nunca entrarão para o seleto Clube das Nações Desenvolvidas, não por falta de Recursos Econômicos, não por desdenhar da Educação, que  indiscutivelmente é necessária, mas por ter fobia a Disciplina e não tendo Disciplina, não terão, com certeza, Educação – é simples !
 
Eles são melhores....
Modéstia à parte...
Eles são melhores

*Luiz Carlos Prates
Os guris são parecidos com os das outras escolas, e assim as gurias.
Todos gostam dos mesmos folguedos, músicas, celulares, festas, grupos de amigos, tudo, tudo por igual. Mas são diferentes. Muito diferentes.
E para melhor. Por quê?
A pergunta que faço é por fazer.
É rematada tolice a pergunta, mas ela se justifica em razão de muitos anarquistas da esquerda não admitirem.
Mas vão definhar engolindo a verdade: a ordem produz progresso. A disciplina faz gente melhor. A autoridade alicerçada sobre virtudes é o único caminho para a formação de jovens que serão mais tarde cidadãos de bem.
Já fui longe e não disse a que venho. Digo agora. Acabo de abrir a Zero Hora, nossa irmã mais velha e que “mora” em Porto Alegre, e esbarrei numa reportagem que tanto me irritou quanto me deixou feliz.
Pode isso? Pode e explico.
A tal reportagem contava do avassalador domínio das escolas militares em formar bons alunos e ganhar medalhas de todo tipo em provas de âmbito nacional, como o concurso anual de matemática promovido pelo Ministério da Educação.
Isso me deixa feliz e também me irrita.
Fico irritado porque é muito óbvia a razão por que são melhores as escolas militares e muita gente teima, ou finge, não ver. Nos colégios militares há disciplina, ordem, uniformes, horários, responsabilidades. Todos andam na linha. Ninguém discute a disciplina.
O guri sabe que não pode bobear como o fazem os outros, das escolas regidas pela “pedagogia do amor”, argh.



Numa escola militar, os pais não chegam atirando as chaves do carro sobre a mesa do professor e dizendo a ele, desaforadamente, que lhe pagam o salário, e que por isso exigem respeito com o seu menino...
Numa escola militar, os pais dos alunos não erguem o queixo, não são bobos...
Além de tudo, as aulas são dadas por gente qualificada e séria, não há histrionismos para motivar o alunado, o pessoal sabe que ou estuda ou dança. A ordem é unida, sem risinhos histéricos de gurias dengosas nem guris abestados a mandar torpedos de celular durante as aulas. Ah, os colégios todos tinham que ser como eles. A sociedade seria outra.
Aproveito a conversa para mandar um abraço de admiração aos diretores, professores e alunos do nosso Colégio Policial Militar Feliciano Nunes Pires, de Florianópolis, um exemplo entre nós. Sei que a moçada do CPM anda na rua de peito estufado, sabem que são diferentes, sabem que estudam numa escola de ordem e progresso.
Se você puder, ponha seu filho ou filha num colégio militar. E durma em paz.

DIÁRIO CATARINENSE



23 de janeiro de 2010

SEM PALAVRAS




Foto: Genaro Joner (Zero Hora)

HAITI: 41 MILITARES DO SUL VOLTARAM PARA CASA


Foto: Genaro Joner (Zero Hora)

EVITAR, O FILME: BREVE, NUM CINEMA PERTO DE VOCÊ.


HAITI: MENINA É PRIMEIRO BEBÊ A NASCER EM HOSPITAL DE CAMPANHA DO EXÉRCITO

Atualização: 23/01/2010 (08:00)

 Nasce primeiro bebê no Hospital de Campanha da Aeronáutica no Haiti
No silêncio da madrugada, a luz. Um chorinho forte emocionou os militares de saúde que atuam no Hospital de Campanha da Aeronáutica, em Porto Príncipe, no Haiti. Nasceu hoje, dia 22, às 6h30 (Horário Brasília), Marly, em parto normal, com 3,5 quilos e bom estado de saúde. A mãe, Genati Batiste, de 28 anos, chegou à unidade de saúde brasileira já com fortes dores. Foi encaminhada imediatamente para o parto.
 A obstetra, Tenente Daniela Gil, e a pediatra, Capitão Marly Castro realizaram o procedimento. O pai, Henry Christophe, de 34, estava emocionado. Não desviava  o olhar da criança nas primeiras horas de vida. "Estamos em dias muito difíceis, mas a criança traz uma luz nova em nossa vida", disse a mãe. Com o terremoto, perderam casa. A criança traz uma nova esperança.
 Uma história chamou a atenção dos médicos. O nome da criança é o mesmo de uma das médicas que realizaram o parto. A coincidência inexplicável também emocionou a médica. "Nos toca bastante quando isso acontece ainda mais em um cenário tão difícil como esse". É verdade. Cenário difícil. Traumas. Desolação. Porém, cada vez que alguém pega a criança no colo só fica o sorriso. E a nenê, do choro bendito foi, aos poucos, para o sono bem tranquilo.

Ouça aqui o áudio do enviado especial ao Haiti com o relato do primeiro parto no Hospital de campanha


CIDADÃO BOILESEN: "ELES" QUEREM REESCREVER A HISTÓRIA

“Cidadão Boilesen” à la Goebbels

  João Mário Menegaz*
Depois de ler matérias sobre o documentário Cidadão Boilesen, em que Henning Albert Boilesen, presidente da Ultragaz, é qualificado como “carrasco”, “sádico”, “torturador” etc., fui ver o filme sobre esse diretor do Grupo Ultra, brutalmente assassinado em São Paulo por terroristas que se opunham ao regime militar, em abril de 1971.
  Por ter na época trabalhado no Grupo Ultra, sabia da integridade e competência do Boilesen, tanto que ele havia ingressado como contador e chegara à presidência da Ultragaz, e assim pude avaliar a incongruência e verificar que ela era devida, no mínimo, a uma grande distorção, deliberada ou não, de um documentário que não afirma ser o Boilesen um diabo, mas que debilmente força esta versão. E versão que depois é a única a ser veiculada nos comentários, restando alguma diminuta menção à dúvida relegada às entrelinhas.
  O fato é que a oposição armada e o terrorismo nunca se constituíram em maior ameaça ao regime militar. Mas, devido ao fato de que sequestros e assaltos a bancos concentraram- se em São Paulo, nessa cidade foi montada uma operação policial-militar denominada Oban (Operação Bandeirantes) , conduzida por oficiais do Exército, operada por policiais e financiada com recursos de empresários.
  O Boilesen foi apenas um dos líderes que participaram na coleta de recursos, mas foi o que mais se expôs, devido à sua coragem e eventual desejo de se destacar, talvez por ser um profissional que viveu uma juventude humilde na Dinamarca. Outros fizeram mais do que ele, mas por não aparecerem na imprensa não foram lembrados para servirem de vítima num assassinato de cunho propagandístico.
  A forma tendenciosa como o documentário foi montado e agora está sendo divulgado é tão óbvia, que, por ser um bom filme e com base em uma boa pesquisa, ele permite que com exatamente o mesmo material apresentado se chegue a conclusões exatamente opostas àquelas a que o filme e os comentários a respeito dele tentam induzir.
  Por incrível que pareça: o aspecto central é o de alguns entrevistados no documentário tentarem transformar um assassinato em “justiçamento”, com argumentos de que na repressão o Boilesen colaborava com dinheiro, que sempre havia um caminhão da Ultragaz por perto e que tanto o Boilesen quanto outros empresários assistiam a seções de tortura. Descambaram até em dizer que o Boilesen era um agente da CIA e que ensinava técnicas de tortura para os policiais.
  Ora, o Grupo Ultra colaborava, assim como todas as grandes empresas, e é fantasiosa, para não dizer outra coisa, a questão dos caminhões, porque na época o gás era distribuído em botijões, e então nada mais natural na paisagem paulistana do que um caminhão da Ultragaz. E, da mesma forma, a questão de Boilesen e outros empresários assistirem a sessões de tortura, como se isso fosse um programa agradável e eles não tivessem mais nada para fazer.
  Aliás, sobre esta questão da assistência a torturas, que é o ponto central da mensagem “goebbeliana” do filme, não existe em todo o documentário nenhum depoimento de testemunha ocular ou documento comprobatório disso. Pelo contrário, lá está um coronel do Exército dizendo que o Boilesen só havia ido à sede da Oban uma única vez, por ocasião de uma solenidade. Ademais, ponderando-se a credibilidade dos depoimentos que aparecem no filme em função do peso e respeitabilidade das biografias dos depoentes, o Boilesen anjo daria de 10 a zero no Boilesen diabo.
  Então, o simples bom senso mostra uma tentativa de mudar a história, através da desqualificaçã o da pessoa do Boilesen, para transformar o seu assassinato midiático em “justiçamento”, talvez até para justificar os resultados contraproducentes que ele produziu para os próprios terroristas, na medida em que aumentou o apoio da sociedade e o rigor da ação repressiva. Isto ficou claro pelo forte repúdio popular e pelo clima pesadíssimo de revolta visto nos funerais do Boilesen, que teve enorme acompanhamento popular e presença de autoridades e empresários de São Paulo e de outros Estados.
  O Boilesen mereceu somente ter com o seu nome uma pequena rua em São Paulo, enquanto os terroristas que o mataram e sobreviveram foram indenizados, receberam homenagens oficiais, e até hoje contam suas “façanhas” por aí, alguns do alto de cargos políticos.
  Tudo uma grande injustiça que algum dia a História irá reparar.

* Consultor financeiro

O QUE MOVE A MÁQUINA PETISTA

Entenda as origens do pensamento que move a máquina esquerdopata. Descubra a fonte em que bebem os desvairados que  tentam imbecilizar o País, "construindo a [sua] verdade".
Enquanto o vídeo carrega, leia o artigo de Olavo de Carvalho.
E tire suas conclusões.



Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 8 de janeiro de 2010
Dentre as inumeráveis regras que governam a estupidez humana, estas duas, opostas e complementares, são de especial importância para elucidar a conduta de intelectuais, políticos e formadores de opinião em geral:
Regra no. 1: Se um sujeito está persuadido de que os quadrados são redondos, ele fará todo o possível para arredondá-los.
Regra no. 2: Se o mesmo indivíduo ou outro parecido tem algum interesse em arredondar os quadrados, ele jurará que eles são redondos por natureza.
O pragmatismo, uma modalidade especialmente elegante de estupidez, fundiu essas regras numa só e as erigiu em princípio fundamental do conhecimento: os conceitos das coisas não dizem o que elas são, mas o que planejamos fazer com elas.
Para justificar a afirmativa, que soava um tanto paradoxal e interesseira à primeira audição, essa mimosa escola filosófica argumentou que o pensamento é ação, que portanto pensar numa coisa já é fazer algo com ela. Todos os atos cognitivos tornavam-se assim uma forma de manipulação da realidade, o que resultava em suprimir toda possibilidade de conhecimento teorético e afirmar resolutamente que só existe conhecimento prático.
Enquanto na América Charles Peirce, William James e Josiah Royce se compraziam nessas reflexões tão agradáveis aos homens de indústria, para os quais tudo o que existe não passa de matéria-prima para a produção de outra coisa que também não existirá senão como projeção do que os consumidores pretendam fazer com ela, do outro lado do oceano um cidadão que odiava homens de indústria vinha inventando umas idéias bem parecidas.
Para Karl Marx, uma ciência que pretenda descrever o mundo como ele é não passa de uma ilusão burguesa, nascida da divisão do trabalho. Como os burgueses ficam no escritório ou em casa, sem sujar suas mãozinhas na luta direta com a matéria industrial, eles imaginam que há uma diferença entre conhecimento teórico e prático. Mas os proletários, que pegam no pesado para executar os planos dos burgueses, sabem que seus esforços de todos os dias são a materialização viva das idéias burguesas, as quais portanto não têm nenhuma existência em si mesmas e são apenas planos malignos de obrigar o proletariado a fazer isso ou aquilo. A verdadeira ciência, concluía Marx, não consiste em conhecer a realidade, mas em transformá-la. Os burgueses já praticavam essa ciência, mas não podiam confessar que faziam isso: para preservar sua auto-imagem de pessoas decentes enquanto sugavam o sangue dos proletários, tinham de se enganar a si mesmos imaginando que sua concepção do mundo era pura contemplação teorética, alheia a interesses menores. Daí o culto burguês da "ciência" como uma espécie de religião leiga, personificada no clero universitário que, da Idade das Luzes em diante, sobrepunha sua autoridade à dos padres e bispos medievais.
Não demorou muito para que essas duas correntes de idéias análogas, vindas de continentes distantes, se fundissem numa cabeça especialmente imaginativa, a do filósofo italiano Antonio Labriola, segundo o qual o marxismo é uma espécie de pragmatismo e vice-versa. Labriola repassou essa descoberta a seu discípulo Antonio Gramsci, que a transformou numa genial estratégia de propaganda revolucionária: já que as coisas não são nada em si mesmas, elas podem ser o que o Partido determine que elas sejam. Conseqüentemente, não existe conhecimento da verdade, mas "construção coletiva" da única realidade verdadeira: a conquista do poder, a glória final do partido revolucionário.
As idéias de Gramsci penetraram tão profundamente na alma do esquerdismo universal, que até o militante mais sonso, incapaz de atinar com qualquer sutileza, acaba se deixando conduzir por elas na prática, por uma espécie de mimetismo inconsciente. É com uma total naturalidade que essas pessoas falam a toda hora em "construção da verdade" e "construção da memória", sem ter a mínima suspeita de que esses giros de linguagem implicam de fato a negação de toda verdade objetiva, o intuito de transformar os fatos em vez de conhecê-los.
Num trabalho publicado em 2002, defendendo a criação de "centros de memória empresarial", a historiadora Marieta de Moraes Ferreira, com aquela candura tocante, declarava que o objetivo dessas entidades era "acompanhar o trabalho permanente de construção da memória ao selecionar o que deve ser valorizado e o que deve ser esquecido" (“História, tempo presente e História Oral”. Topoi – Revista de História, Rio, dezembro 2002, p. 314-332).
Em 2007, no I Congresso de Ex-Presos e Perseguidos Políticos, falando em favor daquilo que viria a ser a malfadada "Comissão da Verdade", o promotor Marlon Weichert advogava bravamente a “construção da verdade, através da abertura dos arquivos". Quando a proposta tomou forma, tornando-se evidente aos olhos de todos que se tratava de investigar metade dos crimes e abafar a outra metade, ninguém se lembrou de observar que a seletividade deformante não era uma distorção da idéia original, mas a sua realização literal e exata, perfeitamente coerente com as doutrinas de Labriola e Gramsci. Não por coincidência, o mesmo evento no qual o promotor apresentou sua proposta encerrou-se com uma comovida homenagem aos assassinos Pedro Lobo e Carlos Lamarca, este último o nobre detentor do mérito de haver esmigalhado a coronhadas a cabeça de um prisioneiro amarrado.
Mas não foi só nos meios mais obviamente militantes que o espírito do marxismo pragmatista deixou suas marcas. Nas faculdades de letras, a crença de que os textos não têm nenhum significado em si mesmos, de que cada leitor "constrói sua leitura" conforme bem entenda, tornou-se uma cláusula pétrea dos estudos literários. Se o aluno protesta contra alguma interpretação cretina, alegando "Não foi isso o que o autor quis dizer", tem um zero garantido. Os autores não dizem nada, meu filho: você é que "constrói" as obras deles. Em educação infantil, a longa hegemonia das doutrinas "construtivistas" de Jean Piaget, Emilia Ferrero, Paulo Freire e tutti quanti consagrou a estupidificação geral da meninada como uma grande realização pedagógica: não se espante quando seu filho voltar da escola seguro de que o teorema de Pitágoras é uma imposição cultural arbitrária, de que Jesus Cristo era gay ou de que existem campos de concentração em Israel. Afinal, a realidade é pura construção.
As premissas do marxismo-pragmatismo são tolices sem sentido. Se uma coisa não é nada em si mesma, como poderíamos transformá-la em outra? Se os conceitos nada dizem sobre a realidade, também não podem dizer nada sobre o nosso conhecimento da realidade, o qual é também uma realidade. Se nossa apreensão das coisas não nos dá o conhecimento do que elas são, mas só do que planejamos fazer com elas, como poderíamos conhecer nosso próprio plano se não inventando algum outro plano a respeito dele, e outro, e outro mais, e assim por diante até o infinito. Como outras tantas modas intelectuais, o marxismo-pragmatismo é uma técnica de preencher o vazio com o vácuo.
Mas, quando uma doutrina idiota se impregna em toda uma cultura como essa se impregnou na cultura contemporânea, a própria idiotice se torna premissa fundante de inumeráveis argumentos em circulação, investida de força probatória automática, e toda resistência que se lhe ofereça toma ares de heterodoxia extravagante e abominável.


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